6 – Ah, ele vai outra vez, vai…
É, isto de velhos que já podiam ter ido embora há muito tempo e até chegaram a ir mesmo mas acabam por voltar quando ninguém pediu, pode bem ser tema corrente destes últimos anos, não só este último. Até mesmo neste Top Ten há muito evidente espaço para mais. Mas já lá vamos ao outro. Um tolo de cada vez.
Que não haverá tolo mais tolo que este. Mas que vendeu um evento de 2022 à volta do seu último combate… Que já podia ter tido há muito tempo e que meio que já teve mesmo mas que… Já sabemos como ele é. Quase vimos o varridinho da mona do Ric Flair a morrer em ringue e não tardou muito até vir o rumor que temíamos… mas que esperávamos: já anda a fazer tease de que ainda pode fazer mais. Quem o pede? Nem ideia. Só um sádico olha para o mau finish do seu último combate – também ele estava em posição de ter sofrido o pin, que não conseguiu evitar porque estava mesmo fisicamente incapaz de se levantar! – e acha que tem abertura para um rematch. Porque se calhar nem precisa de estar ligado a isso.
Será a mesma revitalizada Jim Crockett’s Promotion que agorá organizará últimos combates do Ric Flair anuais? Gimmick hilariante, diz que querem fazer com outros lutadores, mas agora imaginem que era uma data deles, mas todos para o Flair! Portanto não. Haverá novo tease a perguntar-nos quem queremos que seja o último adversário de Flair, para voltarmos a responder igual que da última vez? – Shawn Michaels, em 2008, ’tá perfeito. Se calhar também não é preciso.
Então imaginem como vejo a acontecer: sai agora o documentário sobre Flair, que até fala precisamente sobre a sua casmurrice e loucura. O velho fica cheio de pica e pede mesmo à WWE e ao velho amigo Triple H para fazer mais um combate lá. Leva um redondo não. O velho chateia-se e corta relaçãoes com a WWE novamente. Procura quem o acolha para um último combate e pede ajuda ao genro para puxar uma cordinha lá na AEW. O genro vai chamar o tradutor e lembra-o que ele não está em muitos bons lençóis lá e… Também não lhe apetece isso.
Insiste com Billy Corgan, que até nem desgosta da ideia, mas não sabe com quem o fazer. Acaba por arranjar outro velho acabado que já não consiga mais – insiram aqui um a vosso gosto ou adivinha – e fazem um evento independente, a tentar reproduzir o “Ric Flair’s Last Match” que vimos este ano, mas com metade do interesse, um terço do ímpeto, um décimo da execução. Quase falece outra vez. E nós… Apenas com muita pena…
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