10 Storylines Impopulares… com mais Fãs que o que Esperavas – Top Ten #487

7 – Dungeon of Doom

As dores de crescimento da década de 90 tocaram a todos. Se na WWE havia uma crise criativa e uma tal incapacidade de criar novas estrelas a valer os tempos de ouro doutros tempos, a WCW ganhava terreno mas também não o fez escancarando as portas à inovação. Ainda prolongaram algo que já se tinha gasto no outro lado: a Hulkamania.

Com certeza uma enorme contratação e, a longo prazo, bem sabemos que Hogan beneficiou de uma mudança essencial para tornar a sua carreira um pouco mais lendária. Mas ao início ainda era o bom e velho Hulkster e a sua persona super-heróica também precisava de uns supervilões. Que era o que parecia a Dungeon of Doom de Kevin Sullivan, cuja missão era mesmo essa: acabar com a Hulkamania. E pareciam porque tudo à volta da feud parecia saída de uma série animada de Sábado de manhã. Há momentos notórios pela positiva: o ataque a Hulk em que lhe retiram o bigode e o vestem de negro para representar uma viragem sua para o lado negro, foi um excelente presságio e tudo. E há toda uma aura algo infantil à volta de muita coisa.

O segmento que será mais recordado será mesmo o da visita de Hulk à caverna onde o grupo maléfico que contava com Sullivan, Shark, – aka Earthquake – Meng, – aka Haku – The Zodiac, – aka Brutus Beefcake, mesmo que irreconhecível de imediato – ou Big Van Vader, se reunia. Esse é que parecia um segmento saído de um programa infantil. Só faltava uma interacção com fantoches. E qualquer tentativa de efeito assustador para tornar aquele segmento próximo do terror foi completamente esbatido por… Bem, por tudo. O cenário e a representação de Hogan também não ajudaram à causa. E contudo… Tantos graúdos que eram miúdos daquele tempo olham para tudo isso, segmento incluído, com nostalgia. Acabava por representar bem a confusa primeira metade da década de 90. E marcou muita juventude, apelando ainda a eles. Os menos impressionados também já admitiram que misturar essa vertente cartoonesca dos 80s, com uma inovação em ringue como se começava já a ver no midcard, era uma boa dinâmica que ajudou o Monday Nitro a começar a estabelecer-se.