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9 – Um Asshole magnífico

Uma coisa que difere muito entre os dias de hoje e os de outrem é a recepção aos Heels. Hoje em dia o que a malta mais gosta é de um vilão, já não consegue ser “played” por um, mais depressa não gosta é dos bonzinhos. São todos demasiado espertos para que um Heel realmente lhe chegue aos nervos como é o seu propósito, à excepção do Baron Corbin mas, lá está, como são todos muito espertos, ele é que tem algum problema e atiram lá com uma data de palavras bué “inside” a lembrar que não são de andar a papar moscas.

Quando éramos miúdos, os Heels enervavam-nos, pois claro que sim. Olhando em retrospectiva, não os queríamos fora dos nossos ecrãs, eram igualmente essenciais quanto o nosso herói favorito, nós é que ainda não entendíamos bem o conceito de “adorar odiar” alguém ou alguma coisa. E quando o gajo que o provoca é um talento nato para isso, ainda melhor. Talento nato são palavras acertadas para descrever este Superstar aqui apresentado e a quem apenas fui introduzido quando comecei a ver. Não era nome que corria tanta boca da miudagem no recreio quanto isso. O que demonstra que a popularidade juvenil nem sempre é um reflexo do trabalho em ringue. Era Kurt Angle, pois claro. Não era propriamente aquele que a canalha gostava de andar por aí a imitar. E ainda bem, que ia dar fiasco tentar imitar um medalhista Olímpico.

Conheci-o quando andava ele a rivalizar com John Cena – sim, também já lá vamos – quando este desfrutava do enorme e explosivo sucesso do seu primeiro reinado como WWE Champion – diz que ainda ia ter mais alguns depois. E caramba, que o gajo era um mete-nojo magnífico. Ficou entranhado em mim como um vilão desprezível mas divertidíssimo. Num lance inesquecível em que tenta acertar Cena com uma cadeirada mas acerta na corda do ringue e é atingido pelo ricochete, gargalhadas pré-adolescentes eram arrancadas de mim, e ainda nem estava eu familiarizado com os seus dotes cómicos. Mas Angle já estava entranhado, mesmo que fosse a meter nojo. Para uma ideia, ele não tardaria muito a ser transferido para o Smackdown – que eu ainda não conseguia assistir devidamente – antes de uma curta passagem pela ECW antes de ir embora. Como podem ver, o meu contacto inicial com Kurt Angle até foi pouco. E já o interiorizei no topo. É daquelas cenas. Apercebo-me que ele era dos meus favoritos na altura, agora…

3 Comentários

  1. ECW , que saudades !!! Aquele Sabu deixa tantas mas tantas saudades +.+ E os combates em geral igual!

  2. Esse top 10 coincide em tudo com o meu, tirando que o meu jogo, seria o wwe smackdown vs raw 2006. Apesar de agora não acompanhar, porque sinceramente, já não me desperta nenhuma emoção. Mas esses tempos trouxeram me belos momentos

  3. E eis que o Edge voltou! 😀

    Partilho de muitas destas memórias, excelente escolha de tema para um artigo histórico. 300 artigos… quantos anos são mesmo? Mais de seis, certamente. Muitos parabéns.