1 – Gillberg
O mais hilariante para a primeira posição. Afinal não era só a WCW que tinha os gajos a imitar os rivais para entrar na brincadeira. Tinham eles propostas hilariantes como já vimos aqui e afinal também do lado do Tio Vince havia alguém para parodiar uma enorme estrela daquela outra vizinhança.
Duane Gill, antigo jobber da WWE no início da década de 90, regressaria à companhia nos anos finais dessa mesma década e integraria a J.O.B. Squad. Mas conseguiram mais e melhores planos para ele. E não me refiro ao Light Heavyweight Championship, mesmo que também tenha tido esse. O grande plano era para o Gillberg, a paródia amalucada de um tal Goldberg! Falamos de um “Goldberg” com metade da constituição física do autêntico e completo com o exagero das poses, os olhos trocados, a tatuagem falsa, a entrada a recriar a original mas… Muito low budget, para dizer o mínimo… Tudo o que Goldberg fazia mas em ponto pequeno. E tudo nele era realmente hilariante. A ideia era ter uma streak de 173 derrotas, a inversa da de Goldberg. Isso dava origem à sua brilhante catchphrase “Who’s first?” Já não se faz disto hoje em dia.
Mas será que isto resultaria hoje em dia? Ou os fãs iam espumar-se na internet a defender as suas “cores” assim como apresentadores de podcasts e até wrestlers das companhias rivais a mandar farpas no Twitter e não só? Iriam os responsáveis das companhias agir como crianças nas suas defesas? É só por aí que vejo dificuldade em recriar algo deste tipo. Gillberg teve sucesso e a reacção de Goldberg… Bom, essa variou. O próprio já admitiu que inicialmente tal encheu-o de raiva e ele queria despedaçar Gill e todos envolvidos na ideia. Com o tempo, amansou, ficou lisonjeado com a paródia e lá admitiu a graça da performance de Gill. A sua reacção condiz com os relatos do próprio Gillberg que assim descreve as duas vezes que o encontrou: na primeira quase o ameaçou de morte, na segunda era um tipo super-simpático, compreensivo e a elogiar-lhe a piada. Vá lá, acaba tudo bem, pessoas amansam com o tempo. Será que nós também, daqui a uns anos, seremos muito mais compreensivos para com estes reinados recentes que Goldberg teve na WWE? OK, pronto, longe demais.
E por aqui se fica a listagem. Claro que dá para lembrar mais casos como o “Black Machismo” de Jay Lethal e não sei bem se querem considerar lá o que quer que tenha sido aquela manobra dos Fake Diesel e Razor. Uma tinha boas intenções e a outra não e dá para perceber neste Top Ten que há presença regular de ambas! Agora toca-vos comentar, como bem entenderem, espero que tenham gostado… e entendido o tema, e que possam opinar em relação a estas jogadas, tanto as maliciosas como as em leve tom inofensivo de brincadeira. Os destaques e acréscimos também são, como sempre, bem-vindos.
E agora mais um destes para a próxima semana e a ver se a seguir já estamos a falar de outra coisa qualquer, mais ou menos parva – um pouco tem sempre que ser. Se muitos performers têm uma personagem que evoliu, outros têm que ir tentando até pegar. Na próxima semana listaremos dez wrestlers conhecidos por múltiplas gimmicks. Vá, já sabem, o Foley e o resto, venham ver!
Até lá quero-vos finos, bem comportados, positivos, – em termos psicológicos e emocionais, não em resultados de testes clínicos – prontos para a saída desta pocilga, mas cautelosos e admiradores da Sasha Banks pelos seus dotes, feitos e beleza, vá, não é preciso por mais nada! Cumprimentos e até à próxima!
2 Comentários
O Juventud Guerrera é mesmo uma lenda ativa pelo que sei, acho que ele ainda luta, gostava de o ver de volta á wwe… só acrescento tambem que ele teve algum destaque na ECW, neste caso usando máscara
Mais um belo artigo.
Há mais… 1996 foi o ano das paródias na WWF. Desde os mais conhecidos Fake Diesel e Fake Razor, até aos skits do Billionaire Ted (ok, aqui não era bem uma gimmick), “Nacho Man”, “The Huckster” e “Scheme Gene”. Apesar de a USA Network ter acabado com estes segmentos, a verdade é que lhes acho muita piada. Tudo o que seja fazer pouco do Hulk Hogan diverte-me, na verdade.