10 Coisas que aprendemos com a WrestleMania 38 – Top Ten #402

3 – Afinal sabem criar diversão!

Pode ser um ingrediente que muitos considerassem em falta. Não que eles não tentem o lado cómico, porque tentam bastante, especialmente com o 24/7 Championship, mas bem sabemos que a WWE com comédia é sempre muito “hit and miss.” E tem que estar entregue aos tipos certos. E muitas vezes acabam por ser eles próprios a sacar disso por si. Como o Seth Rollins, que nunca alguém admitiria sequer que ele pudesse vir a ser considerado para uma personagem cómica em tempos, hoje em dia é dos gajos mais hilariantes que lá anda só porque está completamente à vontade para soltar toda a sua parvoíce. E fica sério quando tem que ser.

Mas fazia falta algo verdadeiramente divertido. Algo de bater na perna, algo que recordemos mais tarde. Conseguiram-no em vários momentos. Um deles foi realmente com as presenças de Steve Austin e aquele Stunner ficará imortalizado como o melhor momento de sempre. Mas havia outra galhofa que até viria a roubar o show. A contar com convidados. Como já tinha comentado antes, em relação a presenças de fora, tudo depende muito de quem é e qual a ligação com o público. Podem contar lá os milhões de seguidores que os irmãos Paul ou mais um puto qualquer do TikTok que levem ao Kickoff tenha, que muitos dos milhões de fãs que lá têm não vão querer saber. Já se falarem no elenco do Jackass… Estamos a falar de uma franchise contemporânea a um certo boom de wrestling que terá marcado muitas adolescências e puxado a muitas imitações perigosas em simultâneo com a WWE. E é um tolo como Johnny Knoxville. Claro que também estava céptico em relação a tudo. Mas o que foi ele lá fazer? Dar espectáculo com um combate hilariante e, ainda por cima, bom, se calhar melhor que o que devia ter sido.

Deixemo-nos lá de pensar no que implica Sami Zayn ter perdido, sabemos bem qual é o estatuto dele e da personagem – são diferentes. E o que estava aí nesse lutador, tal como na situação com Kevin Owens, era um gajo a ter um dos combates mais divertidos da sua carreira. Foi um encontro surreal, foi. Há sempre “Wrestlemania moments” mas mais do que aqueles que tanto nos gritam na cara que o são, serão aqueles que nos apanham de surpresa, como um chapadão em Sami Zayn vindo de uma mão gigante, qual filho da Mae Young e do Mark Henry com muitos esteróides, que nem víamos ali. É um gajo sofrer um pin preso numa ratoeira gigante. É um famoso anão executar um bodyslam daqueles. É tudo o que Pat McAfee tenha dito. É galhofa pura e nunca vimos ou voltaremos a ver um combate assim. Também faz falta disto e parecia que essa veia já não estava funcional neles. Mas afinal…

1 Comentário

  1. Jonatan Magno3 anos

    Talvez o que mais se aprenda nessa Wrestlemania é que precisamos aprender a lidar com as expectativas. Quando grande parte do “público hardcore” esperava um show fraco, a WWE vai lá e entrega um excelente espetáculo, com pontos fortes onde ninguém podia prever, prestações ótimas dos convidados e plateia completamente entregue!

    De fato, o pessoal que acompanha as notícias e sites e etc., acabam por estragar a própria diversão, por serem muito mais críticos do que público. Boa Wrestlemania, bom artigo, como de costume!