3 – The Dungeon of Doom
Mas dá para ficar pior. Mesmo pegando numa personagem para fazer frente ou até superar o talento de Undertaker para o terror. Aquele que se rumorou que fosse a ideia original para o “higher power” dos Ministry of Darkness, em vez do balde de água gelada que foi o Vince. O sempre polémico mas fora-da-caixa Kevin Sullivan.
E falamos de um Superstar lendário capaz de se renovar com o tempo e de saber acompanhar a evolução da sensibilidade do público para conseguir manter-se tenebroso. Sim, envolveu-se nas cenas mais “narmy” à volta de Su Yung, Father John Mitchell, Rosemary, Havok, etc. que até são intencionalmente parvas – são, não são? Pelo menos espero que sejam – mas é capaz de ainda assustar. Na WCW em 1995 se calhar não tinha as melhores condições. Como The Taskmaster, reuniu os Dungeon of Doom, que por acaso até sofreram daquele síndrome de stable da WCW: membros até dar com um pau. Ao início era o Kamala, era o Yeti, The Shark, – mais uma personagem estranha do Earthquake – o Zodiac… Que não passava do Brutus Beefcake com uma pintura parva na cara. Safavam-se o Giant e Vader para realmente assustar. Porque, para uma stable medonha, este conjunto de personagens metia medo nem ao pato Wade – uma referência à antiga série animada do Garfield e clássico da banda desenhada é demasiado obscura?
O cenário onde se inseriam também não os ajudava, Jimmy Hart era o manager e com o tempo foi metendo cada vez mais wrestlers “normais,” como já ia tendo desde o início, como era o caso de Lex Luger. No entanto, não estou a retirar nada aos feitos do grupo. Não foi das melhores coisas mas teve os seus momentos e foi relevante ao rivalizar com Hulk Hogan na sua estadia inicial da companhia antes de virar ele para o lado negro. As personagens de terror é que eram nada convincentes na altura, muito menos agora. Quem levaria a sério uma stable de vilões de desenhos animados? O que deixa pensar… Isto se calhar teria sido muito melhor na década de 80…
14 Comentários
Concordo, mas apenas porque o público são umas virgens ofendidas. Principalmente os DX e as Vince Devils. Começando pelo primeiro, hoje protege-se demasiado o que se pode ver ou dizer. Os meus pais não faziam isso e sempre disseram o que tinham a dizer pelos nomes e não é por isso que sou mal educado ou sou pior pessoa. Contudo, vejo pelo meu cunhado de 12 anos que tem medo de tudo e é muito mais infantil, menos autónomo e menos capacitado do que eu era com a idade dele.
Em seguida, as meninas. Custa-me a perceber porque não podem existir as wrestlers e as divas. A Torrie Wilson, Candice Michelle, Melina, Christy Emme, etc, são hoje, menos mulheres por terem pousado para a playboy ou por terem feito “pillow fights” ou “bikini contests”? É ridículo! Esta geração Disney que acha que tudo é criticável tem de aprender que o wrestling é um desporto onde duas pessoas vão andar “à pancada” por alguma razão e ninguém luta com outra a bater na mão e a dizer “menino mau”. Quando há um motivo para se agredir a outra, então há nomes feios, coisas para aleijar e tudo mais. Assim como a mulher (ou o homem como o Shawn Michaels ou Val Venis) gostarem de exibir o seu corpo, não tem nada de mal. Vê quem quer e segundo os ratings que eram 5x mais há 20 anos atrás, mais pessoas queriam ver o wrestling da altura.
Grande comentário!!!
Concordo com o facto de que o wrestling de hoje em dia, muito politicamentezinho correto está a afastar cada vez mais os espectadores, é demasiado infantil, como dizes demasiado “Disney”.
Fazem tudo para não ofender ninguém, porque logo chegam os virgens e santos das redes sociais a chorar que estão muito insultados.
Quanto aos estereótipos, existem por alguma razão, porque existem muitas pessoas assim, não vejo qual o mal de representar algo que se passa na vida real.
PedrKo, muito obrigado pelo teu feedback. Assim é. Hoje, ouvir “bitch” é um “omg moment”, o que faz um pouco de confusão, pois era suposto chamarem o quê? “Tótó”? “Parvinho”? “Tonto”?
Eu tive a oportunidade de fazer para uma pós-graduação em gestão e marketing do desporto no ISCTE, um trabalho sobre o que era a WWE/WWF de antigamente para a atual do ponto de vista de marketing que foi muito interessante.
Aliás, acho que era giro existir conteúdo num podcast sobre o que seria a A.Era nos dias de hoje e porque é que isso não volta. Gostava de participar, mas mesmo que não conseguisse fazer parte desse painel ou dessa questão, era um assunto que gostava de ver retratado aqui.
Pgera é o sec 21, quando a wwe deixar a pg acredito que outros tempos possam vir se a wwe quiser outto publico ao inves de miudos de 10 anos coisa que o wresyling já a bastsnte atinge… se nao fossepor esses kotivos a wwe seria mais violenta do que na wwf e porque digo isto? Porque o mundo hoje tambem o é bem mais que no passado
Os principais problemas de hoje em dia relacionados ao Wrestling na minha opinião são: A banalização de alguns moves(principalmente o superkick), wrestlers totalmente focados em fazer spots invés de se preocuparem também com o storytelling, o facto de o Wrestling estar a virar mais infantilizado devido à Pg era…
E especialmente as redes sociais, porque hoje em dia toda a gente pode atrapalhar o programa se quiser com as redes sociais, seja com cancelamentos porque ficou aziado com alguma coisa que viu(por exemplo quando alguns fãns atacaram o Bray Wyatt por fazer um mandible claw à Alexa Bliss antes dela ficar maluca), ou com spoilers…
E essas coisas todas juntas acabaram (pelo menos na minha opinião) por tornar o Wrestling muito mais chato e entediante do que antigamente.
Concordo com a varias coisas que a maioria disse, mas discordo de algumas coisas também, mas a parte do estereótipos que o PedrKo escreveu , ai você tá totalmente errado, eu duvido que pessoal acharia legal se tivessem um grupo formado só por wrestlers brasileiros ou portugueses, que servissem só para serem um palhaços de circo estereotipados para os americanos se divertirem e acharem que a gente é assim.
The Rebel Heart, a questão das redes sociais é mesmo muito relevante. Hoje em dia, não podem esperar que haja uma superstar como o The Undertaker pois aquela mística não volta mais se ele andar a partilhar fotos com a mulher uns dias depois. No entanto, uma personagem como o Bray Wyatt existe sem problema. Porquê? Porque tem uma versão humana. Ainda assim, os contratos deviam contemplar o uso total das redes sociais oficiais de todos os wrestlers. Eles continuam a ser livres de assinar ou não pela WWE, continuam a ser livres de criarem outras redes sociais, mas aquelas, deviam de dar o controlo dada a profissão que têm. Todas as profissões têm as suas especificidades (algumas trabalha-se de dia, outras de noite, umas num escritório, outras na rua… esta teria mais esta).
Outro problema que vimos na A.Era e não vemos aqui é que antes todos queriam dar o máximo, pois, como estavam em guerra, aquele podia ser o seu último episódio. Hoje em dia o wrestling é demasiado “save”, para além de que os lutadores lutam excessivamente (esquecendo o covid) com live events ou nem descansam devido a compromissos comerciais, etc. Hoje em dia, os wrestlers preferem os spots e “omg moment” ao invés de todo um bom segmento e bom wrestling. Ainda assim, considero que há hoje, melhor roster do que havia há 20 anos atrás. Ricochet é jobber e só isso, acho que diz tudo. O mid-card está recheado de talento. Então qual é o problema? O main-event. Nós não temos main events como antes e até vou mais longe para afirmar que se calhar, se este roster se junta-se com o de a A.Era, talvez só Aj Styles fosse main event. E a culpa é dos wrestlers? Bom, sim, mas não só. O mau booking faz com que não haja esse impacto e o querer ver aquele wrestler e esperar ansiosamente uma semana como havia com os DX ou os Ministry of Darkness, só para prefaziar duas stables que foram mencionadas neste artigo.
Shockmaster, sobre os estereótipos, se por exemplo um português fosse wrestler na WWE, tivesse bigode e fizesse a entrada a dançar o malhão eu sinceramente não me ofendia, porque faz parte da cultura portuguesa, da mesma maneira que não acharia ofensivo se uma lutadora brasileira fizesse a entrada com uns toquezinhos de samba.
Mas esta é a minha opinião e já sei que os sensíveis das redes sociais iam logo ficar muito ofendidos e matavam logo a personagem.
Hoje muitos dos lutadores têm um personagem totalmente genérica, até às músicas de entrada são genérica, não há nada que os diferencie uns dos outros, qual era o mal de usarem um pouco da cultura e história do país de origem?
Então PedrKo, não é questão só de ser sensível, mas também porque esses personagens clichê estrangeiros só parecem bobos, dá pra colocar a cultura do país no personagem e ainda continuar imponente como por exemplo o Drew McIntyre que faz uma entrada parecendo um highlander e outra questão, como sabemos que no anos 80 ou 90 os mexicanos ou japoneses não gostavam desses personagens? Naquela época não dava pra dar uma opinião , só se pessoa tivesse o telefone pessoal do vince pra reclamar kkkkk , em partes eu concordo com você sobre personagens genéricos , mas muita da questão disso vem porque hoje em dia a wwe não investe tanto em gimmicks tipo the boogeyman ou the hurricane, por que ela vê que talvez o público só ache bobo, e olha que teve uns personagens que funcionaram bem no nxt mas quando foi pra raw ou smackdown o booking destruiu eles ( the sanity, the ascension ou aleister black),que é totalmente diferente do wrestling mexicano que até hoje tem esses tipos de personagens. E tanto o mexicools como o kai en tai não duraram muito tempo e muita gente nem lembra que eles existiram e eu acho é o que aconteceria se existisse um grupo brasileiros ou portugueses esteriótipos , só iam ser lembrados por serem ou bobos ou nem lembrariam que eles existiam.
Bom artigo.
Shannon moore merecia ser aprpveitado na wwe, aliás adoraria ver lo regressar no mxt e enfrentar o santos escobar, o homem tinha um talento suberbo, vasta ver os matches dele nas indies
Ministry foram top e claro estava lá o meu querido vampiro que escusa que o apresente quando o nick fala por si, tambem queria esta stable nos HOF acho dificil pois a situacao com o falecido viscera nao é facil, devido a familia dele um pouco á especie owen hart, mas os the brood a meu ver já deveriam estar lá
Kai en tai tinham talento, taka michinoku e funaki eram bons lutadores, tajiri todos sabem o valor dele, mas este 3° ainda teve alguns momentos na wwe m tendo titulos e tudo
Vince’s Devil eram muito melhores que as feiosas que tem la hoje gajas estao la para alegrar vista ninguem quer saber delas lutando mesmo kkkk
essas gimmicks ai so nao seriam aceites hoje por essas fas nutella frescurinhas e bichonas de hoje porque nao ficamos mesmo em 2000 porra regredimos
infantilidade a 90? ta louco agora que é tudo censurado nos 90 tudo era muito mais foda
Quer ver mulher fazendo striptease vai ver pornô seu punheteiro e falar que mulheres da wwe de hoje são feias , tem ser muito cego ou ter mal gosto pra falar isso
Excelente artigo!