7 – Um “House of Horrors”
Da lista dos combates bizarros. De recepção mista. Como se tornou costume. Como se as suas ideias transbordassem além da TV de wrestling. Não seriam poucos os que veriam o potencial de Bray Wyatt em TV fora do wrestling. Dentro, não controlava tudo com certeza e por vezes lá lhe davam coisas a combinar com ele mas não tão espectaculares.
O “House of Horrors” seguiu a sua feud com Randy Orton, na qual perdeu o WWE Championship para ele na Wrestlemania. Também nesse combate vimos coisas que não dava para ver noutro qualquer: projecções de larvas gigantes no chão do ringue. Explicável? Nem por isso. Mas com Bray Wyatt no ringue, quase. Uma brand split separou-os e afastou Wyatt do WWE Championship que perdera. Este combate já se dava depois da separação, logo o título já não se encontrava em jogo. Era só para ser loucura. Os combates cinemáticos já tinham sido introduzidos no wrestling – e falaremos mais deles – e achavam que tinham ali dois Superstars ideais com quem fazer mais um.
Randy e Wyatt combateram num bizarro combate numa casa velha que tanto podia dar a entender que estava assombrada, como que era frequentada por agarrados. Wyatt teve asas para ser bastante Wyatt naquele espaço e conseguiu deixar Randy soterrado sob um frigorífico para poder fugir, num carro, para a arena. Uma frase que, todos os bookers do mundo umas décadas antes, nunca se conseguiriam juntar para dizer. O combate tinha que ser decidido no ringue, na mesma e, apesar de eu adorar vender este combate como aquele em que Orton jobbou para um frigorífico, o certo é que o então WWE Champion chegou a tempo de não perder por contagem e ainda combateu com Wyatt em ringue. O “Eater of Worlds” acabou por vencer na mesma, mas com ajuda de… Jinder Mahal. Para quem Randy Orton largaria o cinto pouco depois. Se calhar essa é a parte mais bizarra de tudo isto.
5 Comentários
Que descanse em paz!
Lutas temáticas, Hell in a Cell, grandes personagens e muito mais, esse era o Windham/Bray, alguém que nos proporcionava grandes momentos, nos deixa grandes saudades e memórias, descanse em paz Windham!
A 11° poderia ser talvez a liderança da Waytt familly
O número 1 só podia ser este. O magnum opus da carreira do Bray Wyatt foi esse momento com o John Cena na WrestleMania.
E aquela citação que escolheste para acabar… Vieram-me as lágrimas aos olhos quando incluíram isso no vídeo de tributo.
O Bray foi o meu favorito nos últimos 10 anos, mesmo que em metade desse tempo eu já nem veja isto com muita atenção. Por exemplo, nunca vi o tal HIAC com o Rollins nem o combate em que ele venceu o Título Universal pela primeira vez. Também pouco vi da feud com o Strowman, só mesmo o combate do SummerSlam em que ele conquista o Título Universal pela 2ª vez e o Roman Reigns regressa no final como heel.
Mas o pouco que via eram as histórias protagonizadas por ele (e no últimos anos a história da Bloodline). Será sempre um dos melhores em termos criativos e isso nota-se pelo respeito que tem na indústria, além das qualidades como pessoa.
O Bray Wyatt era realmente fora da caixa. Bastante original e inovador. Com personagens excelentes e digo com toda a certeza que o The Fiend foi das melhores personagens que existiu na WWE. O Bray Wyatt era mesmo alguém que quando estava na TV, qualquer pessoa pensava: “o que ele vai fazer hoje?” porque estavamos sempre à espera de algo interessante vindo dele. Lembro-me do combate contra o John Cena na WrestleMania na Firefly Funhouse como mencionaste e antes do combate estar à toa de como é que iam fazer isto. E o Bray Wyatt não desiludiu. Fiquei fascinado a ver aquilo e a pensar: só mesmo o Bray Wyatt para fazer uma coisa destas. Ele pode ter pensado na sorte que teve de partilhar este momento com o John Cena, mas aposto que o John Cena também ficou feliz por ter praticipado nesta obra criada pelo Bray Wyatt. Acho que qualquer lutador(a) do roster queria trabalhar com esta mente brilhante. Uma pessoa que não conheço pessoalmente, está a deixar muitas saudades. E esta frase: “I am the colour red, In a world full of black and white. I am the eater of worlds. I, Bray Wyatt, am forever!“ é arrepiante. Linda e poética. É uma frase à Bray Wyatt.