Ao contrário de várias outras Wrestlemanias, a vigésima-nona edição do evento não me despertava curiosidade ou a ansiedade de outros tempos. O fanatismo e a emoção desenfreada foi bastante mais fácil de controlar desta vez dada à sua substituição pelo cepticismo, paranóia e pessimismo. A cautela tornou-se na palavra de ordem devido à minha, talvez exagerada, preocupação com a geração actual de lutadores e desinteresse pelos combates do main-event.

No ano passado, enumerei as pessoas que julguei terem sido vítimas dos planos da WWE para a Wrestlemania XXVIII e fiz questão de as explicar. Quase em todos os combates encontrei um caso que me revoltava.

Não porque não goste e respeite Undertaker, ou porque não seja uma fã incurável do Triple H, ou porque Shawn Michaels não me entretenha sempre que aparece, ou porque até o próprio The Rock não me empolgue de vez em quando. As minhas questões não se centram nas Lendas em si, mas sim na forma como são usadas – tal como já referi inúmeras vezes aqui neste espaço.

Não acho razoável usar estes chamarizes lendários para chamar a atenção de fãs casuais, se ao mesmo não planeamos dar-lhes algo mais para ficarem fãs do produto. E, se não for pela linguagem empresarial e monetária que a WWE compreende bastante bem, então que seja pelo simples respeito ao trabalho e dedicação de lutadores que passam grande parte do seu ano a trabalhar para ascender na companhia.

Acontece que, no ano passado, o tratamento destes lutadores me desiludiu bastante. E, graças a isso, mesmo com os vários combates agendados de estrelas da actualidade, a paranóia de que as coisas não podiam ser tão boas quanto soavam continuava bastante forte. E o pior desta paranóia, como em todas as outras, é quando esta tem fundamento.

A polémica e as críticas choviam por todos os lados, fosse pela promoção, construção e escolha dos combates para o evento, fosse pela incessante onda de súplicas por surpresas. Como é natural, as supostas notícias dadas pelos sites mais bem informados e com as melhores fontes da indústria não ajudaram o caso, dando ainda ímpeto e motivação às mesmas súplicas. Pessoalmente, a WWE surpreendeu-me, mas não foi da forma que toda a gente exigia ser surpreendida.

Surpreendeu-me por não recorrer a swerves rídiculos e bruscos que não se enquadram nas histórias numa tentativa vã de provar à “Internet” que estes não sabem de nada do assunto. No meio de tantos resultados prevísiveis, este é o cenário propício para a WWE “inventar”. Não o fez e embora não tenha a certeza se tal foi uma decisão tomada a partir do bom-senso ou do ego, julgo que foi uma boa decisão.

Opinião Feminina #125 - My views on WrestleManiaA WWE surpreendeu-me também pela sua gestão do tempo. É certo que tivemos um combate de Tag Team removido do evento à própria hora e embora tenha sido um momento infeliz que facilmente poderia ter sido evitado, não tivemos combates com a duração inferior a cinco minutos. Tendo em conta que eram dez combates no card e que nos últimos anos, tal tem-se tornado uma tradição, acaba por se tornar num feito impressionante, ao mesmo tempo que é decandente. Tenho pena que tal tenha acontecido, não só por Cody Rhodes e Damien Sandow, cujo esforço, talento, trabalho e dedicação não mereciam isto, como por todos os envolvidos que, sendo a Wrestlemania, deveriam estar certamente empolgados.

Preferia que a WWE nunca tivesse agendado o combate em primeiro lugar. Já que não fosse pela lição que as últimas duas edições deram, que seja por terem noção que não vão ter tempo para tudo. A WWE distribui o tempo e a relevância aos combates por ordem de importância para si e, como não acredito que tivessem alguma vez achado este combate importante, a decisão inteligente era nem sequer agendá-lo.

E os lutadores? Onde ficavam? A meu ver, Money in the Bank regressava à Wrestlemania, de onde nunca devia ter saído. Mas, infelizmente, é mais rentável criar um pay-per-view exclusivo para o Money in the Bank do que colocá-lo como atracção para a Wrestlemania. Isto é, se tivessem sequer tempo para o fazer.

Neste tópico, surgiram também várias queixas relativamente à forma como a WWE geriu o pré-show. Sinceramente, não consigo concordar com as mesmas. É certo, a WWE tinha uma hora, mas os planos da WWE nunca foram encher aquela hora com Wrestling. É certo que esses planos podem ser rídiculos, segundo a visão de alguns, mas a verdade é que não são esses que todos idealizam.

O pré-show serve para convencer as pessoas que estão indecisas a comprar o pay-per-view. Existe para dar a conhecer a todas as pessoas que não acompanham a programação da WWE regularmente quais são as histórias e combates que vão decorrer no evento para dessa forma poderem tomar uma decisão.

Não passa de um simples reclame publicitário, de maior duração, que passa antes do evento. Ou, noutro termo também bastante conhecido, é um trailer. A Wrestlemania é o filme e o pré-show é o trailer. Num trailer metem-se os destaques e uma sinopse da história para convencer as pessoas a ir ao cinema, certo? Exactamente a mesma coisa que num pré-show.

Dessa forma, o pré-show nunca foi e nunca será para os fãs que acompanham todas as semanas e raramente perdem um episódio da Raw, porque à partida, essas já estão conquistadas. Ou isso, ou são impossíveis de conquistar de qualquer maneira. Afinal, se nem depois de verem as histórias na íntegra estão convencidas, como é que haveriam de estar por assistirem a um conjunto de resumos?

Podemos ficar irritados à vontade com o uso do pré-show, é apenas natural e compreensível quando oito lutadores nem vão aparecer no DVD da Wrestlemania pelo simples facto de não terem lutado no evento, contudo continua a ser uma irritação mal direccionada. A WWE nunca tratou o pré-show de outra forma, nós é que o entendemos assim.

O que realmente julgo ser um justo alvo de reclamações são as performances musicais e a quantidade absurda de vídeos a promover o main-event. Com esse tempo, se calhar haveria tempo para este combate de Tag Team, mas reclamar com os Living Colour – quando estes tocam para CM Punk, especialmente – está fora de questão para as massas.

Além dos Rhodes Scholars e Tons of Funk, outra ausência também bastante notada pelos fãs mais dedicados foi a de Antonio Cesaro. Este, por sua vez, é esforçado, poliglota, com o físico que a WWE assumidamente prefere, uma força espectacular e um excelente repertório dentro de ringue. Tudo razões que não se justificam tê-lo de fora do evento.

Contudo, embora me faça confusão e me dê imensa pena, não consigo ficar verdadeiramente revoltada. E a razão para isso é o facto de a WWE não ter optado colocar de fora estes lutadores da actualidade para valorizar antigos – à excepção de Triple H, claro (ler mais em “Opinião Feminina #122 – As maravilhas da arte da subtileza). A WWE, ao contrário do que fez na Wrestlemania XXVIII, fez exactamente o que temia que não fizesse: pôs o destaque no futuro. Pode não ter sido da forma ideal ou da forma que todos gostaríamos, mas aconteceu.

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Como é que posso achar ou pensar o contrário quando durante a primeira hora inteira vimos praticamente só talento jovem a ter destaque e a ser valorizado? Fandango, Big E Langston, The Shield e Ryback estrearam-se nesta Wrestlemania. E, se viram a Wrestlemania com atenção, saíram todos muito mais valorizados do que quando entraram.

Por sua vez, o undercard da Wrestlemania XXVIII viu Daniel Bryan e Sheamus a serem embaraçados, Randy Orton a perder para Kane num combate aborrecedor que foi o destaque de uma rivalidade que, até então, ainda não tinha dado nada de substancial, Cody Rhodes perdeu o Título Intercontinental para Big Show, sem qualquer razão terminando um reinado impressionante – de acordo com os padrões dos dias de hoje -, a Divisão de Divas foi extremamente envergonhada e uma dúzia de lutadores foi colocada num combate de dez minutos apenas para poderem fazer adeus à multidão.

Já o undercard da Wrestlemania XXIX viu os The Shield – três lutadores que há seis meses nem estavam no roster principal – a ter a oportunidade de brilhar contra três main-eventers estabelecidos em frente da maior quantidade de pessoas com que alguma vez tinham sonhado. E como se isso não bastasse, a promoção dos The Shield como equipa imparável continua, pois somaram uma vitória na sua estreia na Wrestlemania. Um excelente sinal que voltou a ser reforçado na Raw seguinte!

É certo que não foi tão bom quanto o do TLC ou Elimination Chamber, mas bom de qualquer das formas e os três lutadores foram retratados e comportaram-se como verdadeiras estrelas! Definitivamente, não só a melhor estreia da noite, como a melhor usada. A energia associada aos combates dos The Shield tornou o mesmo numa excelente decisão para abrir o evento.

É certo que Orton não fez heel turn nenhum, mas quem é que esperava que ele o fizesse? O que é que a WWE tem feito para dar a entender um heel turn? Nada. As ideias do heel turn dele vêm da cabeça de pessoas que, muito provavelmente, não têm mais nada para fazer do que inventar histórias que vão depois ser acreditadas por outras pessoas que, por sua vez, ficam desiludidas por não ver essas invenções acontecerem. Pura armadilha.

Não estou a dizer que a WWE não tenha discutido um heel turn de Orton, mas isso não é argumento para esperar nada. A WWE discute, certamente, inúmeras formas de terminar um combate, ao mesmo que debate e escolhe entre várias histórias. Isso significa que todas acontecem ou vão acontecer? Além disso, dizer que Orton quer virar heel não é argumento. Ele anda a fazer pressão para que tal aconteça desde que virou face e nada mudou!

O único heel turn que houve neste combate foi o de Big Show que, não só nunca foi face para começar, como foi fortemente indicado ao longo da história e do próprio combate. Porém, como estavam todos a olhar para Randy Orton, ninguém reparou.

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No segundo combate da noite veio uma surpresa bastante curiosa: a vitória de Mark Henry! Admito, não esperava e a primeira coisa que pensei no momento do pin foi que Ryback tinha falhado a Wellness Policy. Depois vi o Shell Shock a ser aplicado, juntamente com a marcha, e além de completamente chocada – não acreditava que ele fosse capaz do fazer e, sinceramente, acho a manobra mais impressionante que o AA – fiquei também apaziguada.

Mark Henry venceu e, embora não tenha percebido completamente o porquê, foi Ryback que criou uma memória para os fãs da WWE. Como Ryback continuou a ser o grande destaque deste combate, não consigo deixar de pensar que a vitória foi dada a Mark Henry para que a revolução que fez à sua carreira não passe em claro, especialmente depois de tantos dedicados a isto.

O combate não foi espectacular, mas foi exactamente o que se esperava. Quem esperava mais que aquilo, certamente não tinha bem a noção dos lutadores em questão e das suas capacidades. Juntamente com os The Shield, este era dos que mais esperava da noite e, novamente, fui surpreendida pela positiva.

Continuando no card, tivemos o combate pelos Títulos de Tag Team de seguida. Este foi, sem dúvida, o combate mais curto mas, para a lógica da história em questão, tal também não magoou. Enquanto possuísse a mala em suas mãos, as pessoas estariam sempre mais interessadas em ver o que Dolph Ziggler fazia relativamente ao título Mundial e não aos títulos de Tag Team.

Este combate foi mais uma formalidade, para garantir que Dolph Ziggler, Daniel Bryan, Kane e Big E Langston apareciam na Wrestlemania. Pelo terceiro combate consecutivo da noite, tivémos uma estreia que, por sua vez, foi impressionante nas suas interacções com Kane. Isto seguindo um início bastante interessante e empolgante que, logo à partida, conquistou as atenções dos fãs. Não é o combate de Tag Team ideal, mas os pequenos detalhes fizeram tudo. Mais um combate que esteve bem posicionado e, dados os envolvidos, deu razão aos fãs para se empolgarem.

Por muito estagnados que os Hell No estejam, verdade é que ainda conseguem atrair excelentes reacções e que neste momento não há equipas legítimas e seriamente promovidas para ter os títulos. A decisão tomada pela WWE foi a que fez mais sentido, a meu ver.

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De seguida, é altura para a quarta estreia da noite: Fandango. Embora fosse fã da personagem escolhida e da forma excelente como estava a conseguir obter reacções da multidão, preferi reservar-me a comentários sobre Fandango antes do ver lutar primeiro nessa sua nova pele.

Adorei ambas as entradas, pois fizeram com que o combate soasse ainda maior e mais importante do que realmente era. Relativamente à entrada de Fandango, achei que era propícia a causar ainda mais raiva por parte dos fãs por razões óbvias e isso foi bastante inteligente. A mesma voltou a provar que a aposta da WWE em Fandango é séria e sinceramente, não creio que estejam errados em fazê-lo.

É certo que o fim do combate foi bastante atabalhoado e que este teve também o desastre de arruinar a minha manobra preferida do Jericho – Lionsault – mas, mesmo assim impressionou. Não creio que seja justo crucificá-lo já por ter falhado no seu primeiro combate como Fandango. Se os problemas continuarem, como foi com Sín Cara, o caso muda de figura. Também é verdade que a Wrestlemania é o último sítio onde se poderiam ter estas falhas, mas mesmo assim não detestei esta estreia.

Temia que uma vitória de Fandango contra Jericho o prejudicasse mais que ajudasse, mas fiquei contente por ver que tal não aconteceu. Mais uma vez, excelente trabalho da parte de Jericho ao valorizar mais um jovem talento.

Depois de Fandango e Chris Jericho, foi altura para a primeira performance musical Wrestlemania. Pessoalmente, a minha opinião relativamente a performances musicais em Wrestlemania, ou noutro qualquer pay-per-view, é sensivelmente a mesma independemente dos artistas ou dos lutadores envolvidos. Não pago/planeio em ver o evento pelas actuações que lá possam colocar, portanto desde que não tire demasiado tempo ao evento provocando combates de poucos minutos, ou ausências de lutadores merecedores de atenção, não me afecta em nada seja o Diddy Combs, os Living Colour ou até o Flo Rida.

Preferia que o Diddy Combs tivesse feito só o “Coming Home” e não um meddley, usando o tempo para coisas mais inteligentes, mas a Wrestlemania é mais do que um evento de Wrestling, é um espectáculo de entretenimento e, infelizmente, temos que viver com todas as desvantagens que tal possa trazer.

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Ora, o primeiro sinal de que a WWE poderia estar a ficar sem tempo foi, obviamente, quando o candidato ao Título World Heavyweight não teve direito a entrada. Embora seja um prazer ouvir promos de Zeb Colter, a Wrestlemania não é sítio para tal, a meu ver. Poupavam o tempo da promo para a entrada, por mais simples que esta fosse.

Uma rivalidade que a início era interessante, mas rapidamente perdeu tudo o que poderia ter de atractivo, culminou num combate bem à sua imagem: pouco interessante. Foi mais um combate típico do midcard que não conseguiu ser mais graças à falta de tempo. Tudo isso é aceitável no midcard em si, como foram os últimos combates, mas quando é por um dos Títulos Principais acaba por-se esperar mais. Fim abrupto para um combate que tinha potencial para ser algo mais.

Também não sei até que ponto é que os fãs, no seu geral, estariam predispostos para um combate mais longo quando, naturalmente, as suas atenções estavam todas centradas na possível aparição de Dolph Ziggler e nos próprios managers.

A reforçar a falta de interesse dos fãs neste combate estão as críticas que choveram depois de Ziggler não ter feito o cash-in no evento. Tal como já disse várias vezes, acho que a WWE tomou a decisão certa. Só os fãs mais dedicados é que, no fim do evento, iriam dar alguma importância à vitória de Dolph Ziggler. Seria um desperdício realizar o cash-in num evento onde, no quadro completo do evento, não teria qualquer destaque. Que espécie de importância é que os fãs casuais deveriam dar ao cash-in de Dolph Ziggler, quando o próprio combate oficial pelo Título, e por associação, o próprio Título é tratado com esta falta de importância?

Mais uma vez, a decisão certa é também a mais prevísivel.

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E chegou a altura do combate da noite que, por sua vez, teve entradas à sua altura. As interacções entre Paul Heyman e CM Punk são absolutamente espectaculares e extremamente divertidas de observar. Por sua vez, a entrada de Undertaker foi uma das melhores da história. Não só da Wrestlemania, não só de Undertaker, mas de sempre. Mítica, impressionante e visualmente poderosa. Muito, muito bom.

Ora, não foi só com Paul Heyman que os maneirismos de Punk foram formidáveis, desde a entrada do próprio Undertaker até ao fim do combate. Detalhes que ajudaram a cntar uma história formidável, muito melhor do que a que tinha dado origem ao mesmo, e por isso, são de louvar.

Esperava-se que este fosse o combate da noite, visto que CM Punk funciona lindamente quando está frustrado e o próprio Undertake fez do seu melhor, fosse por necessidade de provar a todos que ainda consegue dar um combate mesmo depois de todas as suas lesões, ou por simplesmente ser o excelente profissional que já todos conhecem. Embora não me tenham conseguido convencer de que a Streak estava mesmo em perigo, foi na mesma um excelente combate que mostrou, mais uma vez, porque é que a Streak é a atracção da Wrestlemania. Uma história espectacular e intensa foi contada em ringue e não há reclamações a apontar nesse sentido.

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Ora, desde a Wrestlemania XXV que o combate pela Streak é o combate da noite e, mesmo assim, na larga maioria dos casos, a WWE continua sem perceber que depois de um combate tão bom e emocionante o público está exausto e pouco interessado em ver mais. As reacções do público, durante os combates, atingiram o seu pico então, ficando depois a resumir-se a momentos chaves ou às entradas. É nestes momentos que o combate de Tag Team fazia falta, mas a WWE já não tinha tempo.

Tal como já previa antes do evento por ser o único combate que não tinha a menor razão lógica para acontecer, Triple H vs. Brock Lesnar foi um dos meus pontos negativos. Não por ter sido mau, porque não foi, mas porque ao contrário de todos os outros onde já se sabia o resultado, este foi aquele cujo interesse era menor de ver acontecer.

Se a maioria das pessoas sabiam que Undertaker ia ganhar? Sim, mas mesmo assim estavam interessados no combate, pois ambas as partes eram bastante queridas da parte do público e prometiam um combate. Ao passo que este, não só era igualmente prevísivel, como não tinha nada de atractivo. As pessoas claramente, independemente da história, queriam que Lesnar ganhasse e quem as pode culpar?

Lesnar é a grande atracção que, desde 2004, só lutou três vezes! Com toda aquela aura e carisma, é impossível não se ficar automaticamente do seu lado, especialmente nestas situações rídiculas em que a WWE teima em colocá-lo.

Este combate teve outro problema: Shawn Michaels. O “Mr. Wrestlemania”, ao contrário de Paul Heyman, foi mais uma distracção que uma vantagem. Porquê? Porque ao invés de as pessoas estarem interessadas no combate, estavam a pensar se Shawn Michaels iria fazer alguma coisa e nesse caso, qual seria o lado que iria tomar.

Também acho que a WWE abusou na duração de tempo em que Brock Lesnar esteve no Kimura Lock. Tirou qualquer credibilidade que a manobra poderia ter tido, já para não falar do pequeno ataque de coração que tive quando, por breves momentos, pensei que Lesnar poderia perder por submissão. Não só a ideia de Lesnar perder para Triple H que é completamente absurda, como a ideia de perder por submissão é rídicula a níveis inimagináveis.

A WWE tentou ao máximo fazer Lesnar passar por uma grande ameaça, mas a verdade é que este não passou de apenas mais uma forma bastante cara de valorizar quem não precisa. E, depois deste combate, o que é que muda? Os The Shield continuam a tornar-se cada vez mais relevantes, assim como Ryback, Fandango e CM Punk – pelas suas vitórias e momentos de destaque – ao passo que Triple H não se reformou, apenas para continuar semi-reformado? Faz todo o sentido, claro (leia-se a ironia).

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E, finalmente, chegámos ao main-event da noite: The Rock vs. John Cena, pelo Título da WWE. Mais um sinal de que a WWE estava sem tempo foi a forma abrupta com que John Cena e The Rock fizeram as suas entradas. Não que precisasse que lhes fosse dado meia hora para as entradas, juntamente com concertos à mistura como foi o ano passado, mas certamente esperava um pouco mais de “espectáculo”. De qualquer das formas, não vejo isso como ponto negativo.

O combate começou de forma bastante lenta, semelhante ao do ano passado, mas tal é de esperar. Não podemos exigir que The Rock – alguém que não compete diariamente – entre num combate com um ritmo acelerado e faça meia-hora disso. As coisas não funcionam assim. Críticas do género “ele não devia ter vindo então, nesse caso” a meu ver, não se adequam.

Podemos não gostar – e já enumerei várias situações onde não gostei – da forma como é usado, mas The Rock é, muito provavelmente, uma das poucas Lendas que regressa com boas intenções. O facto de colocar em risco trabalhos de milhões que nem sequer se podem comparar a lutar na Wrestlemania diz muito de si e, pessoalmente, tenho pena que este se tenha lesionado. Espero que tal não prejudique o seu trabalho fora da WWE.

De qualquer das formas, o combate começou a animar eventualmente e embora não tenha ficado completamente impressionada, devo dizer que gostei de alguns momentos, como a sequências de manobras dedicadas a relembrar o combate do ano passado (John Cena vai aplicar o People’s Elbow a The Rock, este levanta-se e John Cena não se deixa apanhar desta vez). Esse momento deu um sentido de continuidade à história de ambos e foi uma das pontes de ligação entre os dois combates. Um pormenor de que gostei. No geral, um combate complicado de ver a início devido ao seu ritmo inicial e, especialmente, depois do combate da noite ter sido a meio do evento, mas no fim terminou bem.

Não só o combate, como a própria forma como encerrou a Wrestlemania, foi alvo de imensas críticas pela ausência de heel turn de John Cena.

Nem por acaso, as comparações com a Wrestlemania XXVIII continuam, porque a forma como a Wrestlemania XXIX terminou é exactamente aquilo que devia ter acontecido no ano passado. E, digam o que quiserem, facto é que era algo que precisava de acontecer. Para todos aqueles que dizem que Cena não precisa, digam-me novamente porque é que queriam que The Rock perdesse para CM Punk? Ou porque é que, em 2002, a WWE colocou Hogan a perder e a fazer exactamente a mesma coisa com The Rock? The Rock não precisava, pouco tempo depois abandonou a WWE como lutador a tempo inteiro, de qualquer das formas. Algo que John Cena poderia fazer perfeitamente nesta fase da sua carreira.

Compreendo que este gesto seja um pouco mais díficil de aceitar porque todos conseguimos ver como John Cena não teve um ano tão mau quanto o pintam. Nem lá perto. Compreendo que, depois de anos e anos no topo, fazer esta pequena passagem do testemunho também pareça desnecessário. Mas não o é. Favoritismos e preferências à parte, é o que faz sentido. É o que faz com a indústria ande para a frente. É a confirmação daquilo que já sabemos.

Pode não ser o final que todos idealizam, mas é o final que faz sentido. E porque razão é que a WWE iria tornar Cena num heel?

Ele ainda é rentável e, ao contrário do que muitos gostam de pensar, não são só as “criancinhas” que gastam dinheiro com Cena. De acordo com vários relatos de fãs presentes na Wrestlemania, embora a quantidade de apupos a Cena fosse considerável, a verdade é que a maior parte das t-shirts que se viam eram de Cena. E não eram só as antigas, as mais recentes também. E, isto aplicava-se, por surpresa das surpresas, a uma faixa etária superior à que se supunha que estaria interessada em comprar o seu merchandise.

Portanto, se a quantidade de pessoas que quer ver John Cena virar heel e que se encontra completamente saturada dele e da sua personagem é assim tanta, porque é que as vendas continuam a correr tão bem? Não é por acaso que a WWE, a cada quatro meses, estreia uma t-shirt nova dele. Porque é que no Rock Concert do ano passado, quando The Rock questionou a multidão de Cleveland onde estavam os fãs adultos de John Cena, foram mostradas homens a esconderem-se e a taparem as t-shirts?

Não me digam que é porque agora é moda vaiar John Cena! Não, não pode ser isso. Os fãs de Wrestling mais velhos não seguem modas, só os mais novos é que  fazem isso e é por não sabem melhor que isso. Que o diga Daniel Bryan, não é?

Compreendo que, através do heel turn, John Cena fosse mais interessante e alterasse a dinâmica do panorama actual da WWE. Concordo com essa ideia. Eu, própria, gostava de o ver mudar um pouco, nem que fosse para aligeirar esta estagnação irritante. Contudo, compreendo que não faz sentido um heel turn ainda.

O problema principal da forma como a Wrestlemania encerrou penso ter sido o facto de voltarmos ao mesmo. Não houve mudança, a Wrestlemania aparentou não ter mudado nada. John Cena estava de regresso ao topo da WWE no que se adivinha ser mais um reinado longo e cheio de “heroísmos”. Tal também é uma ideia que me inquieta.

Como este combate foi a última grande coisa que Cena tinha que alcançar, acho que a função de Cena agora deveria ser usar a sua popularidade (positiva ou negativa) junto dos fãs para chamar a atenção a outros talentos. E é exactamente isso que a WWE está a fazer com Ryback, usando Cena. Neste caso, Ryback por ir contra Cena acabou de se tornar um dos maiores babyfaces da companhia… Ou será heel? É que como Cena é vaiado fortemente, acabo por confundir os termos.

E no fundo, isso não interessa. Ryback luta lado a lado com um main-eventer, recebe reacções de um main-eventer e, por acréscimo, ganha fãs.

A forma como a Wrestlemania terminou pode não ter sido a melhor, pode não ter sido a idealizada, mas não só foi a que fez sentido, como foi aquela que devia ter acontecido no ano passado. Reitero que compreendo todas as críticas, é um facto que esta história de “rendenção” foi extremamente forçada e não soou real, mas isso é culpa da WWE por não ter confiança em tirar destaque a John Cena ao longo do ano de 2012. Não é por culpa deste final em específico.

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No geral, esta Wrestlemania teve um pouco de tudo. Teve o combate da noite, teve o “money making match”, teve as performances musicais da praxe e teve o futuro. Pode não ter sido em combates de cinco estrelas, mas foi dada mais atenção e cuidado do que na Wrestlemania anterior e tal continuou na Raw. The Shield, Fandango e Ryback saíram desta Wrestlemania com muito mais ímpeto do que alguma das estrelas do ano passado poderia ter sonhado em sair.

É triste que Cody Rhodes, Damien Sandow, Antonio Cesaro, Brodus Clay e tantos outros não tenham tido essa oportunidade, mas julgo continuar com poucas razões de queixa nesse campo. Afinal, a minha queixa inicial consistia na falta de aposta nos jovens talentos na Wrestlemania, não na falta de aposta dos meus lutadores preferidos na Wrestlemania.

Se houve erros? Claro que houve, dificilmente será perfeito ou do agrado de todos. Se foi a melhor Wrestlemania de todos os tempos? Não, de todo. Mas, também não foi a pior… Aliás, nem chegou a ser má. Foi pouco memorável e com a falta do brilho e grandiosidade a que lhe é associado, contudo não é a única assim, a Wrestlemania XXVII foi a mesma coisa.

Foi uma bastante Wrestlemania previsível. Acertei nos resultados de todos os combates, menos no de Ryback vs. Mark Henry, e acertei correctamente em todos os angles que não iriam acontecer. Estou a falar claro dos famosos heel turns de Randy Orton, Shawn Michaels, John Cena… Estou-me a esquecer de alguém? Ah, e o cash-in de Dolph Ziggler. Já o disse várias vezes e volto a dizê-lo. A Wrestlemania não é sítio para este tipo de surpresas.

Talvez o heel turn de Cena fizesse algum sentido, visto que seria a parte focal do evento, sendo este o main-eventer, mas o resto não.  Não vale a pena gastar um trunfo que pode ser útil mais tarde num evento que, não só já está mais que vendido e promovido, como provavelmente nem seria o destaque da noite. Compreendi por isso a maioria das decisões da WWE e julgo terem sido as mais sensatas, dadas as histórias em questão.

Previsibilidade não é sinónimo de falta de qualidade. Contudo, se uma pessoa depender a qualidade de um evento na quantidade ou qualidade das surpresas que vai ter, então poderá estar já a condenar o evento para si mesmo. Especialmente se algumas das suas surpresas “preferidas” não acontecerem. Caso seja essa a situação, não é de surpreender que a Wrestlemania desiluda. Falando por experiência pessoal, gostei do evento. Da minha parte é tudo,  resto de excelente semana a todos e até à próxima!

Opinião Feminina #125 - My views on WrestleMania

24 Comentários

  1. Tendo em conta o card e a maneira como foi construída, seria difícil esperar que a WrestleMania fosse um evento espetacular. Foi assim uma coisa “mais ou menos”, mas como não tinha grandes expetativas não me desiludiu. Tens razão quando afirmas que a falta de surpresas condiciona a opinião de muito boa gente, eu próprio gostava imenso de ter sido surpreendido, no entanto, como tu bem dizes, só se deixa enganar quem quer. Não deixou de acontecer nada que era suposto acontecer.

    Discordo completamente de ti em relação a Ryback/Henry. A vitória de Henry foi um absurdo. Ryback, desde o HIAC, tem colecionado derrotas e precisava, esse sim, de ser redimir na WrestleMania. Pode ter saído por cima no fim do combate mas o que fica para a História é que perdeu mais uma vez. Para quem é apresentado como uma besta dominadora, está longe de ser algo positivo.

    Gosto de Fandango, acho que ele consegue estabelecer uma conexão interessante com o público mas, embora não seja grave, não consegui ver nada de especial no combate. Jericho brilhou e Fandango esforçou-se. Veremos se ele consegue demonstrar um bocadinho mais de qualidade em ringue nos próximos combates.

    A última das minhas discordâncias é sobre Cena/Rock. Ao contrário de ti, este foi o combate que me desiludiu mais. Teve um ou dois pormenores engraçados, como tu referiste, mas um main event de WrestleMania não pode viver só disso. Estiveram a empatar tempo durante 25 minutos e nos últimos 5 começaram a distribuir finisher’s de parte a parte. Eu sei que o Rock não pode correr grandes riscos, não sou daqueles que acha que ele não merece participar neste género de combates mas, ainda assim, esperava algo mais marcante deste combate.

  2. LOL11 anos

    Por é que não fazes um artigo sobre a TNA?

  3. CesarSantos11 anos

    Depois de ontem se ter gerado uma discussão desnecessária num outro artigo, por um comentário mal interpretado, penso que é hora de aproveitar este texto para reforçar ainda mais a ideia que ontem tentei passar. Isto, sim, é um texto, onde a pontuação ajuda, claramente, o leitor no ritmo e dinâmica de leitura, passe a redundância. Acredito que seja difícil de perceber, mas este tipo de pormenores faz toda a diferença, no que toca a separar o trigo do joio. Ou seja, por aqui se distinguem textos razoáveis de textos estupendos. E este pertence, claramente, à segunda categoria, mesmo levando em linha de conta que toda a gente tenha abordado a Wrestlemania durante a semana. Contudo, os textos não vivem só dos temas escolhidos, vivem, sobretudo, da abordagem que os autores são capazes de fazer.

    Para além disso, pegando outra vez neste belo exemplo, percebe-se que o texto é feito da cabeça aos pés, numa estrutura irrepreensível e com claras manifestações de opinião e de escolhas que poderiam ter sido feitas de outra forma. Aqui fala-se do que se gosta e do que não se gosta, mas mostra-se capacidade e habilidade em defender as suas posições. Por esse motivo, um tipo que tenha a coragem de partilhar as suas ideias publicamente deve olhar para este texto como um “savoir faire” daquilo que é um texto de qualidade, apontando para este nível de exigência quando esboça os seus próprios rascunhos, pois só assim será capaz de tornar os seus artigos mais consensuais, mesmo considerando que muitos poderão não concordar com as opiniões debitadas, como está claro.

    Por fim, no que respeita ao conteúdo textual, onde a análise dos acontecimentos é soberba, confesso que tenho uma opinião claramente díspar no que toca aos motivos de regresso de Dwayne, baseada naquilo que é o “background” do referido nome. Ou seja, conhecendo as ideias e a própria construção do seu personagem ao longo da história, não posso deixar de duvidar dessas boas intenções do protagonista do Tooth Fairy. Mas, isso, serão contas de outro rosário.

    Cumprimentos,
    César Santos

    • Concordo em relação à importância da pontuação na dinâmica da leitura de um artigo. Posso apenas falar por mim, e a verdade é que no meu caso concordo em tudo com este comentário.

      • CesarSantos11 anos

        É mesmo isso!

        Aliás, no outro post que comentei, penso que fui mal interpretado, uma vez que levaram aquilo como uma crítica “barata”, quando não tinham motivos para isso. Talvez este tipo de pormenores possam parecer preciosismos ou exageradas frivolidades, mas só indo até ao pormenor é que se podem alcançar, de facto, grandes conquistas, lutando por nos superarmos em tudo aquilo que fazemos.

        Cumprimentos

  4. Nunex11 anos

    sim comparar a entrada do CM Punk que foi normal com um tempo semelhante à do Undertaker com a performance do diddy que foi uma perda de tempo mais as 191039123 promos ao Rock Vs Cena faz todo o sentido……

    • Nunex11 anos

      mas à parte disso é um excelente artigo. Concordo plenamente na parte do cash-in na Wrestlemania, não faz sentido nenhum e o momento perfeito veio logo a seguir à WM porque a memória que eu e acho que a maioria tem deste último Raw é do cash-in do Ziggler.

      Na minha opinião não acho que a WWE esteja a apostar muito no futuro. Apostam no futuro apenas para algo que não seja o main-event (vamos ver se Ryback prova o contrário) mas mesmo assim em vez haver no main-event para o título da WWE um Wade Barrett um MIz ou Antonio Cesaro (que devia virar face ou mudar qualquer coisa) temos John Cena The Rock e daqui a nada Brock Lesnar.

      Sinceramente se não há uma brand split para quê o WHC? não tem importância é tipo ah és campeão mundial? que giro mas era de topo era se fosses o campeão da WWE e pessoalmente se todos os main-eventers rodassem à volta de um Undisputed Championship era muito mais emocionante com muito mais opções, mas já estou a sair do tema aqui

      Parabéns pelo artigo, keep up the good work!

      • DegenerateHbk11 anos

        Melhor coisa que eles podiam fazer… unificar os dois titulos.
        O WHC não passa de um titulo de mid-card…

  5. Faaaannn Zaaaa Çoooo11 anos

    “Falando por experiência pessoal, gostei do evento”.
    De Cristiano Ronaldo dos analistas de Wrestling passas a um Freddy Adu com esta…

    • LOL?

      Que comentário mais patético, uma vez que a autora até sublinha que é uma opinião pessoal…

  6. MicaelDuarte11 anos

    E é assim, o que se pode esperar mais de um artigo teu? Muito bom…
    Disseste tudo o que havia para dizer em relação ao tema “Wrestlemania29”.

    Desculpa não dizer muito mais, mas é uma cena que já está tão batida e eu já não sei mais o que dizer lol xD

    (Não é uma crítica para contigo Salgado, como deves imaginar, mas este é um tema já tão falado que já não sei mesmo o que acrescentar. Percebo perfeitamente a tua escolha do tema, visto que o teu artigo só sai ao Domingo e na teoria, a WM é o “grande” destaque…)

    PS: Eu amo o Dean Ambrose xDD

  7. Uau, acho que essa foi a 2 ou 3 vez que li seu artigo e gostei…

    Eu só não leio todos, pois me assusto com o tamanho do artigo.

    Mas concordo, basicamente com tudo, tirando o fato de que, a vitória do Fan Dan Go, foi positiva, foi isso que eu entendi.

    Ta certo que o Y2J voltou para elevar talentos, mas talentos, e Fandango não me convém, nem com essa gimmick muito menos como Johnny Curtis.

    Não estou falando isso por causa do botch no Lionsault, mas sim porque se o combate chegou a ser bom, ou perto disso, claramente Y2J é o culpado.

    Mas enfim, opiniões são opiniões. Excelente artigo e tentarei ler o da proxima semana.

  8. DX Rules11 anos

    Concordo com quase tudo mas tenho que destacar 2 coisas deste artigo

    “A Wrestlemania não é local para este tipo de surpresas” Concordo perfeitamente com esta frase. Aliás eu vou mais à frente e digo que nenhum PPV tem de ter surpresas exceto o Royal Rumble no seu combate. Um PPV é um evento para acabar rivalidades. Depois de 4 semanas a construí-las no PPV é a conclusão dessa rivalidade tal como fosse o final da temporada se isto fosse uma série de televisão. Eu acho que surpresas são na primeira RAW depois para dar início da melhor forma a novas rivalidades.

    “Previsibilidade não é sinónimo de falta de qualidade” Este ao início não concordei mas se analisarmos alguns PPV de início do ano, muita gente odiou por causa da presibilidade dos mesmos mas eu até gostei, porque, apesar de ser importante não saber o resultado de um combate e estar sempre na expectativa, é verdade que se os combates tiverem bom Wrestling e serem um grande espetáculo não devemos condenar o PPV por falta de presibilidade.
    Gostei de todos os combates menos o de Cena vs Rock porque para mim foi o mesmo que o ano passado. De resto adorei os combates.

    Mais um grande artigo, como se fosse possivel esperar o mesmo xD. Mais um caso que presibilidade não quer dizer má qualidade xD

  9. Renato11 anos

    Excelente artigo 😉 Apesar de longo, cada vez puxa mais para ler!
    Quanto á WM, isso foi um caso perdido, o maior erro, que me deixou desiludido foi sem duvida o problema do tempo. É inadmissivel numa WM, haver falta de tempo, acho que os combates retirados á ultima hora e algumas coisas feitas a pressa é muito mau. De resto, falaste de tudo muito bem, a falta de tempo é sem duvida o que me deixa desiludido com a Mania. Os combates tambem ficaram um pouco aquem das expectativas, mas sobre eles, já falastes tu muito bem. Artigo melhor que a Wrestlemania em si XD!

  10. Deixei de apostar no Euromilhões há uns tempos, mas estou a ver que é melhor voltar à carga… Não sei porquê, mas já sabia que tinhas gostado da WrestleMania!

    Concordo contigo quando referes que os Shield saíram valorizados do seu combate. Contudo, o que me irritou neste combate foi o “heel-turn” ( sim, entre aspas, porque ele não chegou a ser face) do Big Show. Era mesmo necessário dar-lhe esse tipo de destaque? Ele precisa disso para alguma coisa?

    Julgo que já sabias que, tal como tu, não esperava um heel-turn do Randy Orton. Logo, não foi a confirmação dessa previsão que me deixou chateado, mas sim a forma abrupta como os Shield, apesar de terem ganho o seu combate, saíram da arena para que a “spotlight” fosse para o Big Show… Sim, o Ambrose, o Rollins e o Reigns saíram mais valorizados e ainda mais credíveis da WrestleMania, mas o destaque não foi para eles, apesar da vitória ( o inverso do que aconteceu com o Ryback). No entanto, foi um bom combate de abertura, típico de início de WrestleMania.

    No combate entre o Ryback e o Mark Henry, não concordo contigo num aspecto: a qualidade do combate. O combate foi mau. Muito mau. Se o Henry não está em condições de fazer um combate na WM, então ( e com muita pena minha) que não volte das lesões… Eu esperava mais do combate. Claro que não esperava um combate fantástico e o melhor da noite, mas esperava muito mais.

    O Ryback, apesar do seu grande “momento WrestleMania”, ainda não me convenceu. Não sei o que é, mas falta-lhe qualquer coisa. Talvez o problema seja meu, até porque as bestas ( ou Powerhouses) demoram sempre algum tempo a convencer-me. Além disso, apesar de compreender a razão da vitória do Mark Henry, não concordo minimamente. O Ryback ainda não ganhou em PPV’s desde que se tornou minimamente relevante. Logo, o mais correcto seria dar-lhe uma vitória sobre o “World’s Strongest Man”, o que lhe daria ímpeto para a rivalidade que se aproxima entre ele e o Cena… Sim, teve o seu grande momento, mas julgo que esse grande momento podia ter sido no fim do combate e não depois do mesmo acabar. Ainda assim, dou o benefício da dúvida, até porque havia poucos heel’s a ganharem nesta WrestleMania…

    Acho que o combate pelos Títulos de Tag Team devia ter tido mais tempo. Se a WM é um PPV para “todo o tipo de fãs” e não apenas para aqueles que estão presentes todo o ano, então esta era uma oportunidade para a WWE “dar” alguma coisa a esses fãs mais presentes ( uma vez que os outros já tinham os main-events), já que o Dolph Ziggler e o Daniel Bryan são dos lutadores mais apoiados e mais talentosos… Julgo que isso é unânime e não é apenas uma opinião de um fã de ambos.

    O Kane é o senhor que todos sabemos. A forma como ele deixa de brilhar para que o Bryan possa brilhar e por isso brilha ao mesmo tempo… Sim, é confuso, mas acho que dá para entender… Não há muito a dizer sobre o Kane.

    Em relação ao Big E Lagnston, que Deus e os fãs dele me perdoem, mas não vejo NADA de especial nele. Zero! Ou muito me engano, ou vai ser um “flop” daqueles… Posso estar enganado, mas até hoje não vi rigorosamente nada de especial da parte dele no NXT ( único local onde ele lutou na WWE, para além da FCW e de 3 combate no plantel principal). Ao pé dele, considero o Ryback – o tal que ainda não me convenceu- uma das melhores bestas de sempre… Espero que o Big E “deixe” o Ziggler o mais rápido possível… A AJ nem me importo que fique com ele, porque, de certa forma ( não quero entrar em comparações), fazem-me matar saudades do Edge e da Lita ( aqui admito que sou menos racional e que o mais correcto até seria o Ziggler ficar, finalmente, sozinho).

    Já disse muitas vezes durante a semana que não concordo com os ataques ao Fandango “só” por causa daquele erro. Claro que era de evitar, mas acontece… Também acho que se isto acontecer mais vezes, então sim, a aposta poderá considerar-se falhada. Estou curioso para ver o futuro próximo do Fandango, que duvido que passe por uma desforra com o Chris Jericho no Extreme Rules…

    O facto de a entrada do Jack Swagger não ter sido transmitida é ridículo. Para mim, é mais grave do que à partida possa parecer… Julgo ser inadmissível um candidato ao Título Mundial ( em tempos, o título mais importante da WWE) ver ser cortada a sua entrada. Não é uma questão de se gostar ou não do lutador, é patético e ponto final. Repito: mais grave do que à partida possa parecer.

    O combate foi razoável. Sinceramente, esperava mais ( era um dos combates que eu esperava que fosse dos melhores em termos de Wrestling), mas a verdade é que a WWE não lhes deu assim tanto tempo quanto isso, o que só prova a importância deste título nos dias que correm… Não houve cash-in, e ainda bem. Aqui concordo contigo.

    Ao contrário de outros anos, também nunca me pareceu que a “Streak” estivesse em perigo durante o combate. Porém, não deixou de ser o melhor combate da noite e o melhor do ano até ao momento ( Punk vs Cena na Raw não fica muito longe). Ambos conseguiram que a construção aquém das expectativas fosse “esquecida” durante o combate. Foi o único combate que me fez sentir que estava a ver uma WrestleMania…

    Não compreendo como é possível que existam fãs a considerar que o combate entre o Triple H e o Brock Lesnar foi bom. O HHH está em pior forma que o Big Show (!), arrastou-se por completo no ringue, num péssimo estado físico. Custa-me vê-lo assim, mas vou dizer o contrário só por ser fã dele? Muito mau mesmo… O combate era aquele que menos me interessava, e ainda assim conseguiu ser pior do que eu esperava… Isso deve querer dizer alguma coisa.

    O último combate da noite foi, a meu ver, mau. Enquanto o do ano passado não foi nada de especial, o deste ano conseguiu ser pior. O Rock, ao contrário daquilo que muitos dizem, não está em forma. Está lento, precisa de descansar a cada duas manobras e o Cena não consegue, como todos sabemos, carregar um combate. O único momento que gostei foi aquele em que o Cena sorriu de forma arrogante, gozou com o Rock, fingiu que ia fazer o mesmo que fez no ano passado e enganou o ex-campeão. De resto, muito mau para os meus ricos olhos.

    Não gostei dos acontecimentos que se seguiram ao combate. Concordo que devia ter sido esse o final no ano passado ( até porque se tal tivesse acontecido, não teríamos tido uma desforra este ano, e era um favor que me faziam), mas mesmo assim deu-me a volta ao estômago ver aquilo. Compreendo que fazia sentido, mas não sou obrigado a gostar de tudo aquilo que faz sentido. Claro que não esperava um heel-turn do Cena ( sem ofensa, mas quem esperava tal acontecimento ainda tem muito que aprender sobre isto… Não, não estou a dizer que sou um especialista), mas um simples cumprimento era suficiente… Ver o Rock a fazer aquela saudação, aquele abraço entre os dois… Enfim, muito forçado e sem naturalidade nenhuma aquele pós-combate.

    Tal como disse na parte sobre a entrada do Swagger ( ou a falta de transmissão da mesma), acho que é muito mau, mas mesmo muito mau!, tirar lutadores do cartaz de uma WrestleMania à última da hora. Para mim, é mais grave que um “botch”, que uma má promo, sei lá… É uma das piores coisas que podem fazer a um Wrestler. Ridículo.

    Em suma, esta WrestleMania foi, para mim, uma das piores que eu vi desde que acompanho Wrestling. E a custo! Na altura fiquei com a impressão que seria mesmo a pior, mas com a valorização de alguns lutadores e tal, até consigo dar algum benefício da dúvida. Ainda assim, não foi melhor que a do ano passado ( apesar de concordar que há um ano atrás os lutadores desta geração saíram pior tratados), uma vez que a WrestleMania XXVIII teve 2 combates soberbos e um ou outro razoáveis, enquanto a de este ano teve apenas um combate que me fez sentir que estava a presenciar o maior evento de Wrestling do ano e 4 razoáveis ( Shield, Títulos de Tag Team, Título Mundial e Fandango vs Chris Jericho), com outros 3 combates a serem muito maus, impensáveis, em termos de qualidade, numa WrestleMania.

    Excelente artigo, para variar apenas um bocadinho. Não desiludiste em nada ( tal como eu, no chat da última Raw, te tinha dito que ia acontecer), e pronto, é isso… Continua assim, porque mesmo quando não concordo contigo, consegues ( quase) sempre que eu compreenda o teu ponto de vista.

  11. zhk11 anos

    Bom artigo.

    Sobre o main event só tenho a dizer isto:

    http://img805.imageshack.us/img805/6427/6bcb01f61769444886a12dc.png

  12. GJD11 anos

    Sinceramente me decepcionou a qualidade dessa wrestlemania ,esperava uma Wrestlemania mais ou menos mas foi pior.
    Pré-Show: Barrett vs Miz feud pior construída do que o combate que foi excluído da Mania, o combate em si foi pior do que os combates do superstars , o resultado me surpreendeu pra que dar o título ao Miz se ele ia perder no raw, não era melhor valorizar o Barrett com uma vitória na wrestlemania.
    Open: Combate bom que ajudou os Shield, mas o segmento final foi inútil , acho que teria sido melhor o Big Show simplesmente virar as costas quando o Orton roubou o tag e ir embora.
    Mark Henry vs Ryback: Não vejo valorização no Ryback, ele continuou com a sequencia de derrotas em ppvs, o que o público se lembra em wrestlemania é quem vence, não quem aplica finisher.
    Hell No vs Dz e Big E: Excelente, Big E me surpreendeu positivamente, wwe acertou em não fazer o cash in na Wrestlemania
    Jericho vs Fandango: Fandango me decepcionou por apresentar um moveset extremamente curto, aplicou na luta inteira no máximo 4 golpes.
    Del Rio vs Swagger: Foi mais ou menos .
    Undertaker vs Cm Punk:Melhor combate do ppv, combate do nível de Undertaker vs Edge e Undertaker vs Orton, Cm Punk e Undertaker foram excepcionais.
    Lesnar vs Triple H: Foi igual eu pensei uma mistura dos últimos 2 combates do Lesnar,não gostei de ver o Shawn Michaels fugindo do Lesnar.

  13. Darkslash HHHBK11 anos

    também gostei do evento..
    so achei q poderiam ter tirado tempo do hhh vs lesnar e as promos incessantes do rock vs cena.. pra adicionar ao combate do tag team championship, the shield e Y2J vs fandango..
    a wrestlemania foi boa.. nao foi um evento que me deixou contando os dias pra ver ao vivo.. mas foi boa

  14. Grande artigo, porque é que não me canso de ler os teus artigos salgado?
    Muitos parabéns , uma escrita simples e dando a tua opinião clara do que achaste da wrestlemania e concordo com muita das tuas opiniões!

    Passados estes dias após a wrestlemania e admito que fui um dos que detestei a wrestlemania mas mesmo assim estive acordado até ao fim tendo que abrir a loja as 7:30 da manha porque? não sei talvez porque mesmo não estando a gostar esperava alguma coisa diferente mas que não veio a acontecer.

    Mas mesmo assim acho que pelo menos alguma coisa de novo devia ter acontecido…por pequena que fosse…talvez apimentasse a wrestlemania…

    Mas não podemos deixar de descrever esta wrestlemania como a pior dos ultimos 10 anos…

    Se a WWE queria mostrar a todos que tentaram lançar rumores sobre os desfeixos ou algo que iria acontecer…mostrou que talvez o que era previsivél foi imprevisivél!

    Keep the good job!

  15. Sendo esta a primeira vez que comento um artigo teu, Salgado, deixa-me congratular-te pela forma como escreves e como vês as coisas que se passam dentro do Universo WWE. Tens uma maturidade a escrever que vejo pouco hoje em dia, e isso é de louvar 🙂 Comentando agora este artigo em especial, devo dizer que concordo plenamente contigo e que este artigo está excelente pois não deixaste nenhum pormenor ao acaso e ‘foste ao fundo da questão’, revelando ter uma visão diferente das que muitos dizem ter em comentários que li relacionados com a Mania. Já agora, concordo contigo quando falas do cash-in, muitos diziam que este deveria ter ocorrido na Mania, mas seria um desperdicio pois não seria, nem de perto nem de longe, o foco principal da noite, coisa que foi na Raw ! Quanto ao heel turn do Cena que muitos desejavam, esta é sem dúvida a altura errada para o fazer, porque a imagem de ‘super herói’ dele continua a ser a mais vendável da empresa e apenas quando isso deixar de ser uma realidade, esse heel turn poderá ocorrer. Bem, antes de ir embora, parabéns mais uma vez pela maneira como escreves ! 🙂

  16. GRANDE ARTIGO!
    concordo com tudo!

  17. Renato11 anos

    Que ei eu de comentar quando falastes de tudo?
    Só uma questão, achas que o Cena vai ter um reinado decente?

    Obrigado por todo o trabalho desenvolvido! Continua 😉

  18. Cristiano Jesus11 anos

    Não me vou alonger muito…apenas tenho para dizer que este foi provavelmente o melhor artigo que alguma vez li aqui no wrestling.pt ou em qualquer outro site associado ao wrestling…a forma realista e honesta como está escrito, faz transpirar a verdadeira isencia de um fã de wrestling…o que deveria sentir um fã antes, durante, e depois da wrestlemania está bem explicado e bem visivel neste artigo…vou apenas terminar ao dizer que li o teu artigo 3 vezes…e identifico me com ele de todo. Cada virgula, cada ponto final…está absolutamente perfeito.

    São artigos como este que me fazem visitar o site no curto espaço de tempo que tenho livre durante o dia…quando visito o site fico com a sensação de ansiedade de esperar encontar algo novo, da mesma forma que anseio ver o episodio seguinte da RAW…semana após semana…os meus parabéns Salgado

  19. Undertaker9 anos

    Nossa mano quando eu vejo o The Rock e o john cena se comprimentando no final da luta e muito foda, fora q o kane esta extragando com o Wwe dando mais atençao pra o Seth,Randy,Roman,Deam ja era o kane antigo que nos conheciamos aquele q fazia parceria com Undertaker e aterrorisavao todo Wwe agr esta ficando chato quem concorda Responde ai sua opiniao 😉