10 Superstars que ficaram over por si (com recompensa) – Top Ten #364

1 – Daniel Bryan

Foram sempre eles uns génios, a puxar umas cordinhas que nós nem víamos e foram eles que criaram o “Yes! Movement” olhando sempre para aquele rapazito pequenito e vegano das independentes que era gozado no antigo NXT e a quem deram uma storyline com ambas as Bella Twins a lutar por ele com o propósito de comprovar que era virgem, como aquele que ia ser o seu próximo Face de topo? Ou é mais fácil acreditar que eles tiveram que ceder e render-se também aos encantos de Daniel Bryan?

Bryan Danielson fez-se enorme nas independentes pelos seus incríveis dotes em ringue e pelo seu carisma natural de “tipo comum” com o qual o fã se podia identificar, porque ele é assim mesmo. Coisa que não cai bem por lá pela WWE. O “gajo comum” com que todos nos identifiquemos ainda deve ter o aspecto do John Cena e se já se é naturalmente um bom underdog, então isso será, por todo o lado, e com muito para trepar para sair um mínimo daquele prefixo “under.” Ao microfone havia ainda trabalho a fazer, mas lá se conseguiu com dois auxílios: o apoio incondicional dos fãs que explodiu numa altura em que podia bem ter sido enterrado – Wrestlemania XXVIII – e que lhe abriu asas para poder começar a ser um “ham” cómico e a fantástica química e sempre importante patrocínio de um veterano lendário – Kane – com quem pôde evoluir mais os seus dotes cómicos para se tornar hilariante. Já não o conseguiam esconder no fundo do card ou no WWE Superstars. Mas queriam mesmo mandá-lo para o topo?

Um caso de parecerem não querer ver quem era realmente a sua estrela de topo. Aquele “Yes! Movement” com uma invasão de fãs no ringue, claro que foi preparada por eles, mas aí já estavam a reagir. Os fãs já se começavam a sentir ultrajados e roubados. Mas tudo acabou por acontecer, quando estava sempre a ser tramado pela Authority e o título lhe era retirado, isso acontecia porque ele JÁ estava no topo. E então aconteceu tudo: vitórias limpas sobre o Cena, títulos, vitórias épicas no main event da Wrestlemania, grandes momentos. Já tinha uma verdadeira estória de superação e resiliência… Antes da sua lesão que lhe interrompeu a carreira. Agora junta-lhe mais essa, já como um dos grandes, com mais títulos e quiçá uma reforma em seus termos para relativamente breve. E quando se fala nisso, já não têm vergonha de dizer que ele é um futuro Hall of Famer garantido. Nós sabemos, que nós estivemos sempre cá para ver.


Afinal às vezes resulta! Dez exemplos positivos. Estes também fizeram o seu trabalho-de-casa, com extras, como os da semana anterior, mas a estes tiveram mesmo que corresponder. Ficou por aqui o Top Ten mas ficará agora a vosso cargo o acréscimo de mais algum exemplo, porque isto é sempre feito de cabeça e com um critério que pode ser diferente do vosso – há aqui algumas menções honrosas não oficiais que muitos de vocês talvez até concordem que se adequem a este conceito.

Há mais Top Ten na próxima semana, se nada mo impedir e continuaremos a olhar a evoluções de personagens. Ou não-evolução, dependendo de como avaliarem as coisas. Por vezes um lutador sobe no card e acaba por tornar-se uma personalidade maior do que uma mera gimmick e essa vai-se desvanecendo. Por vezes nem sequer notamos qual foi exactamente o ponto de mudança, por tão gradual que foi. E, se eu não tiver dado um passo maior que as pernas e conseguir preencher dez posições sem aldrabar, na próxima semana apresentar-vos-ei dez Superstars cujas gimmicks foram progressivamente desaparecendo.

Estejam cá para ver e até lá muita força, continuemos esta luta em direcção ao alívio, parece que o sentimos a aproximar-se, não é? Então não o estraguemos! Mas vivamos, há como o fazer! Fiquem bem e até à próxima!

4 Comentários

  1. Acho que o zack ryder tinha lugar nesse top 10 tambem

  2. João Pereira3 anos

    Cm Punk?