10 dos piores e mais desnecessários twists e surpresas – Top Ten #471

6 – O tal Screwjob

Este conta? Tem que contar. Trocaram as voltas todas. Ao povo e a um dos que estava no ringue. Planeado por alguém, com consentimento só de alguns. Muito curiosamente, Jim Cornette e Vince Russo, esses amigalhaços, irão garrear na hora dos créditos de quem teve a ideia. O problema aí é que ambos dizem que foi… Ideia do próprio.

O infame Montreal Screwjob que viu o título a cair para Shawn Michaels num escandaloso momento é das histórias mais recontadas pela indústria fora, daquelas que já não precisam de qualquer descrição. Aqui terá a sua contextualização no tema porque maior “twist” do que um Vince ainda relativamente “discreto” a mandar o árbitro tocar a campainha sem qualquer “tap out” feito tem que ser o finish mais surpreendente e que mais tenha dado a volta à cabeça a toda a gente. Mesmo que já corresse a palavra da partida de Bret para a WCW, nunca as cerimónias de partida seriam estas. Nasceu ali a personagem do Mr. McMahon que crescemos a adorar odiar. Até isso é um twist. Caramba, ele era comentador!

Dependendo do performer – sim, falamos de estrelas e não de fãs – com quem falem, pode haver um twist dentro do twist. Sim, o Screwjob em si é um swerve de mau gosto que pouco fez além de mandar Bret embora em maus termos e deixar Shawn Michaels cheio de heat. Mas entre a conspiração e o derradeiro twist caso se provasse verdadeiro: é tudo um work. O maior work e segredo mais bem guardado da história do wrestling, mantido até hoje, mas são muitos os que acreditam que o angle foi realmente combinado para… Causar tudo aquilo que realmente causou: a tal atenção mediática, o heat a Shawn, uma saída de Bret sem pontas emocionais soltas… História. Isso seria tremendo. E não são uns quaisquer que acreditam nisso. Até nomes como Scott Hall e Kevin Nash acreditam nisso. Amigos próximos de Shawn acreditam que ele ainda consiga manter esse segredo! Parece esticado mas Hall a guiar a sua teoria ao longo do segmento? Temos que admitir que até tem o seu quê de convincente… E se?…