10 – Nova velha Cell
Uma das muitas coisas que se fizeram sentir e que foram bem recebidas pelo público da era HHH da WWE foi a mudança de coisas que já tinham sido mudadas. As reversões. Foi olhar para trás, ver que coisas não tinham sido melhoradas e voltar a deixar como estava, além de dar novas oportunidades a pessoas descartadas.
Uma medida aplaudida foi a de que o Hell in a Cell não lhe agradava muito como um PPV anual. Tirava valor e medo à jaula que costumava ser um barraquinho infernal onde resolver as mais intensas e pessoais rivalidades. E não uma cena que acontece àquela altura do ano, portanto o que estiver a acontecer na altura é o que vai lá para dentro. Concordávamos. Hell in a Cell banal perde muito do “Hell.” Parecia adequada para a feud entre Edge e Finn Bálor que já dura há quase um ano e já trouxe tentativas de acabar carreiras e a Beth Phoenix ao barulho. Ainda por cima, dois tipos com backgrounds assim meios diabólicos, portanto combina com a parte do “Hell.” Tudo bem, vão eles para dentro da Cell.
Sendo o “Demon” e um potencial “Brood” Edge, já não somos inocentes para não esperar que não inventassem com luzinhas vermelhas de fraca visibilidade e efeitos quase cartoonescos para nos tentar assustar. Valeu que ainda havia luz do dia, não dava tanto para isso. E o gozo que nos deu ver a Cell: já não era a moderna vermelha. Era a Cell antiga, mesmo só com o aspecto de uma enorme jaula de aço! Inventaram na mesma, com cadeiras e canas coloridas, o que era estranho, mas o combate foi bom e até direito aos Slayer tivemos – adequado, já que o Inferno, por norma, fica ali bem a Sul do Céu. Outra coisa à antiga é que se tornou sangrento com o banano que Finn Bálor levou de um escadote, forçando uma paragem que, felizmente, não se tornou tão anti-climática como se arriscava. A “beleza” daquela ferida, posteriormente exibida por Bálor, acabou por tornar o combate incidentalmente mais violento ainda. Já não houve aqui um Top Ten com esse tema?
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