5 – Honor… No more?
Fica sempre um clima estranho quando o futuro das coisas está incerto, ainda para mais de algo com a sua dimensão e que envolva e englobe tanta coisa. Não é a carreira de um lutador, é toda uma companhia. As consequências pós-pandémicas tocaram a todos e enquanto uns Tios Patinhas desta vida até registaram lucro, para outras foi um peso demasiado grande.
A Ring of Honor anunciou, logo com antecedência, que o Final Battle iria encerrar a porta da Ring of Honor para um hiato meio indefinido, tentando voltar já com as reformas e remodelações necessárias, talvez no final do primeiro trimestre do ano ou logo a seguir. O que ficava no ar era mesmo a de um futuro muito incerto e não nos conseguiam prometer que conseguem mesmo voltar. Até acrescentaram a tagline “End of an Era” ao PPV que fechou o ano, e esta tal era da Ring of Honor. Todos os contratos foram terminados e alguns lutadores veteranos até foram muito rápidos em empregar-se noutro lado – olhem o Jay Lethal! E é algo que dá imensa pena, ver uma companhia a fechar. Porque, fora as brincadeiras que faça com todas, considero-me na equipa do wrestling em geral, e não me meto em medições de pilas entre esta companhia e aquela e acompanho todas as que possa, insultando-me e chamando de mark quando já mal arranjo tempo para todas e administrar com outros interesses. WWE, AEW, Impact Wrestling, Ring of Honor, NWA, independentes, sou fã de todas e é muito triste ver qualquer uma delas a fechar portas, fosse ela realmente uma sombra do que já tinha sido ou não. E é muito triste ver a possibilidade do fecho de portas de mais um local de trabalho para imensos lutadores, quer saídos de outras, ou jovens a iniciar o seu percurso, sendo estes cada vez mais.
Todo o tom de despedida dos últimos programas e do PPV, as mensagems de apoio e agradecimento de ex-estrelas dos seus tempos de glória tornam tudo mais emocional ainda, porém é o tipo de coisa que me faz ter mais esperança ainda em relação a um futuro. Faz-me acreditar que ainda voltam, nem que seja diferentes. Muito diferentes. Com nova imagem, novo plantel e, quem sabe, a sacar uma à TNA, um novo nome! Mas que nos permita manter-nos esperançosos, que passe a estranheza de uma companhia com história à qual já tínhamos hábito e apego a acabar e volte, mesmo com uma remodelação. Olhem para a CZW!
1 Comentário
O Ano mau começou as demissões continuam, lamentável.