1 – Todo o Survivor Series
A cena toda anda a ser um bocado desperdiçada, sim. Não têm tirado qualquer partido do conceito que lhe impuseram porque deixaram tornar-se apenas isso, um conceito imposto que tem que ser quando chega àquela altura do ano. Cada vez anda a resultar menos como um PPV que coloca o Raw frente ao Smackdown e desperdiçam-se oportunidades.
Não é a ideia em si que está errada. Já resultou lindamente. Quando o plantel do Smackdown, agressivo, invadia o Raw e Shane McMahon anunciava que o programa estava praticamente refém, era fixe. Quando o NXT se meteu ao barulho, invadiu aquilo como gente grande e, ainda a parte melhor, dominou totalmente quando chegou o PPV, foi muito fixe. E recordamos essa supremacia da velha “black and gold” com uma lagriminha, é verdade. Mas… E agora? Onde está o entusiasmo disso? Já sofre logo com uma coisa: a sua proximidade do draft! Tira logo qualquer sentido ao Survivor Series de orgulhosa representação das cores… Que representam há um par de semanas.
Foi hilariante olhar para as equipas do Raw e do Smackdown e contar que a maioria dos seus integrantes faziam parte da brand contrária meras semanas antes. Mas lá iam eles representar, por amor à camisola, a sua brand, a pedido de… Adam Pearce e Sonya Deville? Que também trabalham nas duas brands? Sem qualquer ímpeto e construção, até os combates entre Campeões ficavam renegados, marcados à última e pouco vendidos. Para aproveitar novamente um dos seus grandes PPVs históricos, ou revêem o conceito, ou mantêm-no mas afastam-no do draft e constroem-no como deve ser, ou reconhecem mesmo o seu mau posicionamento e criam angles à volta disso: lutadores recém-chegados à brand a questionar o valor dessa mesma e a causar desconfiança dentro da equipa, entre membros antigos e novos do roster, ou combates de qualificação entre antigos e novos da brand para ver quem quer realmente mais representar a cor. Ou então, se querem brincar às “forbidden doors” numa altura em que o pessoal pensa à maluca e nem sempre se apercebe que as coisas devem ser feitas às pinguinhas para ser devidamente administrado… Pronto… Se calhar neste cenário é que já dá para escancarar a porta… Façam o que quiserem, mas não precisam de desperdiçar mais Survivor Series nos próximos anos!
E está feito, que não tenha desperdiçado o vosso tempo da mesma maneira que alego terem desperdiçado aqui estas coisas. Entre o que meio iam dando início mas não seguiram, o que nunca chegaram perto de fazer e até o que fizeram mas mal… Há muita coisa diferente por aqui e, com certeza, como todos somos bookers de bancada, poder-vos-á ocorrer mais algum, ou vários. Então aí volto a encorajar-vos a comentar, a participar, completamente à vontade, sobre algo que vos ficou a moer que podia ter acontecido ou acontecido melhor. Da minha parte, espero que tenham gostado!
Na próxima semana pretendo trazer-vos novo tema e pronto, vamos variar um pouco. Vamos finalmente olhar para o futuro! E começar com as potenciais previsões para 2022. Pronto a falhar todas, mas vamos começar com algo mais simples. Aliás, dos Top Ten mais simples que passem por aqui e vamos listar apenas dez Superstars crescentes na WWE que podem vir a ter um excelente 2022. Ou então não, porque especifiquei aí que é na WWE, logo não podia ser mais incerto. Mas se calhar vai ser divertido por isso mesmo!
Portanto venham cá ver, espero que todos em segurança e saudáveis sem mazelas que andam sempre aí a morder, com mais ou menos dureza! Fiquem bem e até à próxima, uma boa Rumble a todos!
1 Comentário
Bom artigo e concordo com todas, principalmente a parte do Survivor Series que ficou um evento em segundo plano pela WWE, eles nem imaginam o potencial que tem e tem feitos péssimos shows esses tempos, no mais interessante que boa parte das storylines é da WWE, isso mostra o fracasso que está virando na parte criativa!