10 Heel Turns em que o Heel tinha razão – Top Ten #544

6 – Owen Hart

Um conflito familiar no qual ele viria a descer muito baixo, como manipular a mãe a “acudir” Bret, para o fazer perder. Sim, a inveja de Owen por ser o número dois moveu-o a ser muito convincente como alguém muito malvado. Mas o exacto momento da Turn? Difícil não lhe dar razão.

Foi no Royal Rumble de 1994. Bret e Owen desafiavam os Quebecers pelos Tag Team Championships. Bret lesiona-se durante o combate e precisa, urgentemente, de fazer o tag em Owen para o deixar entrar e ter uma chance de vitória ou de, pelo menos, recuperar um pouco. Quis ser resiliente e não se deixar passar por fraco perante os tão convencidos adversários, e recusou fazer o tag quando teve chance e voltou-se novamente para os adversários. Jacques e Pierre não eram pêra doce – o Mountie e o PCO? Claro que não! – e capitalizaram, vencendo e retendo os cintos. Owen ficou fulo e atacou Bret.

Um ataque até pode ser excessivo… Mas Bret não estava a merecer, pelo menos, um cachaço? Na promo que se seguiu, um Owen possuído de raiva, acusa-o de ser tão egoísta que era incapaz de dar a vez ao irmão e preferiu sacrificar-se e perder. Caramba. Mas foi exactamente isso que aconteceu. Bret deixou escapar os Tag Team Championships porque quis, por casmurrice, porque quis superar-se sozinho, porque achou preferível continuar a tentar lutar manco do que deixar o irmão entrar. Qualquer um ficaria frustrado. E that’s why he kicked his leg out of his leg.

Bret era o eterno “inturnável,” se forçarmos daí uma palavra, portanto é claro que seria sempre o Babyface, independentemente do que fizesse. Owen revelou-se um estupendo Heel também, portanto também não há queixa por aí. O próprio Bret, quando teve a sua Turn, toda a gente lhe deu razão em virar-se contra os fãs Americanos, mas aí deu-se algo muito exclusivo: ele era Heel apenas nos Estados Unidos, mas continuava a ser o maior, senão maior ainda que antes, em qualquer outro lado, para nem falar no Canadá. Porque a malta perdoou esta. Era só fazer um tagzinho, Bret, podias ter deixado essa teimosia e esse ego de lado!

6 Comentários

  1. JOAOPEDROOOOO5 dias

    O último bem que podia ser a feud HHH vs Angle. Em tudo, foi igual

  2. Yuri5 dias

    Muito bom

  3. Além de John Cena, Kevin Owens e Drew McIntyre e esses, junto ainda Chris Jericho quando fez o turn no HBK, e o Muhammad Hassan.

  4. Que excelente lista! Já tinha pensado em escrever algo deste género aqui para o site. Sempre gostei de heels com razão. Onde a única falha deles são as ações. Vou destacar aqui alguns da lista:

    R-Truth – Lembro-me de o ver como heel na altura e gostei bastante. Tinha aquele estilo anti-PG. Fumava em frente ao público, foi preso com o The Miz, atirava água aos fãs… Foi uma pena não o terem aproveitado mais vezes como heel durante a sua carreira. Se fosse heel hoje, acredito que surpreenderia muita gente.

    CM Punk – O seu heel-turn era tudo aquilo que este ficava frustrado na WWE e o fez sair mais tarde na empresa. Quando o chamam de chorão e frustrado, esquecem-se de como foi desrespeitado. Era WWE Champion, tinha excelentes combates, promos, vendia e mesmo assim era constantemente colocado em segundo plano. John Cena vs John Laurinaitis no main event em vez de CM Punk vs Daniel Bryan pelo título foi um insulto e uma estupidez enorme. Estas eram as decisões idiotas que o antigo chefe que tantos defendem e adoram fazia.

    Owen Hart – Não conhecia os detalhes deste heel-turn, mas fiquei bastante curioso com esta história. Agora que sei, é sem dúvida um dos heel-turns mais compreensíveis de sempre. Vou procurar ver esta feud. Pareceu-me bastante interessante pelo que foi contado aqui.

    Lita – Foi uma heel incrível, mas é estranho considerar heel-turn fugir do psicopata Kane. Ainda assim, não ajudou coloca-la ao lado da pessoa com quem traiu o Matt Hardy. Bastante compreensível o público a ver como heel.

    Stephanie – Mais um heel-turn justificável. Para mim, qualquer pessoa que tem uma feud com o seu pai é automaticamente babyface. E quanto à Women’s Revolution… Não foi ela a pioneira, mas a meu ver foi uma peça importante para a divisão feminina. Isto porque essa divisão estava a ir pelo bom caminho quando a Stephanie estava lá. No momento que ela sai da WWE, começo a ver um desprezo enorme à divisão feminina. Até hoje digo que elas precisam da Stephanie nos bastidores para dar mais importância a esta divisão.

    Liv Morgan e Dominik Mysterio – Já tinha falado sobre isto antes! Para mim, estes dois são as vítimas. A Rhea Ripley traiu a amiga e lesionou-a. Depois manipulou o Dominik e afastou-o do pai. O Dominik era simplesmente o fantoche da Rhea Ripley. E de repente a Liv Morgan regressa e vinga-se. Não por maldade, mas por justiça (à sua maneira hehe). Para piorar a situação à Rhea Ripley, ainda ficou sem o seu fantoche. Que agora é bem tratado pela Liv Morgan.

    The Rock – Interessante que este heel-turn seja parecido ao do John Cena. Ainda por cima foi influênciado pelo próprio The Rock. Bem visto. Mas sobre o heel-turn do The Rock nessa época, ya. Foi mais um justificável e ajudou muito o The Rock na sua carreira. Aliás, nunca percebi porque raio os Nation of Domination eram heel. Quem raio teve a ideia de colocar este grupo como heel? Os DX que eram rebeldes, ofensivos, faziam piadas racistas, homofóbicas, era bullys e outras coisas… mas eram considerados babyfaces. Já os Nation of Domination que falavam sobre a discriminação racial, falta de oportunidade a lutadores negros e queriam respeito e igualdade… eram os heels da história? Bizarro eles serem os heels quando deviam ser claramente os babyfaces.

    Randy Savage – Qualquer pessoa que enfrentou o Hulk Hogan, era o babyface da história. Mas sim, o heel-turn do Randy Savage é outro caso clássico de alguém que tinha razão.

    Excelente artigo, Chris JRM! Fico à espera da próxima lista!