1 – A bicha para o Centro de Emprego
Não é aquele cenário que vêem todas as manhãs no centro da vossa cidade. Esse já é banal. É um tratamento irónico e humorístico ao desastroso e enervante desvaste que o plantel e equipa da WWE levou este ano. Também não sei se realmente seguiria apenas o caminho do “estranho” ou se já levaria para o do frustrante e desolador. Que cá estou sempre para o apoio e defesa de todas as empresas de wrestling, para o seu sucesso e para darem aquilo que acompanho há mais de uma década, mas depois há momentos como estes em que uma companhia como a WWE justifica ser o saco de pancada da comunidade de fãs fartos. Não pelo conteúdo televisivo, que é o que é, mas por momentos como este que até dão vontade de entrar lá pelos escritórios da sede dentro a distribuir açoites a Vinces, Khans, Dunns e afins por algo tão revoltante quanto isto. Mas isso é terrorismo, portanto apenas ficamos abalados e a fazer memes. O que se pode.
Se já ficámos indignados em 2020 pela lista de despedimentos, em pleno período pandémico, no topo da sua fase de receio, incerteza e desconhecimento, mal podíamos vir a saber que ia virar uma doentia tradição anual. Mas pior em 2021, aí era às doses, qual vacina. Todos os dias já tínhamos receio de abrir as notícias de espaços como este mesmo, para ver qual a lista nova. A facilidade com que descartavam pessoas, vidas, vistas como meros números numa companhia multimilionária caprichosa. O desvaste que vimos a ser feito a um NXT, para total remodelação e a forma como as dispensas, mesmo internas, se prolongam ainda até agora, a apagar todo o árduo trabalho de anos de alguns empregados/familiares/fiéis seus, de estatuto. Abanámos a cabeça e revimos, várias vezes, as listas para ter mesmo a certeza que um nome como Braun Strowman constava lá. Levámos as mãos à cabeça ao ver que não eram capazes de aproveitar estrelas de enorme potencial e popularidade como Aleister Black e Keith Lee, mesmo quando já tinham angles e gimmicks novos a começar! Um desastre. E uma política de “ninguém está a salvo” que deixa um azedo sabor na boca ao ver que parecem ter mesmo intenção de instalar um clima de medo naquele balneário cheio de sonhadores esforçados.
E é aí que está o estranho realmente. No clima. A situação em si desperta frustração. Mas o clima é estranho. Sente-se tenso. Até nós estamos nervosos pelo que possa acontecer a seguir, quanto mais eles próprios. Estratégia de fazer plantéis alheios transbordar? E usar pessoas assim como ferramentas? E nós somos parvos? O que seja… Estaremos no final de 2022 a reflectir sobre o mesmo, ou virá outro desastre ético mexer-nos com os nervos?
Pronto, foi um ano estranho. Portanto havia muita coisa a despejar para aqui. Como disse, a listagem inicial deixou muita coisa de fora. Menções honrosas para o Bad Bunny ser melhor wrestler que muitos wrestlers, o Finn Bálor perder para o canto superior num combate com Roman Reigns, o que quer que se ande a passar com o Jeff Hardy ultimamente, a Kiera Hogan sair do Impact Wrestling e competir pelo Knockouts Championship pela primeira vez, como lutadora da AEW, num evento da NWA, e muita coisa que venha anexada com a abertura da tal “forbidden door.” E para tudo o que vocês tenham a acrescentar que também será certamente válido, porque acredito que tenham muita coisa para acrescentar aqui. Não se contenham e listem as vossas bizarrias do ano. Até podem substituir muitos daqui se não consideram algo de especial ou que se classifique como “estranho” quando nem eu mesmo sei bem qual é o critério. Que se tenham entretido com a lista e comentem, é o que importa!
Este Top Ten fica por aqui mas, como isto não é um regresso à part-timer só para uma exibição, e já está retomado oficialmente o pica-boi, a próxima semana continuará e já vos trago mais um. É para mais reflexão, para continuarmos a lembrar 2021. Mas para lembrar mesmo, não no sentido nostálgico da recordação, mesmo naquele sentido de que é preciso lembrar-vos para que se acenda a lâmpada! O também já tradicional “ah pois foi!” daqui destas andanças. O próximo Top Ten listará dez acontecimentos que tinham esquecido de 2021.
Vão puxando pelas cabeças ao longo desta semana. E mantenham-se seguros para estarem cá, firmes e hirtos como dizia o outro, a ver o próximo. E vamos lá a ver se finalmente temos um ano do caraças e 2022 já é mais às direitas. É o que vos desejo mesmo e no que quero acreditar, que não seja só especulação. Fiquem bem e até à próxima!
1 Comentário
O Ano mau começou as demissões continuam, lamentável.