Em 2013, a norte-americana Ronda Jean Rousey subiu ao octógono para enfrentar a compatriota Liz Carmouche, em um confronto que marcou a primeira luta feminina na história do Ultimate Fighting Championship, o UFC. O que provavelmente Rousey não sabia era que entraria para a história da organização fundada em 1993 — que vinha conquistando cada vez mais fãs — não apenas devido sua vitória em um confronto simbólico por si só, mas pelo que viria depois: as conquistas avassaladoras, em 12 triunfos; só teve a invencibilidade interrompida dois anos depois, quando perdeu para Holly Holm, no UFC 193.

Nascida em 1987, a lutadora californiana não se envolveu em escândalos de uso de substâncias proibidas enquanto estava lutando pelo UFC — o doping é um dos maiores problemas envolvendo esportistas do mundo das lutas — e já disse ter ficado “de coração partido” quando soube do caso de irregularidades de substâncias envolvendo o brasileiro Anderson Silva.

Rowdy, como carinhosamente é chamada pelos fãs, recentemente resolveu escrever um novo capítulo em sua história vitoriosa; este ano decidiu entrar no famoso e rentável mundo do Wrestling profissional. Em entrevista dada à ESPN, Ronda mostrou empolgação no novo objetivo da carreira. “Esta é a minha vida agora. Primeira prioridade na minha linha do tempo pelos próximos anos. Isto não é um golpe de publicidade. Quando eu me reuni pela primeira vez com Triple H (Paul Levesque), eu disse para ele, há outras coisas que posso fazer com meu tempo que vão me trazer muito mais dinheiro, mas eu não vou curtir tanto quanto isso.”

Essa não é a primeira vez que a norte-americana muda o esporte de luta em sua carreira. Na Olimpíada de 2008, disputando no Judô, Ronda foi medalhista de bronze; depois partiu para se consagrar como o maior nome feminino da mais famosa organização de MMA da atualidade. Dessa vez o desafio é na WWE.

E já na estreia do novo desafio, acompanhada pelo chefe do UFC, Dana White, Rousey derrotou — junto a Kurt Angle — os adversários Triple H e Stephanie McMahon. O duelo foi atração do Wrestlemania 34, que aconteceu em New Orleans, em abril deste ano. Mais recentemente, no último dia 19 de agosto, Rowdy faturou o primeiro cinturão da WWE após finalizar Alexa Bliss com sua já tradicional chave de braço.

O intercâmbio de lutadores no UFC e na WWE não é uma novidade dos dias atuais, como alguns pensam. Brock Lesnar, por exemplo, é um dos maiores nomes que já competiram pela organização de MMA e também pelos eventos de Wrestling. Recentemente o UFC também apostou em um outro astro da WWE, o estadunidense CM Punk, de 39 anos de idade.

Ronda tem agora um caminho a ser pavimentado em uma das maiores organizações de entretenimento do mundo. Se depender dela, o desejo por fazer história continuará vivo, e a volta ao MMA, no entanto, não está totalmente descartada; quando questionada sobre a possibilidade de um retorno, Rousey deixou em aberto com um sucinto “não sei”.

1 Comentário

  1. Clara4 anos

    Eu não sou fã de luta livre feminina. Mas eu aprecio e apoio muito as mulheres que se dedicam a essa atividade