12 Superstars que os Fãs não deixaram ser Heels – Top Ten #485

3 – Eddie Guerrero

Então, que perfeito Heel que aqui temos. Matreiro, “lie, cheat and steal” é mesmo o seu mote. O maltrapilho nem sequer é capaz de ir para o ringue e fazer as coisas como deve ser, tem que arranjar sempre alguma manha. Este tipo vai ser sempre Heel, assim! Ou seria. Se não fosse, talvez, o wrestler mais carismático de sempre.

Assim as coisas tornam-se difíceis e também ninguém mandou ao Eddie ser tão bom em ringue para ter aquele efeito de… As vaias só duram até a campainha soar, que assim que a acção comece, lá se vão as vaias. Efeito Kurt Angle, como o próprio já explicou, numa hilariante promo cheia de afirmações escandalosas. Eddie Guerrero chegou à WWE já muito bem viajado, ou seja, os seus dotes já eram conhecidos. E a sua integração não foi consistente. Após um ano inicial, saiu para as independentes e para o Japão, para voltar novamente e de início competir maioritariamente em equipa com o sobrinho Chavo. Já assim se notava a dificuldade em mantê-los como vilões mesmo que, lá está… Mentir, batotices e roubar fossem o seu lema de vida. A própria tag team oscilava entre os dois papéis e lá se fez tempo de lançar Eddie a solo.

Mais tentativas em vão. O “lie, cheat and steal” já era mesmo o que o povo vinha ver e pagavam para ver Eddie a ser Eddie. Era impossível conseguir heat e foi uma bênção porque provou que havia frutos a colher dessa popularidade. Tornou-se Face de topo e chegou ao WWE Championship, fechando uma Wrestlemania em celebração – sozinho, não foi? – num momento histórico que prometia mudança: lutadores como ele podiam chegar ao topo, sim, podia-se ser o pacote completo sem o factor tamanho. Para voltar a ser Heel… tinha que ter uma Turn muito dark e ficar com uma personagem mais macabra para realmente conseguir isso. E mesmo assim… Eventualmente gasta-se esse efeito e, não fosse o trágico fim, e já estava novamente no topo, a batalhar para conseguir uma única vaia em qualquer arena.