10 – Kevin Nash
Três anos de tentativas falhadas marcaram a passagem de Kevin Nash/Steel/Oz/Vinnie Vegas na WCW. As coisas teriam uma mudança radical quando chegasse à WWE em 1993, como guarda-costas de Shawn Michaels, chamado Diesel, constituindo os Two Dudes with Attitudes. É, o nome deles não era grande coisa. Mas iniciou o primeiro push a sério de Nash.
Começou logo a dar nas vistas e, mesmo que fosse Heel, também parecia apelativo ao público. E logo meio ano depois, a começar 1994, na Royal Rumble, teve uma prestação impressionante e estabelecedora de recorde, que lhe valeu uma ovação do público quando foi eliminado. Já esfregavam as mãos e nos meses seguintes viria a deter o título Intercontinental e de Tag Team ao mesmo tempo. Isto em 1994, na altura da New Generation em que Vince e a WWE se viam muito à rasquinha. E estavam desesperados por um novo babyface de topo, após verem que a experiência Lex Luger não estava a correr tão bem como esperado. Tinham aqui no grandalhão uma oportunidade e, mais tarde, nesse ano, premiaram-no com o WWE Championship, conquistado em segundos, num house show, a Bob Backlund. Como falado aqui na edição da semana anterior. Não seria compromisso que o impedisse de voltar para a WCW, já como uma estrela, dois anos depois, mas não sairia mais do topo.
Kevin Nash é um lutador com todo o mérito, de respeito conquistado mas ainda pode ser um pouco divisor no que diz respeito à sua qualidade, com muitos a considerá-lo mediano. Dando o toque pessoal, eu próprio tenho todo o respeito pelo Hall of Famer e as suas capacidades, mas gosto de pensar que ele poderia ter sido melhor ainda se não tivesse tido o push tão rápido. Podia beneficiar mais de ser um midcarder dominante por mais algum tempo. Tem grandes momentos na sua carreira, icónicos, como esse seu início, os Outsiders, a primeira fase dos nWo, e mais uma data de momentos, mas esse disparo para o permanente topo faz realçar alguns momentos da sua carreira como: a fase em que foi overpushed, a fase em que ganhou poder criativo e o ego disparou e politicava muito a seu favor, a fase em que rivalizava com o próprio quadrícepe. Há aí coisas inevitáveis, mas talvez um pouco mais de calma e Nash podia ter sido maior ainda. Ou estou para aqui a disparatar ainda mais que o costume? É que acabou por lhe correr tudo bem na mesma!
3 Comentários
Fantástico. O do Kurt foi mesmo merecido. Tudo nele foi pensado e construído com calma, apesar da rápida ascensão. É também o grande vencedor da HIAC onde estão 6 das maiores superstarts daquela época (Taker, HHH, Rikishi, Austin, The Rock e Angle). Diria que, naquele momento, só Benoit e Jericho seriam nomes tão grandes para caber ali, portanto, já conseguimos perceber o quanto essa vitória significaria para a sua carreira.
Já que referiste a feud com o HHH, no primeiro match entre eles, faria todo o sentido ter sido o Angle a ganhar, até porque foi ele a ir atrás do título (que na altura estava com o The Rock), apesar de ter perdido no PPV anterior.
Bom artigo sem dúvidas, bem informativo, acho que a única das subidas que talvez não deveria ter acontecido era a do Khali, o cara não fazia nada, era só mais um cara alto jogado no roster da WWE, hoje em dia temos dois assim por lá!
Kurt Angle foi sem dúvida mais que merecido! Intenso, agil e muito tecnico lara nao falar do carisma e atitude!