8 – Raw Bowl

Já sabemos que há um certo gosto e por vezes obsessão com o futebol. E refiro-me ao Americano, território onde isto se dá, reconhecendo que o nosso futebol também origina muita febre dos dois lados do Oceano onde se fala a língua portuguesa, que maioritariamente nos leiam. Parece ser bom território para pescar lutadores, com essa transição a dar-se muitas vezes. Mas não chega e às vezes têm mesmo que ter estrelas consagradas a fazer um combate como convidado especial.

Na segunda Wrestlemania de sempre, levaram a coisa bem longe ao fazer uma battle royal “WWF vs NFL” com um ringue cheio de Superstars da WWE da altura e outras tantas estrelas da NFL. E depois há esta coisa estranha que a WWE experimentou ao abrir o ano de 1996, com vontade de arriscar em novidades com um terrível ano de 1995 ainda a atormentá-los. No primeiríssimo de Janeiro, para começar o ano em grande e a antecipar o primeiro grande evento das televisões Americanas a cada ano: a Super Bowl. Vamos abrir então com o grande e inigualável… Raw Bowl! Em que é que consiste? Em muita confusão e regras que deixam muitos fãs a pensar exactamente no que se estava a passar e a não conseguir abanar a confusão antes do combate começar.

Quatro tag teams em ringue. Smoking Gunns, os vencedores; Owen Hart & Yokozuna; Razor Ramon & Savio Vega; 1-2-3 Kid & Sycho Sid. Cada equipa vestia a sua camisola, lá está, de equipamento de futebol. O árbitro igualmente equipado como um árbitro de futebol. Vince McMahon e Jerry Lawler nos comentários, é um tal disparar trocadilhos futebolísticos. E há regras estranhas: dois lutadores em ringue, qualquer um pode fazer o tag inclusive da própria equipa; ninguém pode fazer tag in e tag out sem fazer contacto físico com o adversário; cada equipa pode recorrer a um “time out” durante o combate; as regras são de eliminação e é o básico de pin, submissão, DQ, contagem. Se calhar a intenção era boa e podia ser algo divertido mas o povo estava confuso, foi tudo executado a meio gás e algumas regras ficam sem grande efeito: um lutador chegou a atacar outro durante o “time out” sem qualquer punição ou desqualificação, o que invalida o propósito do “time out;” a regra “wild card” de qualquer um poder entrar inclusive membros da mesma equipa frente a frente é uma lacuna já estrategicamente explorada por tag teams matreiras que tentavam ou conseguiam o pin sobre o parceiro para ganhar… Algo que não tem grande efeito com regras de eliminação. Ou seja, no fundo, vale pela tentativa. Não pela lembrança, que não se vê alminha por aí a falar ou a lembrar-se disto.

2 Comentários

  1. TFL4 anos

    Eu lembro me do combate entre o Chris Jericho e o William Regal porque apareceu num top ten que a wwe faz

  2. PedrKo4 anos

    Sempre agradável ler este artigo.
    Não sei se pode entrar nesta categoria, mas lembro-me do Kenny Omega lutar contra uma miúda de 9 anos