1 – O alcoolismo de Hawk
Até causar a objecção interna, caso a reacção de ódio e asco por parte do público não fosse suficiente. A Attitude Era podia ser muito bonita para muita coisa, mas ao trazer toda a “edge” – não confundir com o lendário Superstar desse nome, que por acaso surgiu na altura – tinha que trazer problemas. Especialmente quando tentavam adaptar lutadores de outras eras a ela.
Os Road Warriors serão das tag team mais populares de sempre. Senão a mais. Há uma razão para existir a expressão “Road Warrior Pop” referente a alguns dos mais ensurdecedores pops com que recebem algum Superstar. Animal e Hawk conseguiam-no. E ainda hoje bem tentam recriá-los, impondo a gimmick nalguma jovem tag team, que nunca chegará perto do legado, acabando por lhes estragar o lançamento e estreia. E quiseram adaptá-los à Attitude Era, como os LOD 2000, com Sunny como manager em vez de Paul Ellering. Como não resultou muito bem, mudaram de planos. Para uns que… Mais valia ficar como estavam. A storyline era com Puke – sim, o gajo da gimmick que vomitava, porque naquela altura tudo era genial – a querer tomar um lugar na equipa. E Animal começava realmente a notar que Hawk não estava muito em condições para trabalhar como deve ser. A origem disso? Os seus problemas com álcool e drogas. Sim, problemas com os quais Hawk sofria mesmo e eram explorados em TV daquela forma.
Mesmo com a intenção de dar heat a Puke, que manipulava Hawk para o sabotar, o angle bateu bem no fundo quando fizeram um segmento em que Hawk tentava o suicídio em TV. A falta de gosto fez-se sentir de imediato e isso deu apoio aos próprios lutadores para se recusarem a continuar a trabalhar nessa storyline. O assunto era demasiado sério para o explorarem dessa maneira, ainda para mais retratando-o da forma que foi. Mais entalados se terão sentido, anos depois, quando Hawk inesperadamente morre, com 46 anos, numa altura em que até já estava num sítio melhor na vida. Aí, o velho amigo de estrada, tomou outra decisão e voltou à WWE por mais uma run, para dedicá-la a Hawk. Sim, ninguém gostou do Heidenreich como membro da equipa, mas a intenção de Animal era, ao menos, boa. E sem se armar em esperto a mexer em assuntos sensíveis.
Haja gosto! Porque, como vemos, não há sempre. Conclui-se aqui o Top Ten, com menção honrosa à morte de Eddie Guerrero que chegou mesmo quase ao ponto da saturação de uso. Só não foi listado – numa imponente primeira posição – porque já o listei na semana anterior num contexto diferente, em que alterou uma estória. Era perfeitamente aplicável aqui, mas quis deixá-lo naquela categoria. Mais algum também ficará a vosso cargo, que isto também parece coisa a que não tenham vergonha de recorrer, com alguma regularidade. Confio na vossa memória e vontade de participar. Que tenha sido a gosto, também! Manifestem-se!
Na próxima semana ainda há mais um temazinho a olhar para a realidade, mas de forma diferente. É que este vai ser a partir da nossa crença, do realismo. Serão dez segmentos que nos convenceram que eram reais! Sim, numa indústria bastante surreal, às vezes também conseguem dessas e vamos recordar. Marquem presença e, para isso, quero-vos seguros mas bem-dispostos, logo sigamos lá esta vida de balanço, enquanto adaptamos as coisas! Vamos sair disto! Bola para a frente, uma boa semana a todos, fiquem bem e até à próxima!
4 Comentários
Boa lista! Mas… “Não é nenhuma exposição de algum segredo macabro de que, na verdade, CM Punk apenas finge o seu estilo de vida limpa, qual vegana do Instagram, e na verdade é todo um deboche de “sex, drugs & rock n’ roll” ham??? ahahaha
Vince e as suas ideias.
Poderia também mencionar o personagem muhammad hassam inspirado no 11 de setembro, gerando enormes críticas a wwe na época
Essa foi um bocado ao contrário e foi destacada na edição anterior…
https://wrestling.pt/10-acontecimentos-que-alteraram-storylines-top-ten-380/