10 Momentos-chave da Década – Top Ten #299

7 – O Yes! Movement

Impossível não destacar uma ascensão destas, especialmente quando terá sido o maior momento de vozes a serem ouvidas. Aquia a opinião do povo contou, nem que fosse à força, e Daniel Bryan marcou a década como o verdadeiro “underdog” genuíno e como a estrela criada pelo público e, por hilariante e irónico que seja, por más decisões em relação a ele.

Chegou à WWE logo no início da década e viu o que parecia ser a primeira revolução a acontecer com um improvável colega seu: Zack Ryder. O seu sucesso internauta fez-se ouvir e tornou-se demasiado grande para ficar limitado a um espaço da web, Ryder teve que chegar a TV e teve que ter o seu momento. Na altura em que Ryder rebentou uma arena ao vencer o United States Championship, Daniel Bryan também viria a tornar-se World Heavyweight Champion. Por esta altura CM Punk gostava do panorama que via. Ele era WWE Champion, Bryan era World Champion, Ryder com o seu, Cody Rhodes com o Intercontinental, os Tag Team Championships em Kofi Kingston e Evan Bourne, Beth Phoenix liderava a paupérrima divisão feminina. Era uma boa imagem e Punk reuniu aquela malta para uma foto que assinalaria que o futuro era agora e estava bem entregue. Claro que as coisas não seriam bem assim, seria Sol de pouca dura, não tardaria a voltar a familiaridades de outrém e se calhar fazia falta mais uma revoluçãozita ou duas.

A começar pela forma estapafúrdia como Bryan perderia o título na Wrestlemania. Foi, acidentalmente, o melhor que lhe podia ter acontecido, porque o público não se calou e começou a cantar-se “Yes!” para parar… Jamais. Permaneceram, aumentaram, acompanharam-no ao longo dos Team Hell No, muito certamente o acompanharam quando se voltou para o WWE Championship, conquistou-o e andou de mãos cheias com a Authority. Bryan já estava no main event e já tinha detido o título principal mas ainda tinha o sabor azedo de que tudo era feito para provar que ele realmente não era material de topo. Mas, lá está, o povo não se queria calar. E ai de quem ganhasse coisas que lhe deviam pertencer.

Perguntem a Batista. Era impossível contornar a situação, segmentos eram interrompidos pela adoração a Daniel Bryan, as plateias eram suas. O segmento de um grupo de pessoas a “invadir” o Raw para colocar Daniel Bryan no main event da Wrestlemania XXX foi um dos grandes momentos da década, assim como a sua dupla vitória no dito épico evento, com a sua conquista eternamente imortalizada na história da companhia. O regresso aos ringues após uma reforma forçada terá que ser outro momento igualmente grandioso. Mas, nos livros de história, é o “Yes! Movement” que ocupa imensas páginas, com título destacado. A provar que, sim, as opiniões muitas vezes importam. A não ser que sejam estúpidas, que acontece muitas vezes com os fãs de wrestling, tenhamos lá calma.

2 Comentários

  1. Carlos Eduardo5 anos

    O fim da streak vai ficar ora história

  2. Rooben5 anos

    Excelente artigo ☺