A pandemia do coronavírus continua a alastrar-se pelo mundo fora e são cada vez mais o número de casos e mortes registadas. Os Estados Unidos da América são já o país do mundo mais afectado, com mais de meio milhão de casos e mais de 23 mil mortes, mas nem isso tem feito a WWE parar a sua programação.

Como temos visto e tem sido reportado, a WWE pretende continuar a realizar os seus shows televisivos no Performance Center e à porta fechada, durante este período de pós-WrestleMania e à medida que nos vamos aproximando do Money In The Bank, que só acontecerá a 10 de Maio e está a ser promovido.

A WWE vai assim continuar a ser transmitida e ao vivo, para garantir que não viola contratos com as estações televisivas, e nem um caso recente de um funcionário que testou positivo impediu a WWE de continuar.

WWE é declarada “serviço essencial”

Para isto acontecer, a WWE teve que obter uma declaração de como é um “serviço essencial”, para poder ter uma exceção ao estado de emergência imposto pelo estado da Flórida e e ao estado de calamidade imposto pelo governo norte-americano. Só que isto não faz sentido, por se tratar apenas de um programa de entretenimento e não um programa noticioso, esses sim considerados essenciais para manter a população informada.

Esta declaração foi dada por Jared Moskowitz da Division of Emergency Management no dia 9 de Abril, véspera do dia em que a WWE regressou ao Performance Center para transmitir mais uma edição do SmackDown. A declaração abriu a excepção para que a WWE pudesse continuar a funcionar:

Empregados de nível profissional de desporto ou produção de media com uma audiência nacional – incluindo atletas, entertainers (animadores), equipas de produção, equipas executivas, equipas de media e outras necessárias para facilitar o serviço e produção – apenas se a localização estiver fechada ao público.

Essa declaração foi entretanto comentada pelo mayor do Orange County, do estado da Flórida, Jerry Demings. Quando questionado esta segunda-feira sobre o porquê da WWE continuar a sua atividade, respondeu:

Penso que inicialmente o processo foi avaliado e a WWE não foi considerada como um serviço essencial. Só que após algumas conversas com o governador, foram declarados como essenciais. Assim sendo, têm autorização para se manterem em funcionamento.

Pouco depois, o Jerry Demings declarou que a WWE é essencial para a economia do estado da Flórida e fez um paralelismo entre a declaração da WWE como um serviço essencial e a vida de uma família que tem que atravessar este período de pandemia.

[A WWE] É como uma pequena família. Uma pequena família de atletas profissionais e combatem entre si. Se um dos membros da família for infectado em casa, é um problema apenas e só da família. Teremos que ter algumas precauções em casa, para garantir que o resto da família não é infectada. Portanto é o que eu assumo, de um ponto de vista de negócio, que a WWE está a ter essa abordagem como se fosse uma família.

Como é natural, estas declarações do mayor do Orange County já deram origem a alguma polémica. A verdade é que a WWE fez o possível e o impossível para garantir que a sua programação semanal continua no ar.

WWE e sua ligação a Donald Trump

Mais tarde, um fã questionou Dave Meltzer sobre toda esta situação. Afinal, como é que a WWE era considerada um serviço essencial quando vários outros desportos e programas já foram cancelados? O jornalista foi perentório na resposta e associou este caso ao presidente norte-americano Donald Trump.

Afinal, Linda McMahon, mulher de Vince McMahon, é a Administradora da Administração de Pequenos Negócios do governo norte-americano e líder de um investimento de vários milhões do estado da Flórida para uma futura campanha para a reeleição do atual presidente dos Estados Unidos da América.

Sem dúvidas ainda existissem, a WWE parece estar assim no meio de um “jogo de interesses” e talvez até de alguma corrupção, para garantir que a sua programação semanal continua no ar, e que os atletas podem continuar a exercer as suas atividades no Performance Center à porta fechada.

Shows sem público até 2021?

O futuro é incerto, ninguém sabe quando é que a normalidade será reposta. O presidente norte-americano Donald Trump acredita que em Agosto ou Setembro já as modalidades desportivas poderão regressar ao ativo, mas nada garante que por essa altura já possamos assistir a eventos desportivo com arenas cheias de gente.

Do lado da WWE, há a crença que o SummerSlam possa ser o primeiro grande evento a voltar a ter público presente nas bancadas, mas a quatro meses do evento, é impossível fazer essa confirmação. Daqui até Agosto ainda muita coisa pode acontecer, e a WWE pode ser obrigada a manter os seus shows sem público.

Neste cenário, o doutorado em epidemiologia Zach Binney, fez declarações ao Sports Illustrated onde afirmou que as várias ligas desportivas norte-americanas devem permanecer sem público por um período de 12 meses. A confirmar-se esta previsão, significa que a WWE só voltaria a ter público em 2021, sensivelmente antes do Verão.


O que achas de tudo isto? Achas que a WWE deveria continuar ou parar a sua programação?

14 Comentários

  1. JPB4 anos

    Ah mas essa “conversa com governador” faz minha cabeça pensar tanta coisa! $$$

  2. PedrKo4 anos

    Mesmo em altura de crise na saúde, alguns políticos trazem ao de cima o melhor de $i… a justificação dada é qualquer coisa de idiota

  3. Hugo4 anos

    Bom….como eu já tinha mencionado em posts anteriores o Vince foi conversar com o bom “amigo” Trump e conseguiu levar a sua avante. Provavelmente vai ter de desenbolsar umas “doações “para a reeleição do Trump,mas conseguiu. Quando dizem que isto “só na América “podem ter a certeza. Então a Wwe é tão esencial para o povo como ter comida no prato,a “democracia” em ação…..incrível não é? Mas agora só resta os lutadores recusarem-se a lutar já que a wwe disse que em última análise eram os lutadores que decidiam se lutavam ou não e que não haveria sanções para ninguém e ninguém será despedido. Mas será que alguem acredita nisso? Eu não com toda a certeza. Por isso venha de lá o próximo capítulo.

  4. Acrescentei a declaração do Division of Emergency Management ao post, com link para o PDF.

  5. Como é óbvio devia mas não vai acontecer já esta visto

  6. WWE Sucks4 anos

    Simplesmente nojento. Vivemos numa sociedade onde o dinheiro está acima da vida das pessoas.

  7. Depois do fim de ciclo que a WrestleMania 36 representou, defendo que os programas da WWE deveriam ter sido interrompidos até tudo estar preparado para toda a gente voltar de forma segura aos shows rumo a uma nova season.
    Só que infelizmente há pessoas e países que olham mais para vantagens e desvantagens económico-financeiras do que para a benesse que estar vivo e com saúde significa… A título de curiosidade, o que isto também poderá originar é a hipótese da AEW, com este precedente, poder gravar ou transmitir em direto o Dynamite a partir de Jacksonville, Florida.

  8. Se os administradores das ligas esportivas começarem a vir a público falar um monte de merda da wwe , eles vão parar a transmissão não duvido nada e vão ficar com medo e Trump vai tirar o dele da reta.

  9. Anónimo4 anos

    As coisas nos EUA não estão a melhorar, o melhor era mesmo parar. Mas pelo que se vê a WWE vai continuar na mesma, até algo os fazer mudar de ideias.

  10. Lee4 anos

    Bom,é de se esperar este tipo de noticia suja deste site. Estão a receber algum dinheiro de alguém pra sustentar noticias com uma certa dose de militância. Já vi várias propagandas ligados sempre à mesma ideologia política de manipulação e controle. Consumir notícias viradas em propaganda de difamação dos comunistas,não obrigado,adeus.

  11. Capitalistas da m3rd@

  12. Tiago Pereira4 anos

    Descrição da foto da capa: 2 amigos malucos que rapam cabelos um ao outro em frente a mais de 1000 pessoas para mostrarem a sua amizade kkkkkkkkk