10 Storylines Alteradas e Influenciadas por Reacções dos Fãs - Top Ten #483

10 – Luger não é o maior

A primeira metada da década de 90 não seria a fase mais animadora na história da WWE. Andavam às voltas num pós-escândalo, a Hulkamania estava mais do que acabada e enterrada mas eles não sabiam como evoluir. Vince até teve uma visão progressiva de apostar em talentos jovens e até chamou àquela fase a “New Generation” mas… E as estrelas? Pois, aí a sua visão ainda era igual.

Por muito que o público já tivesse definido que o seu gajo de topo fosse Bret Hart, Vince e a WWF não estavam preparados para ter alguém como ele a ser a cara da empresa. E claro que tinha que ficar de olho cheio com um tipo que contrataram para ser só bodybuilder na WBF, antes de integrar o plantel: Lex Luger. A competir como um Heel narcisista, o segmento em que chega de helicóptero para um bodyslam a Yokozuna, de contornos patrióticos, teve boa reacção e estava aí o mote para o seu push como babyface de topo: o patriota Lex Luger, a bordo do seu Lex Express, pelo país fora. As reacções foram boas, mas foram ficando cada vez mais mornas ao ponto de não se justificar que continuassem a insistir nele. Não tinha pegado.

Mas iam insistindo. Hilariante assistir a um Raw do início de 1994 a revelar os resultados de uma votação telefónica para o Superstar do Ano, da qual estavam à esperinha que Luger vencesse, apenas para ficar em segundo lugar. Foi anunciado como o segundo classificado com o alarido de vencedor e foi ele a entregar, em mão, o prémio ao verdadeiro #1 votado pelos fãs: Bret Hart. Que até acabou por entrar com menos cerimónias. Era tão evidente que já se veio a falar e a confirmar – outras fontes apontam coisas diferentes – que foi a fraca reacção do público que causou o finish estapafúrdio do SummerSlam de 1993, no qual Luger ganha por contagem e não ganha o título, e a sua co-vitória da Royal Rumble com Bret Hart e nova derrota pelo título na Wrestlemania X. Até o seu regresso à antiga casa, na WCW, o público definiu que Lex Luger era um midcarder. Agora redimido, de relações retomadas e a aparecer novamente, parece perfeitamente elegível para o Hall of Fame. Já este ano, se quiserem.

2 Comentários

  1. Reideouros3 meses

    Só falta o Jey voltar para a família estar junta ainda mais agora.
    Ele voltar por falarem mal do Avô era brutal uma boa união

  2. Diogo3 meses

    Pode ser de eu não estar tão ligado à WWE agora como estava há 10 anos, mas parece-me que esta storyline Cody/Roman, pelo menos no que toca à questão de pressão do público para mudar, tinha que “comer muita papa” para chegar ao nível da história do Bryan. Pra já porque neste caso o desenrolar dos acontecimentos foi tão rápido que ainda não se tem bem a certeza sobre se queriam mesmo fazer Roman x Rock ou se o angle já era este. Mas mesmo acreditando que queriam, foi uma mudança brusca de última hora que entenderam ser mais segura do que outro Cody x Roman. Na altura do Bryan foi 1 ano inteiro, desde o combate com o Sheamus, a puxar o Bryan para trás, a passar a imagem que não era suficiente, a ignorar todo o apoio que tinha, a pô-lo em histórias secundárias mesmo quando tinha um apoio brutal, e mantiveram-se na deles até à última semana antes da Wrestlemania. Acho que difícilmente uma história vai ser tão influenciada (e ainda bem) pelo público como foi a do Bryan.