2 – Ultimate Warrior vs Rick Rude, SummerSlam 1989
Também tem que ter umas coisinhas assim mais old school. Que haja aí um devorador de VHS digitais que já tenha consumido bastante do mais antigo e já saiba uns quantos que deem para aqui. Este foi o segundo SummerSlam de sempre. Teriam já ideia de que viesse a ser um evento da dimensão que tem hoje, e que já tem há uns bons anos? Talvez. Pelo menos para aqui, tinham bons planos.
O evento não foi encabeçado pelo WWE Championship. Não foi defendido no evento. Hulk Hogan, paz à sua alma, estava envolvido noutra storyline, fruto de uma escapatória infame para o cinema. O main event deste SummerSlam foi a sua parceria com o velho amigo Brutus Beefcake contra a improvável parceria de Randy Savage e… Zeus. Esse mesmo, o personagem do “No Holds Barred.” Um não-lutador. Num combate onde todos bem tentaram carregá-lo, ofuscá-lo e tratar dos assuntos entre si, mas mesmo assim… Não seria de esperar grande clássico daí.
Note-se então que está aqui um nome infame. Não só fora dos ringues, mas até mesmo dentro dele, visto como um personagem histórico, inigualável, carismático e talvez o mais explosivo e enérgico a pisar aquele ringue, dos mais bombásticos de sempre. Mas não propriamente reconhecido pelos seus dotes em ringue, limitadíssimos, e utilizados em rápidos squashes sempre que possível. Era Campeão Intercontinental e, antes de chegar à Wrestlemania VI, onde encabeçou com Hogan, com ambos a colocar os seus títulos em jogo, e onde se viu aquilo que possa ter sido uma passagem de tocha. Antes disso ainda tinha que reter o título contra Rick Rude, lutador eternamente subvalorizado. E que ninguém achava mesmo que lhe fosse tirar o título.
Resultado previsível, mas há que destacar uma coisa. Este combate sim teve uma longa duração, muito storytelling e até foi equilibrado. Quando é destacado, por muitos mais ou menos especialistas, como o melhor combate de Ultimate Warrior, como a sua melhor performance, como o seu melhor wrestling, temos em mãos algo que deva ser mencionado e destacado. São sempre recordados momentos, a sua entrada, a sua presença, e pouco em ringue, além da colisão de powerhouses que foi o tal encontro com Hogan da seguinte Wrestlemania. Porque não se fala mais daquele que terá sido o seu melhor combate, pelo que dizem?
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