7 – Kevin Owens vs Cesaro, SummerSlam 2015
Olhem bem para o elenco. Com esses dois, como não haveria esse de ser um combataço entre dois workhorses com aquela capacidade de dar espectáculo e com anos de experiência para criar química mágica. Então porque não estamos a falar mais deste encontro de há dez anos atrás, hoje em dia?
Também calhou num card bastante concorrido. Esta foi a edição do SummerSlam com o embate entre John Cena e Seth Rollins, que meteu o Jon Stewart ao barulho, e que fechou com uma vingança de Undertaker, pela sua streak, frente a Brock Lesnar, repleto de momentos imortalizados. Mas tanto um combate como o outro, tiveram a mesma recepção: dois combates fantásticos, até chegarem ao fim e apresentarem um finish de levar as mãos à cabeça. E desses lembram-se vocês, sem dúvida. Então, lá está… Porque não podemos voltar a atenção para um combate que não padeceu dessa doença?
Ainda por cima, a “ajudar” foi o seu posicionamento no card. Imediatamente antes do main event de Brock Lesnar e Undertaker. Tramado. Esse é, muitas vezes, o combate do intervalo para o chichi ou para o lanchinho. Ou os dois, desde que não sejam ao mesmo tempo. Não ficou tão ensanduichado entre os dois main events, porque tinha outro antes. O combate feminino. Ah, esse é muitas vezes injustamente renegado para isso, não é? Na verdade, esta era a Triple Threat de eliminação entre três trios: a Team Bella, a Team B.A.D. e a Team PCB. Ou seja, conseguem notar que este é um importantíssimo pontapé-de-saída para a (r)evolução feminina. Portanto também esse tinha mais hype.
Portanto foram para lá, talvez motivados para dar mais ainda. E para fazer aquilo que fazem com tanta naturalidade. Dois dos Superstars mais injustiçados – e agora diz-se por aí que o mais terrível dos azares impediu agora Kevin Owens de chegar ao derradeiro topo – por nunca conseguirem manter-se no topo, lutaram aqui como se estivessem a encabeçar o evento. E, para muitos, pelo menos na altura, fizeram-no.
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