7 – Romper o “Dashing”
Talvez já se fosse tirar um angle daqui, mas um pequeno passo em falso parece ter intensificado aquilo que já parecia motivar uma feud de Wrestlemania e reescreveu a storyline para algo mais obscuro e bizarro. E alterou toda uma personagem, algo muito bem recebido na altura.
Falo dos tempos do “Dashing” Cody Rhodes, obcecado com a própria imagem, um menino bonito que não deixava sequer que lhe tocassem na cara, não fossem desfigurar aquela preciosidade. Fácil de assumir que estivesse na profissão errada, mas era isso que fazia dele um Heel divertido. Mas a diversão acabar-se-ia quando enfrentasse Rey Mysterio num combate que o veterano Mexicano venceu, com um 619, no qual a habitual protecção do seu sensível joelho acertou no nariz de Cody Rhodes. Angle facílimo de planear, acontece que a coisa foi um pouquinho mais a sério e o nariz partido de Cody era real. Uma situação muito mais séria e vai logo calhar um nariz partido ao bonito da casa!
Dá para elevar a situação mais ainda. Apesar de tudo, não foi grave e foi ao sítio muito rapidamente. Mas como é que isso afectaria psicologicamente o “Dashing” Cody Rhodes? Aí é que aproveitam o incidente para reescrever a estória, com mais interesse e com um tom mais obscuro do que apenas o gajo com a mania que é um modelo, chateado por lhe terem acertado na cara. Cody voltava perturbado, com uma máscara protectora e obcecado com a feiura do público, a quem distribuía sacos de papel para taparem a cara. Mudança radical de gimmick mas muito bem-vinda, mostrando realmente o alcance em representação de Cody e as suas capacidades de fazer imensa coisa resultar. Início do seu percurso ascendente, chegando a Campeão Intercontinental nesse período. Que podia nem ter chegado a tanto se o Rey Mysterio fosse um pouquinho mais cuidadoso e não lhe tivesse partido o nariz!
4 Comentários
Gostei muito do artigo.
Para quando um artigo da AEW? Talvez com algumas curiosidades de alguns lutadores.
Abraço e boa continuação.
A situação do Hassan ainda me revolta. Nós Portugueses, não somos nenhuns exemplos, mas os americanos são 1000 vezes piores que nós. Por muito que tenha sido coincidência…
Mais um bom artigo.
O Hassan era genial! Foi uma perda para o wrestling ele se ter afastado da modalidade.
A ultima vez que ouvi falar dele descobri que era diretor de uma escola.