10 Segmentos ligados ao paranormal – Top Ten #513

8 – Nascimento do Purple Haze

Não é uma estória de origem de um dos muitos míticos riffs do Jimi Hendrix, se acreditarem que de facto ele recorreu a alguma ajuda divina ou do além para lhe ocorrer tal. O da “Crosstown Traffic,” por exemplo, é qualquer coisa de genial mas constará da mente de um humano.

Nem encaixaria aqui, não é disso que estamos a falar, que raio tem isso a ver com wrestling? Mas se calhar até é um caso desconhecido de alguns. Estamos aqui a recorrer a um bom clássico. Portanto já fazem disto há um bom tempo, já que é necessário regressar ao início da década de 80 para isto. Já se fazia disto? Já e assustava-se pessoas, se o indivíduo por trás do terror for convincente.

Claro que falamos do grande Kevin Sullivan, que infelizmente nos deixou ainda há tão pouco tempo. E bem sabem que ele sabia como assustar alguém. Pensando nele e em míticos segmentos saídos de filmes de terror, muitos pensarão em Hulk Hogan a visitar o seu Dungeon of Doom. Pensam mal. Esse segmento assim meio que pendeu um pouco para o… Parvo, vá. Sejamos sinceros e directos na linguagem.

Os próprios Dungeon of Doom não se adequariam a isto, porque eram um grupo de “terror,” de vilões, mais adequado a um desenho animado de Sábado da manhã. Uma versão mais contida de outros grupos bem mais assustadores que Sullivan já tivera no passado. Como a Army of Darkness, que tanto rivalizou com Dusty Rhodes ali na primeira metade da década de 80.

O grupo tinha que ficar completo com Mark Lewin, que capitalizaria ali na sua personagem Heel do “Maniac” Mark Lewin, mas de uma forma muito peculiar. Chamar-se-ia Purple Haze e a forma como seria introduzido seria algo nunca visto antes e que ainda não voltou a ser visto desde então. Purple Haze foi invocado! Dos mares!

O segmento terá causado um certo desconforto – para não dizer cagaço – em muito povo que assistia a algo assim mais macabro na TV, na altura em que o pleno “satanic panic” estava prestes a invadir a mídia e a atacar todas as artes, especialmente a música. Um povo mais sensível que não estava pronto para ver um tipo já tão estranho como Kevin Sullivan, sempre com aquela gimmick que, em tempos de kayfabe vivo, fazia todos acreditar que ele realmente poderia ser um satanista legítimo… Na praia a fazer um ritual para envocar uma entidade. Que seria Purple Haze, aquele indivíduo enorme que simplesmente sairía do mar a caminhar, quiçá depois de uma ceia e um cafézinho com o Cthulhu.

Muito à frente do seu tempo. Só podia sair de uma estrela que sempre foi assim mesmo.

1 Comentário

  1. O Fiend era já paranormal, tinham superpoderes, levasse o que levasse, ele sempre se levantava.