8 – Alberto Del Rio
Tanto que deu origem a um dos grandes falhanços, botches reais, que se tornou hilariante na altura mas que não ficou tão imortalizado quanto isso e já não é assim tão lembrado. O momento em que o estagiário, como gostamos sempre de assumir, do WWE.com foi demasiado honesto no seu texto e esqueceram-se de rever. Originou uma bio muito lisonjeadora do novo Superstar Alberto Del Rio, com uma nota no fim a perguntar se estava bom assim, já que era suposto ele ser um “big deal” muito rapidamente. Essa nota chegou a estar no ar por uns minutos até ser retirada mas, felizmente, a internet está sempre cheia de atentos e as gargalhadas seguiram-se.
E era verdade. Del Rio estava lá para ser um “big deal” muito rápido. E mesmo assim levou mais tempo que aquilo que era inicialmente planeado. Nem era suposto passar pelo território de desenvolvimento, mas lá teve que ser. Foi no Verão de 2010 que se apresentou Alberto Del Rio, o aristocrata Mexicano com a mania e a trazer um carrão diferente a cada vez que vinha. Estabeleceu-se como dominante e saiu por cima de uma feud com Rey Mysterio, numa batalha de supremacia latina, e logo a começar o ano de 2011, com meio ano de currículo na WWE, venceria a Royal Rumble, a maior até então, de 40 integrantes, cumprindo o seu destino. Por acaso até falharia a conquista do World Heavyweight Championship (a Edge) na Wrestlemania. Mas talvez o plano fosse esse em tempos. Não o descartaram e conquistou a mala Money in the Bank uns meses depois, para trocá-la pelo WWE Championship no SummerSlam, após uma pequena ajuda do cavalheiro da entrada 10. No Verão seguinte à sua estreia, lá estava ele com um cinto de ouro a acompanhar outros acessórios de luxo.
Seria o primeiro de quatro, o que constitui um bom registo e uma boa carreira, não fosse a sua queda também ter sido tão aparatosa. Muito por culpa própria, com alguns escândalos pessoais e reprováveis atitudes nos bastidores e falta de profissionalismo, a custar-lhe lugares de relevo em TV ou outras promotoras. O que realmente demonstra esse progresso são as suas duas saídas da WWE, tão completamente diferentes uma da outra. A primeira, saiu com toda a razão e um descomunal apoio do público, percorrendo territórios como o “hottest free agent” da sua altura. À segunda, já ninguém tinha qualquer interesse em vê-lo, saiu quase como uma pária e não teria muito mais a acrescentar, que víssemos. Às vezes é assim. Era para ser um “big deal” muito depressa mas há que lembrar que também se pode deixar de o ser com tanta ou mais rapidez!
3 Comentários
Fantástico. O do Kurt foi mesmo merecido. Tudo nele foi pensado e construído com calma, apesar da rápida ascensão. É também o grande vencedor da HIAC onde estão 6 das maiores superstarts daquela época (Taker, HHH, Rikishi, Austin, The Rock e Angle). Diria que, naquele momento, só Benoit e Jericho seriam nomes tão grandes para caber ali, portanto, já conseguimos perceber o quanto essa vitória significaria para a sua carreira.
Já que referiste a feud com o HHH, no primeiro match entre eles, faria todo o sentido ter sido o Angle a ganhar, até porque foi ele a ir atrás do título (que na altura estava com o The Rock), apesar de ter perdido no PPV anterior.
Bom artigo sem dúvidas, bem informativo, acho que a única das subidas que talvez não deveria ter acontecido era a do Khali, o cara não fazia nada, era só mais um cara alto jogado no roster da WWE, hoje em dia temos dois assim por lá!
Kurt Angle foi sem dúvida mais que merecido! Intenso, agil e muito tecnico lara nao falar do carisma e atitude!