6 – Drew McIntyre quer amolecer
Não, não foi naqueles tempos em que tinha a mania que era uma rockstar e juntou-se a outros dois loucos para fazer “uma banda” que tocava a versão “air” dos seus instrumentos. Os nossos jobbers favoritos, os 3MB. A brincar, a brincar, mas dois terços desse grupo já são ex-WWE Champions, pensem lá nisso. Tantos quanto os New Day ou os nWo, é esse o patamar.
Mas então, podemos olhar às diferentes versões de Drew que vimos, antes de voltar a ser o Drew Galloway que aumentou o seu estrelato fora, para voltar, renascido e mesmo assim encontrar tanto espaço para crescimento, ao ponto de ser o que é hoje em dia. Lembrámo-nos do “Chosen One,” seguido de um Drew perdido e renegado a jobber, antes do Drew dos 3MB. No geral, é isso. Pelo meio desses, pode haver assim algo como umas sub-espécies de Drew. Momentos. O Drew apaixonado, lembram-se? Oh diacho. Até ele já caiu vítima disso e não falamos da sua vida pessoal, que já teve os seus momentos mais problemáticos.
No Smackdown, ainda na altura do “Chosen One,” quando já tinha sido Campeão Intercontinental e de Tag Team, e estava naquela de sobe-e-não-sobe, já com muitos fãs a desejar um derradeiro push ao topo, houve ali um momento em que ele até queria ser bom rapaz. Porquê? Porque ficou de beicinho pela Kelly Kelly. Pois. Também isso toca a muitos. Mas a menina não estava interessada nele, até porque ele era muito rude e agressivo e não parecia que estava tudo bem ali naquela cabeça. Como todo o rapaz caidinho por alguém, e aí muitos de nós também podemos testemunhar, ele fazia por mudar. Para ver se impressionava a bela loirinha. Ele bem tentava não ser maluco, mas passava-se com mais facilidade ainda. Então quando perdeu um combate para uma metade dos Dudebusters – é, o Trent Barretta fez-se grande depois de sair e hoje é grande na AEW, mas na altura era praticamente só isso – é que fritou completamente e teve um daqueles “snaps.” Já foste. A menina não gostou do que viu.
Mas afinal, qual raio foi o objectivo desta feud? O Vince a castigá-lo, ao saber que ele era submisso no seu casamento? Caramba, se calhar era, nem tinha ainda pensado nisso. Mas parecia levá-lo a algum lado. É que quem veio acudir Kelly, sem segundas intenções, foi Edge. Na altura, World Heavyweight Champion. Ah! Assim sim! A storyline era meio estrambólica, mas parecia ter um bom fim. Mas não. Nem levou Drew para tão perto da cena do título quanto isso. Infelizmente pode ter sido o seu último push até à sua queda. Felizmente as coisas deram a volta por cima e este Drew, irreconhecível ao pé deste jovem, já não tem distracções que o fazem querer ser bonzinho e mansinho.
5 Comentários
Bom artigo. E pensar que Lucky Cannon do NXT5 foi o melhor hell de todas as edições e o demitiram para proteger o Titus Oneal por causa do protagonismo das políticas raciais. Titus nunca lutou nada na minha opinião. No mais, aquele NXT de 2010-2011 é muito superior ao atual, na minha visão. Só a música de entrada do openning do show ocasiona lágrimas e nostalgia.
Já nem me lembrava de algumas coisas daí. Uma época completamente disparatada e o pior é que a TNA lá tinha uma ou outra boa ideia e…estragava logo. Momento negro do wrestling.
Sim
Lembro-me perfeitamente dessa edição do Michael Tarver, aliás, a relevância dele na WWE foi tanta que se o reconheci na foto deste artigo, deve-se muito mais a essa edição icónica do Top Ten do que propriamente por me lembrar dele em contexto de WWE. Na altura, nem associava o nome ao “gajo dos Nexus que não sei o nome”, depois dessa edição nunca mais esqueci.
Não sabia do 8, do 5 e do 4. Saturday Morning Slam foi uma memória desbloqueada… parece que foi ontem! O tempo passa…