8 – Os gigantes ecos de um “walk out”
Tem o seu quê de incrível pensar em como as coisas podiam realmente ter sido muito diferentes se isto não tivesse acontecido. E olhar para as coisas que talvez não acontecessem se não fosse por este enorme acontecimento controverso na história do wrestling mais contemporâneo. O infame “walk out” de CM Punk que o afastou de ringues até há pouquinho tempo, onde encontrou ringues noutro lado onde se pudesse divertir.
CM Punk acabava de se tornar o novo alvo da Authority e já começava mesmo a causar-lhes comichão, especialmente quando foi capaz de derrotar os Shield, com apenas um deles com direito a parecer “really really strong.” A sua participação na Rumble tinha que ser sabotada e, para isso, estava lá o Kane para o eliminar, mesmo depois de ter sido ele próprio eliminado. Punk, à boa maneira de Punk, seguiria atrás e tinha que cortar o mal pela raíz, o monstro pela cabeça: o plano era culminar num combate com Triple H na Wrestlemania. Nem de propósito, um daqueles com quem não se entendia e que acabará por listar entre as razões para o seu descontentamento. Só havia uma coisa que era necessária para isso se concretizar: era que ele estivesse lá. Que não estava. Já se tinha posto a caminho, à sua vidinha, sem olhar para trás.
Como improviso, e muito bem resolvido, Triple H teve que servir de obstáculo para Daniel Bryan, que o povo exigia que fosse inserido no main event da Wrestlemania entre Batista e Randy Orton, que ninguém queria propriamente ver. Foi isso que passou a ocupar Triple H e Bryan teve que o derrotar nessa mesma Wrestlemania, para realmente se habilitar a competir no main event. Para Bryan estava planeado um programa com Sheamus. Sim, mais um, o terceiro! Mas esta mudança originou aquele trajecto que já sabemos que é história. Conseguem imaginar… que se não tivesse havido “walk out” de CM Punk, não teria havido aquele fantástico angle do “Yes! Movement” e talvez nunca tivessemos visto aquele épico fecho da Wrestlemania XXX?
4 Comentários
Gostei muito do artigo.
Para quando um artigo da AEW? Talvez com algumas curiosidades de alguns lutadores.
Abraço e boa continuação.
A situação do Hassan ainda me revolta. Nós Portugueses, não somos nenhuns exemplos, mas os americanos são 1000 vezes piores que nós. Por muito que tenha sido coincidência…
Mais um bom artigo.
O Hassan era genial! Foi uma perda para o wrestling ele se ter afastado da modalidade.
A ultima vez que ouvi falar dele descobri que era diretor de uma escola.