O Pior da WrestleMania XXVII – Top Ten #265

10 – A sombra sobre os bons combates

Podem fazer acusações, que eu deixo. De que estico a coisa para realmente encher as dez posições e que chega a um ponto em que se implica com o mais mínimo, mesmo a rapar o tacho, para ter material. E até é mas quando é para malhar em algo pelos seus defeitos, tem que se pegar neles todos. Mesmo que aqui até pareça que aquilo com que estou a implicar sejam os bons combates.

Não é bem isso que estou a fazer. Estou a destacá-los, porque parece que mais ninguém o faz e não chega luz suficiente até eles. Todos os eventos, por maus que sejam, têm sempre que ter algo que se safe, afinal de contas têm o talento que o desenrasque. A Wrestlemania IX teve os seus bons combates. E também aqui a XXVII os teve… Mas quem é que se lembra realmente, quando o maior foco, o maior alarido, tinha que pairar sobre tudo o que era pior aqui? À excepção do No Holds Barred entre Triple H e Undertaker que ainda teve bom hype, era já uma defesa da streak e foi um daqueles últimos cartuchos destes performers na arte de dar o combate épico e o combate pelo World Heavyweight Championship – cujo problema é outro ao qual já volto – de quais mais se lembram ou eles vos lembram?

Randy Orton e CM Punk até tinham uma boa feud – não muito bem bookada posteriormente – e deram um combate de categoria. Tinha o seu moderado destaque, podia ser como a que Randy tem actualmente com AJ Styles. Mas nada por aí além e não muito benéfico – Randy viria a tornar-se World Heavyweight Champion pouco depois, de forma controversa e que nada tinha ligado a esta rivalidade e Punk ainda atravessou alguma amargura e falta do que fazer entre isto e a enorme “pipebomb.” E o outro grande pecado de se desperdiçar foi um entre Cody Rhodes e Rey Mysterio – aqui Capitão América – que, sendo bom desde o início da feud até ao rematch no Extreme Rules, constará como um dos combates de lowcard mais subvalorizados de toda a Wrestlemania. Porque é que o evento não podia ser mais à volta disto do que… Sei lá… Do resto?