3 – O homem no espelho
Um exemplo de um momento que até pode causar nostalgia a muitos e receber mérito pela intenção… Mas não dá para não dizer que tenha ficado só… Parvo, vá. Outra vez. Não é um termo assim tão forte.
Pelo simples facto de até terem a ideia mas não lhes ocorrer que a execução não ia fazer sentido. Foi em 1998, na WCW, portanto já sabem que isso pode dar para qualquer lado.
Mas era quando Hulk Hogan retomou lá a sua rivalidade com Ultimate Warrior e isso sim já devem lembrar que não foi bom. O combate da culminação foi terrível, mas também na sua construção houve momentos questionáveis. Lá queriam que a mística de Warrior fosse um pouco mais longe e o gajo, além de nem sempre comunicar palavras como um ser humano, também tinha poderes sobrenaturais.
Entrem os mind games. Hogan começava a ficar louco e já andava a ver coisas. Como Warrior no espelho da casa-de-banho. Só ele o via, portanto seria Warrior a meter-se com ele ou a sanidade mental de Hogan a dar o berro – isso se calhar até já sabemos como é.
Para além de termos de levar com os dotes de representação dramáticos de Hogan – que não são os melhores, mesmo que ele ainda possa vir a revelar nalguma entrevista que foi ponderado para o papel de Abraham Lincoln antes que o Daniel Day Lewis e ele é que não quis – temos o problema da lógica do segmento.
É que era suposto ser apenas Hogan a vê-lo. Mas nós, em casa, vimos. O público, ao ver Warrior, reagiu e soltou logo o pop, portanto também o via. Pior, os comentadores alertaram para a presença de Warrior no espelho, portanto eles também o viam e chamavam a atenção para ele, como se fosse suposto todos o vermos, realmente. Tudo enquanto Hogan jurava perante um Bischoff em negação, que estava a ver ali o seu rival.
Portanto, ou aceitamos que não foi tudo muito bem pensado… ou realmente não existe grande factor sobrenatural neste momento e só o Bischoff é que é assim meio para o tanso e não vê um palmo à frente dele. Olha que se calhar…
1 Comentário
O Fiend era já paranormal, tinham superpoderes, levasse o que levasse, ele sempre se levantava.