8 – Sami Callihan
Não era um desconhecido, é certo. Nem a WWE foi aquela rampa de lançamento para ele. Mas era um gajo notável das indys. Passava por várias, de respeito como a PWG, mas talvez se fizesse notar mais pelo seu trabalho na CZW, onde era um lutador de deathmatches. E que era frequentemente interrompido por uma corneta, porque isso era sempre hilariante. E apesar de não parecer a fonte mais óbvia para a WWE pescar talentos, em tipos de deathmatches, era questão de lhe olhar para os restantes dotes, tanto em ringue como no resto. Se calhar até batia ali uma sede por descobrir um novo Dean Ambrose, enquanto ainda o tinham em alta.
E Sami Callihan tinha imensas ferramentas, é um tipo carismático e um orador intimidante, capaz de se desenrascar em ringue mesmo que seja óbvio que seja um pouco – bastante – mais agressivo que muitos colegas. E preparava-se uma estreia no NXT e chegou a nós Solomon Crowe, o hacker. Já tinha ali promos do seu cunho e ia somando umas vitórias em TV com jobbers. Preparava-se uma estrela ali. Mas devia ser uma preparação muito lenta que, num instante, deixávamos de o ver e ele passava mais tempo a treinar no Performance Center do que a competir no ringue, em frente aos fãs acérrimos da marca preta e dourada. O próprio já estava frustrado com isso e os fãs já se iam convencendo que “Solomon Crowe” não seria o nome com que assinaria muitas conquistas e acabou por sair após ter lá estado um par de anos.
Era fácil voltar a fazer exactamente o que estava a fazer antes e não foge disso, visita quantas indys pode e aumenta o grau da violência sem problemas. Mas já era uma cara mais conhecida do público mais mainstream, que o reconhecesse noutros sítios, como o Lucha Underground, onde era Jeremiah Crane. Mas nem todos se lembram disso. A sua derradeira conquista foi no Impact Wrestling, onde chegou como líder dos OVE, com os irmãos Crist, e chegou para destruir. Muito rapidamente se tornou um Heel de topo, porque não podia ser um vilãozinho qualquer. Claro que se tornou World Heavyweight Champion, sem oposições. Fora algum incidente ou outro em que quase deixe um colega sem um olho ou outros hábitos como brincar demasiado com cuspo, que lhe agradeço se ele quiser parar, é sempre lutador que goste de ver e tem uma presença tremenda e intimidante. Tanto que já voltou e trabalha como Face, algo que lhe é possível sem mudar de personalidade. Tem elementos de hacker na sua actual gimmick e, de volta ao Impact, já se habilita automaticamente a ter o título Mundial novamente em vista, porque já lá está estabelecido para isso!
3 Comentários
Conclusão: Vale a pena sair da WWE? Sim!
Destaco só o EC3 que já podia estar muito melhor do que está, e adorava ter ele no ROH/AEW.
Só não concordo com o Spears, para mim teve mais destaque no NxT no que na AEW, considero que ele neste momento está igual ao que era no Main Roster da WWE… um jobber de “luxo”
Eu nem sabia que alguns da lista já estiveram na WWE, como por exemplo o Tanga Loa ou o Kenny Omega, mas é fato o quão a WWE mudou e começou a enterrar carreiras, prova disso é o Matt Cardona, o quanto de destaque ele conseguiu pelas próprias forças após a WWE, o Sami Callihan também, hoje em dia a WWE não é uma boa empresa para se trabalhar considerando o conjunto! E num todo um artigo muito bom!