10 mid-carders da Ruthless Aggression que desvaneceram – Top Ten #460

1 – Muhammad Hassan

Os últimos Top Ten não têm sido daqueles com mais relevo no ranking e na ordem. Mas se calhar para este ficou reservado para a primeira posição um ex-Superstar mais especial. Porque sei que consta entre os predilectos dos que nunca tiveram a sua verdadeira chance para muitos desse lado. E por quão extraordinárias foram as circunstâncias que o tiraram do radar. Foi retirado de todo o ramo até.

Mais do que asneirolas e meninas escanzeladas em trajes reveladores, Muhammad Hassan será uma bem maior prova da coragem que tinham de levar o seu conteúdo de TV um pouco mais longe, no campo da sensibilidade. Gimmick delicada a de descendente Arábico que se queixava da discriminação que sofria por isso mesmo. É uma causa com que se pode simpatizar. Então era um babyface? Ora essa, claro que não! É que ele dizia uma coisa mas, nas acções, era outra e revelava alguém mais radicalista e contradizia a sua mensagem. Quase como quem quer dar razão aos que o injustiçam. Ora, isso é assunto para mexer com uma plateia. Ainda por cima, em 2004, um 11 de Setembro de 2001 estava mais ou menos tão próximo como uma Wrestlemania gravada à porta fechada devido a uma pandemia está dos dias de hoje. Muito recente. Tão recente que ainda podia haver outro atentado, do outro lado do Atlântico, em território Inglês, pela altura em que Hassan protagonizou um segmento de ataque por encapuzados. Mau timing. Foi tramado. Pressões exteriores ainda ajudaram ao que provavelmente já fariam: acabou aí a personagem de Muhammad Hassan e Marc Copani, o seu intérprete, também foi despedido.

Já rivalizava com Undertaker quando isso aconteceu. Causou o impacto que causou e esteve lá por cerca de meio ano só. Entra aqui como o midcarder que se ficou por aí porque não teve a chance de mais. Porque queriam mais para ele. Iria ser World Heavyweight Champion nesse mesmo Verão. Iria ser o Heel de topo. Mas não foi. Porque ficou ali no centro de um dos momentos mais “longe demais” que se regista na história da WWE. Nem motivação para tentar noutro lado ficou. Copani deixou aí o wrestling, apontando-se um breve regresso a ringues independentes em 2018. Mas não tenham pena dele. Aproveitou o seu hiato para concluir estudos e tornar-se professor de História – se calhar importantíssimo para a suposta mensagem que Muhammad Hassan alegava pregar. Hoje em dia até é director de uma escola, portanto talvez até esteja melhor. E é bom saber que não sofreu consequências do seu polémico Hassan. Tanto por aquilo que Hassan se queixava – a sua ascendência é, na verdade, como podem notar pelo nome, de origem Italiana – como por aquilo em que acabou por se envolver, inocente e inadvertidamente.

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Chega aqui o fim do Top Ten. Deste. Com tema que até dá para permanecer aberto. Porque isto é uma selecção, nem dá para ser “os dez melhores” disto ou daquilo. Ou os piores. É uma selecção de dez exemplos que considerei bastante representativos daquilo que considerava o tema. Haverá mais? Com certeza. A secção de comentários está aberta? Sempre. Comentem estes, as saudades que têm deles, os potenciais que viam neles, e acrescentem mais qualquer coisa que considerem aqui justa. Claro que, referindo a paradeiros discretos, podem notar que foram mencionados lutadores como Lance Cade ou Sean O’Haire, mas não foram listados. O paradeiro trágico não era aqui considerado, obviamente. Mas se quiserem destacar algum caso, é claro que é permitido.

Que estejam à vossa vontade é o que importa e que se sintam com vontade para marcarem cá presença também. Porque ainda se fala de qualquer coisinha da Ruthless Aggression, parece que ainda sobram ideias para temas, de alguma forma. Então fala-se dos que tiveram sucesso, dos que não tiveram tanto, dos que tiveram mas limitado. Um pouco de tudo. Mas foi uma era só de aparecimento e emergência de novos talentos? Claro que não. E além de veteranos consagrados, também se encontram aqueles que até procuraram arrebitar aqui nestes tempos. E quem diz que correu mal? Temos que olhar à listagem da próxima semana, caso a caso! Serão dez veteranos que revitalizaram a sua carreira durante a Ruthless Aggression! Dá para tema? Dá para dez? Venham ver se sucedo ou se me espalho ao comprido. Para o que seja, estão convidados. Portanto tirem lá uns minutinhos do vosso bem passado Verão, espero, para uma espreitadela cá. Boas férias para quem andar nisso e… Suponho que esteja quase para quem ainda não está! Fiquem bem e até à próxima!