10 Clássicos Subvalorizados do SummerSlam – Top Ten #553

4 – Randy Orton vs Christian, SummerSlam 2011

A feud pode ser memorável mas é mais marcante pela frustração. Foi tudo tão controverso na altura, caiu mal a muitos, que acabou por ser o mais recordado. Deixou para segundo plano outra parte: apesar de tudo, os combates que Randy Orton e Christian deram na sua infame feud, foram fantásticos.

Começou num episódio do Smackdown pré-gravado. Ou seja, os spoilers que circulavam inevitavelmente pela net já faziam saber algo que provocava o ultraje: Christian, a acabar de conquistar o World Heavyweight Championship, o seu primeiro, deixado vago pela amigo de toda a vida, Edge, que se retirava dos ringues, momento tão emocional a tantos níveis… Largava o cinto para Randy Orton, meros dias após a conquista, só porque ele chegou lá, recém-draftado, era o menino de ouro número 2, quis… Pronto, ganha o título.

A frustração instalou-se e, quando o dito episódio do Smackdown foi para o ar, até estivemos todos distraídos por um bom bocado, antes do esperado desgosto: deram um grande combate. E assim fizeram, sucessivamente, já que tiveram mais encontros. A rivalidade desenvolveu-se, começou a tornar-se mais pessoal, Christian fez a Heel Turn – com o mundo a dar-lhe razão, mas mesmo assim – e até recuperou o título uma vez – pela maneira barata de inserir a estipulação do cinto mudar de mãos por desqualificação, tendo sido exactamente assim que aconteceu. O culminar, o grande combate, o No Holds Barred ficou para o SummerSlam e foi mais um combate fantástico, concluído com um estupendo RKO do ar, para cima de uns degraus de aço. E sim, claro que o título ficaria na posse de Randy.

Na edição em pleno Summer of Punk, no qual CM Punk montou um segundo clássico com John Cena, pelo WWE Championship, já após ter partido e voltado, mas sofre um inexplicável ataque de Kevin Nash e cash-in de Alberto Del Rio, existem outras gemas. Como este combate entre Christian e Randy Orton, que pode ter passado despercebido por ter sido ofuscado pela frustração que podia não nos deixar ver o espectáculo que davam e a química que tinham. O certo é que os dois títulos Mundiais, por muito fracos que tenham sido os reinados, já ninguém os tira a Christian e ele aqui comportou-se como o main eventer que realmente é.

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