10 Momentos que… só podiam ser com o Bray Wyatt – Top Ten #463

4 – Bulhas no pântano

Estávamos em 2020. Ano, já por si só, estranhíssimo. Ainda tínhamos uma Wrestlemania gravada num Performance Center vazio em mente quando, ainda sem habituar a vermos ali naquele espaço a nossa habitual programação televisiva. E no último PPV antes de apresentarem um inovador Thunderdome, lá apresentaram o “Horror Show at Extreme Rules,” uma edição especial do Extreme Rules com temas de terror um pouco por toda a parte. Como se fosse um especial de Halloween… em Julho. Que disse eu, foi um ano estranho!

Por essa altura Bray Wyatt rivalizava com Braun Strowman, sua criação. Toda a feud revisitaria o passado entre os dois Superstars que já se teriam elevado a títulos Mundiais desde então. E claro que tinha que calhar a eles outra nova tradição que tinham desencantado ali naqueles tempos pandémicos. A dos combates cinemáticos. Já tinham sido introduzidos, começavam a pegar moda e, naqueles tempos, até estagnaram. Os primeiros foram giros e tal, mas depois lá fez o seu “jump the shark” e esta briga já não agradou a todos. Mas tinha que ser uma das mais fora-da-caixa, claro. Se, perto do início, já temos Strowman a ser apunhalado por ele próprio e mordido por uma cobra, já sabemos que estamos de cinto apertado para uma viagem daquelas.

Lá aproveitaram a parceria entre Strowman e Alexa Bliss no Mixed Match Challenge, onde se brincou com uma atracção para fins cómicos, tornaram a coisa muito séria e introduziram Alexa Bliss na brincadeira – a sua inserção neste universo tenebroso. Depois lá lutaram eles num lodoso lago, com a imagem de um Wyatt estendido num barquinho após um chokeslam a manter-se como uma das favoritas de muitos. Batalha na água, tentativas de afogamentos, água a ficar vermelha e um Fiend triunfante. Caramba, que aquela personagem já parecia ter assassinado, ou tentado, muita gente em TV. Um filme de terror a chegar às plataformas de streaming nos tempos em que não podíamos ir ao cinema? Nada disso. Apenas a forma como o mais tresloucado Bray Wyatt fecha um PPV com tema de terror! Por acaso nessa noite também já tínhamos visto um embate entre dois lutadores cuja estipulação envolvia arrancar o olho do adversário. Portanto esta “Wyatt Swamp Fight” conseguiu ser apenas a segunda coisa mais estranha que vimos naquele evento.

5 Comentários

  1. Que descanse em paz!

  2. El Cuebro1 ano

    Lutas temáticas, Hell in a Cell, grandes personagens e muito mais, esse era o Windham/Bray, alguém que nos proporcionava grandes momentos, nos deixa grandes saudades e memórias, descanse em paz Windham!

  3. 🇧🇷 Uso honorário1 ano

    A 11° poderia ser talvez a liderança da Waytt familly

  4. O número 1 só podia ser este. O magnum opus da carreira do Bray Wyatt foi esse momento com o John Cena na WrestleMania.

    E aquela citação que escolheste para acabar… Vieram-me as lágrimas aos olhos quando incluíram isso no vídeo de tributo.

    O Bray foi o meu favorito nos últimos 10 anos, mesmo que em metade desse tempo eu já nem veja isto com muita atenção. Por exemplo, nunca vi o tal HIAC com o Rollins nem o combate em que ele venceu o Título Universal pela primeira vez. Também pouco vi da feud com o Strowman, só mesmo o combate do SummerSlam em que ele conquista o Título Universal pela 2ª vez e o Roman Reigns regressa no final como heel.

    Mas o pouco que via eram as histórias protagonizadas por ele (e no últimos anos a história da Bloodline). Será sempre um dos melhores em termos criativos e isso nota-se pelo respeito que tem na indústria, além das qualidades como pessoa.

  5. O Bray Wyatt era realmente fora da caixa. Bastante original e inovador. Com personagens excelentes e digo com toda a certeza que o The Fiend foi das melhores personagens que existiu na WWE. O Bray Wyatt era mesmo alguém que quando estava na TV, qualquer pessoa pensava: “o que ele vai fazer hoje?” porque estavamos sempre à espera de algo interessante vindo dele. Lembro-me do combate contra o John Cena na WrestleMania na Firefly Funhouse como mencionaste e antes do combate estar à toa de como é que iam fazer isto. E o Bray Wyatt não desiludiu. Fiquei fascinado a ver aquilo e a pensar: só mesmo o Bray Wyatt para fazer uma coisa destas. Ele pode ter pensado na sorte que teve de partilhar este momento com o John Cena, mas aposto que o John Cena também ficou feliz por ter praticipado nesta obra criada pelo Bray Wyatt. Acho que qualquer lutador(a) do roster queria trabalhar com esta mente brilhante. Uma pessoa que não conheço pessoalmente, está a deixar muitas saudades. E esta frase: “I am the colour red, In a world full of black and white. I am the eater of worlds. I, Bray Wyatt, am forever!“ é arrepiante. Linda e poética. É uma frase à Bray Wyatt.