5 – Rikishi
Parece que já foi um problema de família. Hoje em dia já nem é preciso tanto, basta reconhecer-se que realmente é da família e temos novo membro da Bloodline ou, pelo menos, um promissor futuro a envolver-se nisso. Falámos de Umaga, então agora falemos do irmão, para realmente não precisar de ir muito longe.
Rikishi necessitou de algumas tentativas antes de se estabelecer como Rikishi, curiosamente o nome que se dá a um lutador de sumo, o que justifica aquela tão apelativa indumentária que leva para o ringue. Em termos de gimmick, não resta ali muito, é um tipo que dança muito e tem aquele especial apreço por dar a conhecer aquelas gigantes bochechas às caras dos adversários e vocês sabem bem que não me refiro aqui às bochechas faciais. Hoje em dia, pode dizer-se que a sua gimmick é a de um pai que se queixa muito, mas isso é mais difícil de traduzir para o ringue. Mas foi assim que encontrou sucesso, sem terem que dizer tudo o que ele tentara antes, que ainda foi bastante. Até porque alguns envolviam realmente algum mistério.
O primeiro foi o “Headshrinker” Fatu, com o primo Samu, e não conseguiram conquistar a divisão Tag Team, mesmo com tentativas e até merecendo. Trocas foram feitas e a equipa foi discretamente abolida, ficando o lutador ainda como Fatu, mas com nova personalidade. Se o irmão passara de meio gangster para selvagem, este foi o contrário, já que da gimmick tribal passou para as ruas e este Fatu era um motivacional positivo, com a sua frase “Make a difference” a servir de advertência para a vida nas ruas, avisando os miúdos a afastar-se dessa vida, do crime, das drogas, de tudo associado ao guetto. Bem intencionado. Mas não lá muito over. Não tardaria nada e seria o The Sultan. Esse é que não teria qualquer conexão com qualquer dos Fatus já que o mistério à volta deste sultão envolvia-se numa máscara e mudez – fazia parte da gimmick que lhe tivessem cortado a língua. Pouco recordado mas ainda chegou a desafiar pelo título Intercontinental na Wrestlemania. Nem de propósito, contra um primo: Rocky Maivia!
Foi depois disso tudo que finalmente nasceu Rikishi. E só fora do kayfabe ou agora olhando para a sua carreira de Hall of Famer é que dá para se fazer qualquer ligação entre qualquer um dos quatro. O selvagem tribal, o miúdo do guetto em missão, o sultão mudo e mascarado e… o Rikishi. Todos o mesmo gajo. Nem o M. Night Shyamalan sacaria de tanta personalidade distinta para um só indivíduo.
2 Comentários
Poderia colocar o bradshaw que virou JBL, uma mudança de personagem importantíssima que o levou direto ao main event
Verdade. Ganhou o título umas semanas depois da mudança – drástica – de personagem. Mas talvez não tenha entrado aqui porque houve uma ligação entre as duas personagens. O JBL falou do “Bradshaw” (e manteve o nome na sigla JBL) na promo em que se estreia com a nova gimmick.