10 das Piores Coisas que o Randy Orton fez – Top Ten #547

9 – Só para ver do que são feitas as orelhas do Jeff Hardy

Sabem bem que momento é este, já que o viram há pouco tempo. Podem ter virado a cara quando aconteceu mas não resistiram por muito tempo e viram. Portanto, já entramos na parte física e gráfica da coisa. Randy foi suficientemente depravado para sacar de um spot tão repulsivo como este, numa altura em que, por lá, não se conseguia muito disso, assim de forma mais gratuita.

Foi em 2018, Randy e Jeff rivalizavam. Não é que fosse das rivalidades mais intensas, que tivesse que ir parar ao Hell in a Cell mas era aquela altura do ano, portanto mandaram os dois veteranos lá para dentro da jaula. Ainda eram os tempos disso. E, se o outro Hell in a Cell dessa noite, o fecho, é infame pelo péssimo finish: um “no contest” entre Roman Reigns e Braun Strowman por interferência de Brock Lesnar, parece que a violência dentro da jaula ficou guardada para estes dois cavalheiros já mais habituados a loucura. E Randy foi crativo com uma propriedade física de Jeff.

Tal como uma secção da malta alternativa, mais dentro do punk e ainda mais exacerbado nos circuitos do hardcore e subgéneros, não se contentam com brincos e utilizam alargadores, deixando um tremendo buraco no pendurado lóbulo. Faz impressão a alguns. A Randy deu-lhe ideias. Sacou da chave-de-fendas, inseriu-a no buraco e torceu o lóbulo como quem o queria arrancar, perante choque e asco da plateia. O acto em si, não é feito em zona de maior sensibilidade, talvez não seja do mais agonizante. Jeff terá sentido um literal puxão de orelhas. Terrível, mas já protagonizou pior e às suas próprias custas. Para nós, todos os que estavam a assistir? Grotesco.

Foi numa fase mais recente do Randy Orton Heel e serviu para mostrar que ainda existia ali algo de sádico no “Viper” que, inspirado por isto, ia começando um angle de deformação e dor em adversários – chegou a torturar os dedos de Tye Dillinger. Dos momentos mais tardios de um Orton doentio. Podia dar para aqueles cânticos de “You still got it” mas não é aí que os costumam empregar.