1 – Matt Cardona
Eu disse que a questão do primeiro classificado era delicada porque trouxe muitas incertezas. Para terem noção, inicialmente nem o tinha listado. Para muitos será realmente o mais óbvio. Porque afinal ele era o jobber residente e ocasional bobo da corte lá do sítio. Exemplo de alguém de imensa popularidade e a quem lhe deram uma amostra de push porque assim é que ele era melhor para eles.
Mas lá está, era de uma popularidade tremenda, construiu o seu próprio sucesso a partir de fora e tornou-se um campeão de vendas, capaz de colocar toda uma arena a cantar pela sua presença. A “Ryder Revolution” não foi propriamente um “Yes! Movement” mas teve a sua dimensão. E Zack Ryder, como assim o conhecíamos muito bem por lá, é um Superstar que tem um título Intercontinental, um de United States e dois de Tag Team, com storylines de main event com John Cena e Kane lá pelo meio. Esse não é propriamente o currículo de um fracasso. E era um nome residente e popular, que até nos surpreendeu quando o despediram. Mas realmente o seu estatuto era o tal underdog. Saco de pancada. Jobber. O que lhe quiserem chamar. Mesmo esses reinados eram curtos e apenas para o consolo do “pequeno” ter conseguido superar as chances. Ryder na WWE era um Superstar desses.
Matt Cardona, fora da WWE, já pode dizer que é um ex-Campeão Mundial e será dos mais entusiasmantes free agents da actualidade, capaz de encabeçar espectáculos e de até se reinventar além da mudança que já tinha sofrido quando ser um desbocado à la Jersey Shore já não rendia e o seu programa no YouTube tornou-se datado. Já foi capaz de vestir a camisola branca para a tingir de sangue num deathmatch com Nick Gage, o mais perigoso deles todos, para se sagrar GCW World Champion. Até há bem pouco tempo, e apenas após lhe ser forçosamente retirado, teve os prestigiosos “Ten Pounds of Gold” em sua posse, um título Mundial que já pertenceu a algumas das maiores lendas de sempre e que tem vindo a recuperar relevo nos últimos tempos, com o ressurgimento da NWA no nosso panorama do wrestling mais mainstream. Alguns feitos bem grandes, dos quais ele não se podia gabar antes. O Matt Cardona que na NWA, no Impact Wrestling, na GCW, nalgum sítio mais onde queira, é um natural candidato ao main event onde chega facilmente e na WWE… Era o Zack Ryder. Que também era um nome respeitado, adorado e badalado. Mas era o Zack Ryder. Já entendem o conflito?
Pronto, com justiça ou não da primeira posição à parte, falta ver se toda a lista, todo o Top Ten, está realmente algo de jeito. Aí o juíz não poderá ser o próprio escriba e serão vocês. Julguem como quiserem e como costumam fazer, o espaço agora é vosso e espero que tenham gostado e que se sintam à vontade para comentar. Sem medos. Comentem cada um destes casos, debatam algo com que não concordem e acrescentem algum que acham que tem critérios tão ou mais flagrantes do que estes aqui apresentados.
Dou-vos sempre a mesma conversa, mas é porque quero mesmo encorajar-vos a isso e tem que haver alguma forma de fechar cada um destes. E a outra coisa que faço sempre ao fim é apelar à vossa presença e visita na próxima semana – ao Top Ten, aqui no site há razões para virem todos os dias! – onde há mais temas deste género. Isto dos sucessos fora realmente tem muito que se lhe diga. É que por vezes até conseguem ganhar títulos Mundiais fora. E na WWE seria impensável. Sem a certeza de que isto já tenha sido abordado aqui – com mais de 400 coisas destas, quem anda ainda tão a par?! – veremos na próxima edição, dez Campeões Mundiais de fora, que nunca o seriam na WWE.
Não vejo lista difícil de se fazer. Venham cá confirmá-lo, sempre com tudo encima e muito ânimo e com um Verão a apresentar alguma timidez na sua chegada… Umas boas férias à juventude que já as desfrute, na mesma! Isto ainda vai torrar! Fiquem bem e até à próxima!
3 Comentários
Conclusão: Vale a pena sair da WWE? Sim!
Destaco só o EC3 que já podia estar muito melhor do que está, e adorava ter ele no ROH/AEW.
Só não concordo com o Spears, para mim teve mais destaque no NxT no que na AEW, considero que ele neste momento está igual ao que era no Main Roster da WWE… um jobber de “luxo”
Eu nem sabia que alguns da lista já estiveram na WWE, como por exemplo o Tanga Loa ou o Kenny Omega, mas é fato o quão a WWE mudou e começou a enterrar carreiras, prova disso é o Matt Cardona, o quanto de destaque ele conseguiu pelas próprias forças após a WWE, o Sami Callihan também, hoje em dia a WWE não é uma boa empresa para se trabalhar considerando o conjunto! E num todo um artigo muito bom!