2 – O enorme “Yes!” Movement
… Que claro que só pode ser este. Directamente relacionado com a entrada anterior. Enquanto a malta renegava Batista, o injustiçado que o povo preferia tinha que ser alguém. E esse alguém era Daniel Bryan, que já tinha sido capaz de ficar extremamente over com os fãs e somado uns títulos, mesmo que nunca tivesse tido a chance de desfrutar de um reinado mesmo a sério.
O primeiro passo foi a sua adesão à Wyatt Family. Queriam inseri-lo em novo angle a toda a força e, para isso, seria um submisso Heel à mercê de Bray Wyatt. Não havia condições para isso. O público não ia alinhar, ia apoiá-lo e cantar “Yes!” na mesma. Contudo, ainda bem que o angle começou visto que, ao acabar mais cedo que o previsto, quando Bryan se virou ao mentor de curta duração, a reacção foi épica. A imagem de Bryan no topo da jaula a conduzir o público num “Yes!” em uníssono terá que ser lendária e fechar a montagem para quando entrar no Hall of Fame, um dia mais tarde. Então seguia-se o passo lógico: vencer a Rumble e partir para o main event da Wrestlemania. Nope. Esses planos eram para outro e… Diz que ia ficar com o Sheamus pela terceira vez. Ele, complacente e obediente como sempre foi, lá se conformou e se foi preparando.
Era a voz do povo que não se ia calar e não ia permitir tal coisa. Fizeram-se ouvir e uma Wrestlemania “smooth” estava em risco. Iam ignorar aquele main event e transformá-lo num “hijack.” O povo queria-o. Triple H, lá atrás, também o apoiava. E foi o próprio que deu o corpo ao manifesto e rivalizou com ele para realmente passar o “Yes! Movement” para TV, com uma invasão de ringue e com um combate de abertura dessa Wrestlemania XXX entre os dois para definir o último candidato que integraria o main event numa Triple Threat. Bryan venceu, claro. E, se calhar, se não fosse a insistência do tal público “chorão” não teríamos outra imortalizada imagem de Bryan, erguendo dois cintos no ar, coberto de confetis, de carinho do público e das suas próprias emoções.
2 Comentários
Só falta o Jey voltar para a família estar junta ainda mais agora.
Ele voltar por falarem mal do Avô era brutal uma boa união
Pode ser de eu não estar tão ligado à WWE agora como estava há 10 anos, mas parece-me que esta storyline Cody/Roman, pelo menos no que toca à questão de pressão do público para mudar, tinha que “comer muita papa” para chegar ao nível da história do Bryan. Pra já porque neste caso o desenrolar dos acontecimentos foi tão rápido que ainda não se tem bem a certeza sobre se queriam mesmo fazer Roman x Rock ou se o angle já era este. Mas mesmo acreditando que queriam, foi uma mudança brusca de última hora que entenderam ser mais segura do que outro Cody x Roman. Na altura do Bryan foi 1 ano inteiro, desde o combate com o Sheamus, a puxar o Bryan para trás, a passar a imagem que não era suficiente, a ignorar todo o apoio que tinha, a pô-lo em histórias secundárias mesmo quando tinha um apoio brutal, e mantiveram-se na deles até à última semana antes da Wrestlemania. Acho que difícilmente uma história vai ser tão influenciada (e ainda bem) pelo público como foi a do Bryan.