3 – Aquilo que mudou tudo para sempre
Não é de estranhar que tal acontecimento tenha influenciado o mundo do wrestling, ao ponto de os fazer olhar para algumas decisões. O 11 de Setembro mudou o mundo, e especialmente os Estados Unidos, para sempre. Coisas eram retiradas do ar ou revistas pelo conteúdo poder sensibilizar uma nação ainda aterrorizada. A lista de canções (temporariamente) banidas da rádio era ridícula! O primeiro cagaço a sério e verdadeiro pontapé-de-saída para uma era bem mais cuidada e sensível, após os loucos 90s, foi ali. E a WWE também reagiu.
Temos que ter em conta que a feud já estava em andamento. E que feud era! Era aquela entre um Heel Stone Cold Steve Austin e Kurt Angle, pelo WWE Championship. Essa mesmo que envolveu Angle a regar Austin e a sua seita com leite. Essa mesma! Um povo divertia-se imenso com esse momento sem antecipar que a tragédia nacional e mundial se ia dar menos de um mês depois. Ainda com a poeira a assentar, a WWE fez história ao lançar o Smackdown para o ar, numa medida aclamada, verdadeiramente representativa da atitude de não baixar a cabeça e seguir em frente. E era preciso um “feel good moment,” precisava-se de um herói Americano a vencer uma batalha, a fazer o povo entrar na sua luta e superação, representativa daquilo que se passava fora dos ringues. E não tinham herói mais Americano que Kurt Angle e no Unforgiven, primeiro PPV pós-9/11, Angle derrotou Stone Cold e tornou-se WWE Champion.
Parece algo insignificante, é apenas Angle a ganhar um título, que tem isso de extraordinário? Que não era propriamente para acontecer antes, a ideia era Austin reter o cinto e mantê-lo até ao final do ano – quando lá vissem que Chris Jericho realmente beneficiaria imenso de ganhar esse cinto e o World Heavyweight Championship de The Rock na mesma noite. Como prova disso, foram necessárias apenas duas semanas para Austin recuperar o título e o seu reinado, que se planeava inicialmente contínuo. Mas precisavam daquele momento. Acharam que a nação precisava de ver alguém a envergar as cores da bandeira forçar outro a fazer o “tap out.” Ainda para mais num indivíduo que não era propriamente conhecido por fazer muito disso…
4 Comentários
Gostei muito do artigo.
Para quando um artigo da AEW? Talvez com algumas curiosidades de alguns lutadores.
Abraço e boa continuação.
A situação do Hassan ainda me revolta. Nós Portugueses, não somos nenhuns exemplos, mas os americanos são 1000 vezes piores que nós. Por muito que tenha sido coincidência…
Mais um bom artigo.
O Hassan era genial! Foi uma perda para o wrestling ele se ter afastado da modalidade.
A ultima vez que ouvi falar dele descobri que era diretor de uma escola.