10 Momentos Estranhos de 2021 – Top Ten #389

2 – Olha, voltou!

Classifica-se como um momento estranho? Ou, na verdade, é daqueles que já todos estavam à esperinha que viesse a acontecer, mais tarde ou mais cedo? É que, por acaso, falando aqui na primeira pessoa e no tom pessoal, faço parte da equipa daqueles que realmente achavam/sabiam que eventualmente ele voltava. E isso já antes de existir sequer uma AEW. Afastou-o ainda mais do regresso à WWE, esse nem na névoa se vê… Mas se calhar mantenho firme a mesma opinião!

Indo além disso, passaram-se sete anos desde que CM Punk, desiludido com tudo à sua volta e com a paixão pela indústria que o fascinou desde miúdo já completamente abatida, foi-se embora. Sem rescisão de contrato, nada disso, simplesmente pegou nas suas coisas e foi-se embora, batendo a porta com estrondo e deixando, muito certamente, uma influência sobre muitos que olharam para as suas acções como perfeitamente justificadas e negaram-se a deixar-se ser pisados. Sim, ele voltou a deixar influência. Partiu para outras, como a sua carreira de pouco sucesso em MMA, a sua carreira frutífera e divertida na banda desenhada e uma carreira de notoriedade mediana mas de valor e louvor no cinema independente, mais particularmente de terror. Parecia estar bem de vida para demonstrar qualquer interesse em regressar ao wrestling. Trocou-nos as voltas com um surpreendente contrato com a FOX que o colocou a comentar a programação televisiva da WWE e a ser novamente mencionado na TV da mesma, deixando muitos com a pulga atrás da orelha. O seu regresso estaria iminente.

Mas isso já lá vai. Já foi antes. 2021 foi ano de outro burburinho. Parece que Punk tinha recuperado o interesse. É que havia uma outra companhia emergente e crescente, com muito para dar, e que gosta de agitar as águas com surpresas. Especialmente grandes conrtratações. O intencional segredo mais mal guardado da história do wrestling deixou todos colados ao ecrã para um episódio do Rampage em Chicago para ver a plateia a explodir num ensurdecedor pop quando “Cult of Personality” dos lendários Living Colour voltou a tocar numa arena de bulha. CM Punk estava mesmo de volta, já fez imensas maravilhas desde que regressou e já se parece sentir em casa. A estranheza de tal coisa também já se desvaneceu, mas na altura não deixava de ter o seu surrealismo ver aquele Punk de volta, sete anos depois, ainda por cima noutro sítio. Aquele sítio que até fazia todo o sentido, por acaso.