1 – “Ravishing” “Glorious” Robert Roode
Fiquei surpreendido por não ter comparecido no último Raw, porque a coisa ficou popular graças ao bom humor da malta da internet – que essa fatia sobreviva sempre para ofuscar um pouco o cinismo chato e maçador do costume. E também fiquei triste. Porque já era fã da bigodaça nova que Bobby Roode orgulhosa e estilosamente transportava sobre o lábio superior. Com direito a “mudar-lhe” o nome para o mais sofisticado Robert Roode – não se exaltem com mais esta “alteração” de nome, que não é alteração nenhuma, esse sempre foi o nome dele que ele por acaso usava sob a forma de diminutivo.
E pronto, temos um lutador no Raw que é o Tom Selleck, e estou completamente rendido a isso. Mas também pode ser muita coisa mais. Pode ser o teu padrasto ou aquele teu tio divorciado que ainda faz noitadas no bar em dias da semana. Podia sair directamente de uma banda de hard rock de pai das décadas de 70 e 80, quais Boston ou Styx ou REO Speedwagon ou Toto. Podia ser um jogador da bola Português em plena década de 80, que os calções até devem ser igualmente curtos. Mas por acaso até nem é a nenhum desses que se pode dizer que lhe tirem intencionalmente a semelhança. É mesmo ao lendário “Ravishing” Rick Rude, com nome semelhante e a rimar, e a quem foram rápidos a apontar as parecenças. É que até o robe ele já o tinha. Só não tem ainda os movimentos porque esses, por acaso, até é o Velveteen Dream que os tem.
É totalmente intencional e é para parecer um filho perdido. Para ver se afasta as comparações com Triple H. Que lhe traga um push porque é divertido e vai sendo popular por isso mesmo. Que lute com a mesma dedicação e intensidade com que é um detective privado numa luxuosa praia no Havai ou com que cai de amores por Monica Geller, mesmo após ter sido o seu médico de família desde a infância. E que o lance bem a solo, ou então que abra portas para uma vinda de James Storm para reformar os Beer Money. Ou os Doobie Brothers.
Aqui está este Top Ten que, quem sabe se não será repetido, já que eles são tantos. Seria uma ironia hilariante, se me perguntam a mim. Espero que tenham gostado e que tenha sido divertido de observar tais paralelismos. Existirão mais casos, se calhar mais flagrantes que estes, até porque eu quis alguns mais subtis e específicos do que aquela gimmick genérica que vai havendo sempre. Mas qualquer que seja que entre no vosso critério, está nas vossas mãos. Força aí a comentar que essa secção até tem andado jeitozinha.
Para a próxima semana, como vos disse, menti-vos um pouquinho. Ainda não acabou o tema das gimmicks, é até fartar. Mas já serve de antevisão para algo que poderão vir a ver mais vezes por aqui: sequências de Tops relacionados. Para a próxima semana, até pode afastar-se um pouco do das semanas anteriores, mas relaciona-se directamente com este. Este era das gimmicks actuais recicladas? Então, para a próxima, olhemos para casos antigos de fracas tentativas de reciclagem de gimmicks. Estes nem se lembram ou nem conhecem. A tradicional caderneta de cromos cá do sítio. Estejam cá para ver! Até lá fiquem bem, saquem lá das roupas de Verão e do equipamento de praia que parece que a coisa virou. Até à próxima, portem-se bem!
2 Comentários
A do Tyler brezze não é inspirada naquele carinha da NXT, alguma coisa Cannon???
O Lucky Cannon até era bastante genérico. Podia ser só mais um convencido narcisista na onda de um Lex Luger, Rob Conway, Chris Masters, etc… Mas sem o físico. E também sem grande personalidade propriamente.
O Tyler Breeze tem muitos mais tiques e segue mais na linha de um Rick Martel mais “flamboyant”.