9 – O fim (?) dos Nexus
Esta é curiosa. Até é feita em tom de desafio. Ora vejam lá se se conseguem lembrar do preciso momento, quiçá o segmento, em que os Nexus acabaram. Ora recordem lá o percurso, desde a estrondosa estreia, às encrencas com John Cena, ao enterro às mãos desse mesmo, à continuação da captura do WWE Championship, à troca de líder. E depois?
É possível que a partir daí a memória comece a ficar um pouco mais enevoada. E esclareço então a dúvida. Não houve um exacto momento em que o grupo tenha acabado. Simplesmente deixou-se ficar extremamente irrelevante, desvaneceu e quando fomos a ver, já não eram uma coisa. Já nem tinha qualquer coisa a ver com o que era inicialmente. Mas só para terem uma noção, outra coisa que também pode ser um lembrete: a grande “pipebomb,” CM Punk deu-a ainda com a braçadeira da stable no braço. Ainda era líder deles e tinha ao seu dispor David Otunga, Michael McGillicutty, Husky Harris e Mason Ryan, esse grandalhão. Quanto de Nexus ainda havia aí? Pouco. Ou nada.
Punk claramente tinha outras coisas com que se preocupar depois da Pipebomb, portanto já estava fora do barco. Husky Harris já não estava, desde que Randy Orton o pontapeara na cabeça na Road to Wrestlemania, que não voltou mais. Talvez tivessem grandes e fantásticas coisas para ele, quem sabe, até podia ser que ele próprio fosse um tipo criativo. Tentaram lançar Mason Ryan como babyface e não pegou. E agora a parte mais triste: Otunga e McGillicutty… Eram os Tag Team Champions. Com zero relevo. Foram os que se mantiveram juntos, inicialmente ausentes até surgirem apenas como a dupla de Tag Team Champions, já sem qualquer referência aos Nexus. Praticamente o último que faltou acontecer para oficializar que o grupo desvanecera no ar, já não existira e partira da pior forma: deixando-se ficar extremamente irrelevante, quase tão irrelevante como aqueles Tag Team Championships que Otunga e McGillicutty andavam meses sem defender.
O grupo até podia já estar estragado mas um não-final destes, ao ponto de ser possível esquecer como raio aconteceu e para onde raio foi o grupo parar, só estragou tudo ainda mais. Tira ainda mais brilho ao grupo, como se apenas a sua estreia se aproveitasse. É fácil associarmos esta técnica de não acabar as coisas e deixá-las simplesmente ser esquecidas, a nível de stables, como algo que Vince Russo andava a fazer na mesma altura, na TNA, com grupos como os Immortal. Mas parece que, afinal, era um mal geral.
5 Comentários
Bom artigo. E pensar que Lucky Cannon do NXT5 foi o melhor hell de todas as edições e o demitiram para proteger o Titus Oneal por causa do protagonismo das políticas raciais. Titus nunca lutou nada na minha opinião. No mais, aquele NXT de 2010-2011 é muito superior ao atual, na minha visão. Só a música de entrada do openning do show ocasiona lágrimas e nostalgia.
Já nem me lembrava de algumas coisas daí. Uma época completamente disparatada e o pior é que a TNA lá tinha uma ou outra boa ideia e…estragava logo. Momento negro do wrestling.
Sim
Lembro-me perfeitamente dessa edição do Michael Tarver, aliás, a relevância dele na WWE foi tanta que se o reconheci na foto deste artigo, deve-se muito mais a essa edição icónica do Top Ten do que propriamente por me lembrar dele em contexto de WWE. Na altura, nem associava o nome ao “gajo dos Nexus que não sei o nome”, depois dessa edição nunca mais esqueci.
Não sabia do 8, do 5 e do 4. Saturday Morning Slam foi uma memória desbloqueada… parece que foi ontem! O tempo passa…