10 Momentos Embaraçosos da TNA - Top Ten #395

10 – O buraco dos confins

Aqui há de tudo, seja momentos mais generalistas ou spots específicos. Este momento é um pouco disso tudo, é um dos principais e mais recordados – entre risadas – como exemplos dos tempos em que recorriam a um finish que não lembrava a ninguém. Foi no Destination X de 2010. Já se lembram qual é?

O combate era entre AJ Styles e Abyss, com tudo para ser um bom combate, os dois já tinham um bom historial. Podia acabar normalmente mas não. Tinham que inventar alguma e, com um regular Chokeslam, Styles quebra o ringue. Perante isso, o árbitro Earl Hebner, por alguma razão, achou sensato concluir ali o combate e considerar “no contest” à medida que o ringue se ia rasgando e abrindo cada vez mais, com Styles a desaparecer pelo buraco dentro. Hulk Hogan aparece a celebrar com Abyss. Depois vem Ric Flair, pateticamente empurrado numa cadeira de rodas, para o ringue e é aí que realmente começa o filme dos Três Estarolas que não tínhamos visto ainda.

Abyss agarra Flair e prepara-o por um chokeslam, mas afinal era preferível que Hogan lhe mandasse um spray para os olhos. Enquanto essa acção vai decorrendo, Earl Hebner, que nem patego, cai no ringue por razão nenhuma. Flair vende o spray nos olhos como bem sabe. Para acudir vem Desmond Wolfe. Mas o nosso Nigel caiu numa armadilha e acabou a levar socos de Abyss e Hogan e, claro, também com spray nos olhos. Com a cegueira, tropeça em Flair e cai para trás, para dentro do malévolo buraco que já engolira AJ. Flair também, que nem um idiota, rebola para dentro do buraco. Na altura ninguém sabia o que raio estava a ver. Hoje em dia já sabemos bem que estamos a assistir a um dos mais loucos e hilariantes finais de um PPV, que ainda hoje nos deixa a pensar quem consegue ter ideias daquelas. Um clássico.

5 Comentários

  1. O que poderia ter sido a TNA. Tinha tudo para ser pelo menos uma bela alternativa á wwe, tinham bastante estrelas, jovens muito promissores, a X Division, as Knockouts e até o ringue de 6 lados.
    Infelizmente passavam a vida a dar tiros nos pés, cada vez que faziam algo em condições faziam logo a seguir algo ridículo. Foi palcos das bizarrices do Vince Russo, mas apesar disso foi crescendo até se tornar uma alternativa, chega o Hogan e o Bischoff pronto para enterrar mais uma empresa, e aí nem há palavras para a mante criativa destes dois, mau demais.
    A Dixie Carter também não tinha muito jeito para aquilo, o regresso do Jarrett durou pouco, e só com a chegada do Callis e Scott D´Amore as coisas melhoraram, tarde demais, os fãs já desistiram da empresa, a Spike tv já se fartou também e a empresa continua a soro

  2. JOAOPEDROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO2 anos

    As Monday Night Wars deviam de existir agora. Uma vez que não há uma total conciliação entre as empresas para que não seja o wrestling a competir com outros desportos, então que compitam dentro do mesmo desporto. Para o fã, como eu, só quer é ver bom espectáculo e que dêem o máximo de liberdade para que se criem estrelas e os deixem brilhar. A WWE teve de olhar e evoluir um Austin que tinha Taker e Mankind e mais ninguém, à pressa, para o main event, Lá teve Kane que foi bem criado e foi logo atirado aos leões, mas sabia que Big Show, HHH e The Rock eram valores seguros, seguidos duma agradável surpresa de Kurt Angle e depois a vinda dos já conhecidos Jericho, Eddie Guerrero e Chris Benoit enquanto os Jeffs e os Edges desta vida, não eram sequer pensados para o main event. De recordar que em 98 o Big Boss Man foi vendido como sendo um top guy e até tem um combate na Wrestlemania contra o Taker. Contudo, uma coisa era certa, havia estrelas que, se fosse preciso, podiam entrar directas para o main event que não desiludiam (e entraram como foi o caso o HHH e do The Rock). Actualmente eu olho e vejo que superstarts jovens (até aos 33, vá) é que podem assumir o main event se for necessário? Adam Cole e MJF na AEW e na WWE… Austin Theory? Mesmo o topo do NXT tem tudo mais idade que isso (salvo alguma exceção que me esteja a falhar agora).
    Com públicos diferentes, com ideias e estruturas diferentes, mas quer dizer… eu divirto-me mais a ver os programas semanais dos anos 2000 da WWE Network do que qualquer programa semanal, de qualquer empresa, actualmente. Enquanto isto acontecer, enquanto não cativarem os fãs e deixarem de ser uns c*nas e comunicarem e fazerem histórias sem medos como era antes, o wrestling vai continuar a degradar-se.

    • A WWE há muito que assumiu que se quer afastar do wrestling na sua essência – basta ver, como é possível haver um guião com palavras-chave que não devem ser ditas pelos comentadores e uma delas ser não se referirem aos atletas como “wrestlers”?

      O conceito da WWE é um conceito muito próprio, goste-se ou não, e estão claramente a voltar-se mais para uma empresa produtora de conteúdos de entertenimento (quase um canal multimédia até, diria eu) do que para uma empresa de wrestling; acho que, nesse sentido, comparar a altura das Monday Night Wars ou Attitude Era com o que se passa agora não é possível, infelizmente. 80 a 90% do que se passava nessa altura, com a forma como o mundo, redes sociais e difusão de informação evoluiram, hoje não passava e acabaria com a carreira de muita gente; basta ver o que aconteceu a wrestlers como Marty Scurll, Michael Elgin e até David Starr (que estava na calha para não renovar com a wXw, com direito a despedida e tudo, porque ia ser a grande superstar assinada das indies para a NXT), em que os gravíssimos erros que cometeram há já os anos finalmente os “apanharam” e praticamente acabaram com as suas carreiras.

      Dito isto, concordo em absoluto que qualquer programa da WWE do início dos 2000 bate qualquer coisa que tentem passar agora, mas não voltará a haver uma época como essa; mesmo a chamada Wednesday Night War só existiu porque a NXT do Triple H era o que mais remotamente havia de parecido com wrestling, e acabou por ser o grande exemplo de como a WWE evoluiu para algo completamente diferente – ainda não ultrapassei os pushes do Keith Lee e do Tommy End (ou Malakai Black, para quem não o conhecer dos indies) no main roster… Completamente dominantes na NXT, chegam ao main roster a acabam a ser um híbrido entre um jobber e um tipo qualquer do midcard.

      Não venho aqui advocar gostos pessoais sobre o wrestling, mas, infelizmente, o futuro do wrestling como o conhecíamos vai passar muito pela ascensão da AEW como uma “WCW”, a recuperação do Impact! e ROH, e a expansão da NJPW para os Estados Unidos. A WWE tornou-se outra coisa completamente à parte, a esta altura.

    • JOAOPEDROOOOOOO2 anos

      O teu ponto de vista é extremamente interessante. Este era o maior tema que devíamos ter aqui, a meu ver

  3. James Seraph2 anos

    Sou fã da TNA em sua gloria, acho que a crise de identidade devia ir pra top 1. Minha maior magoa com a TNA foi o fim dos AMW.