6 – Toca a mexer!
Devia dar para sermos todos grandes fãs disto. Aqui por estas páginas há um apoio imenso pelos midcarders mais baixos do outros tempos. Foram falados aqui. E qualquer coisa que nos fizesse lembrar o grande Simon Dean devia ser motivo para “mark out.” Mas não foi bem assim e a malta só ficou confusa.
E, infelizmente, fica um sabor muito amargo por esta ter sido a última loucura que vimos Bray Wyatt a fazer em TV da WWE. Toda a sua última passagem teve uma recepção um pouco mais fria, mas antecipávamos a sua chegada na mesma, a ver que voltas loucas as coisas ainda podiam dar. Antes disso, esteve numa feud inexplicável com LA Knight, que viu um desenlace mais confuso ainda, resumido ao que poderia fazer lembrar a “Neon Run” que façam num Sábado à noite no centro da vossa cidade, com um LA Knight de virilhas fluorescentes e aquele outro personagem a atirar-se e a falhar o alvo por um bom metro para o finish do combate. Infelizmente, esse não ficou a parecer uma maluqueira à Bray Wyatt, parecia mais algo da WCW em 2000. Queríamos algo para compensar isto.
E não parecia bem encaminhado. Para atiçar Bobby Lashley, Bray Wyatt surgiu no ecrã gigante, qual instrutor de fitness, com aquecimentos e danças que deveriam fazer troça do físico de Lashley. Recebido com confusão mas, infelizmente, a rivalidade não teria seguimento, com os primeiros problemas de Bray a serem eventualmente conhecidos, mesmo assim sem nos fazer adivinhar a tragédia que aconteceria e que aquela seria a última vez que o veríamos. Apesar de estranho num modo… Estranho, só, vá… Não deixava de parecer o tipo de coisas que acontecessem na “Firefly Funhouse” – que já tivesse acontecido? – e só podemos agora especular sobre as voltas que aquilo ainda poderia vir a dar e que coisas tão fora deste mundo e da cabeça daquele excêntrico indivíduo ainda poderíamos ter visto em plena “Road to Wrestlemania”.
5 Comentários
Que descanse em paz!
Lutas temáticas, Hell in a Cell, grandes personagens e muito mais, esse era o Windham/Bray, alguém que nos proporcionava grandes momentos, nos deixa grandes saudades e memórias, descanse em paz Windham!
A 11° poderia ser talvez a liderança da Waytt familly
O número 1 só podia ser este. O magnum opus da carreira do Bray Wyatt foi esse momento com o John Cena na WrestleMania.
E aquela citação que escolheste para acabar… Vieram-me as lágrimas aos olhos quando incluíram isso no vídeo de tributo.
O Bray foi o meu favorito nos últimos 10 anos, mesmo que em metade desse tempo eu já nem veja isto com muita atenção. Por exemplo, nunca vi o tal HIAC com o Rollins nem o combate em que ele venceu o Título Universal pela primeira vez. Também pouco vi da feud com o Strowman, só mesmo o combate do SummerSlam em que ele conquista o Título Universal pela 2ª vez e o Roman Reigns regressa no final como heel.
Mas o pouco que via eram as histórias protagonizadas por ele (e no últimos anos a história da Bloodline). Será sempre um dos melhores em termos criativos e isso nota-se pelo respeito que tem na indústria, além das qualidades como pessoa.
O Bray Wyatt era realmente fora da caixa. Bastante original e inovador. Com personagens excelentes e digo com toda a certeza que o The Fiend foi das melhores personagens que existiu na WWE. O Bray Wyatt era mesmo alguém que quando estava na TV, qualquer pessoa pensava: “o que ele vai fazer hoje?” porque estavamos sempre à espera de algo interessante vindo dele. Lembro-me do combate contra o John Cena na WrestleMania na Firefly Funhouse como mencionaste e antes do combate estar à toa de como é que iam fazer isto. E o Bray Wyatt não desiludiu. Fiquei fascinado a ver aquilo e a pensar: só mesmo o Bray Wyatt para fazer uma coisa destas. Ele pode ter pensado na sorte que teve de partilhar este momento com o John Cena, mas aposto que o John Cena também ficou feliz por ter praticipado nesta obra criada pelo Bray Wyatt. Acho que qualquer lutador(a) do roster queria trabalhar com esta mente brilhante. Uma pessoa que não conheço pessoalmente, está a deixar muitas saudades. E esta frase: “I am the colour red, In a world full of black and white. I am the eater of worlds. I, Bray Wyatt, am forever!“ é arrepiante. Linda e poética. É uma frase à Bray Wyatt.