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10 – Esta até era a sério!

Deve ser a coisa que mais se sente falta. Da ingenuidade infantil de acreditar, nem que fosse por pouco tempo, que a bulha era a sério, todos os timings e acontecimentos convenientes eram mesmo assim e o sacana do programa, assim espontâneo, conseguia sempre acabar a horas certinhas. Dá-nos uma outra cor ao olharmos para a coisa e hoje é impossível suspender a descrença, somos uns chatos que já vemos tudo com aqueles olhos do crítico sabido que não se queixa da maçada que o favorito não ganhou, mas sim que o favorito não foi agendado para ganhar e que vão acabar por enterrá-lo. Divide-se a procura actual de produto: uns vão atrás do realismo para ver se dá para se deixarem levar um pouco por uma crença fajuta, outros já estão-se lá a marimbar e até aceitam algo mais over-the-top porque não somos parvos nenhuns, já sabemos como a coisa funciona, logo porque não divertirmo-nos um bocado?

Mas a questão nem é essa, conceitos abstractos e generalistas como eu faço sempre nos Top Tens em tom de batota. Aqui são mesmo acontecimentos específicos e aqui é referente ao maior ajudante para um puto acreditar que aquilo era real: estrilho que era realmente verdadeiro e que inspirava a tal história em TV. Acontece que foi lá atrás no balneário que a Lita cedeu a tentações e plantou umas duras antenas na testa do Matt Hardy, auxiliada pelo seu grande amigo Edge. O tipo de coisa que aleija. O rapaz manifestou-se, com razão, perdeu o emprego, montou barraco, acabaram por trazê-lo de volta porque havia ali dinheiro. Pronto, não apanhei o drama todo. A curiosidade em sacar do horário certeiro para, de comando na mão, apanhar este arraial a dar na única TV que havia em casa só conseguiu ser saciada quando já este conto ia além de meio.

Mas foi tremendo, conseguiram transmitir muito bem a intensidade para um miúdo que começava a entrar naquilo. Quando cheguei à festa já só os vi a ser atirados para uma jaula – apenas em resumo e ênfase ao spot final – e a um combate que mandava o perdedor para fora – para o Smackdown – que se tornou um dos meus combates favoritos da altura – e tenho que revê-lo, para ver se ele recupera a posição. Os recaps a mostrar os momentos mais fortes foram o primeiro impacto causado por algo mais violento, para começar a minha dessensibilização e foi, juntamente com outra – já lá vamos – a feud mais intensa a que assisti na altura. Fiquei com pena de não acompanhar Hardy por algum tempinho – ainda não conseguia ver o Smackdown – e lá fixei a a atenção em Edge, o asshole que adorava odiar – também já lá vamos. E sim, esta aqui era ódio mesmo a sério, vejam lá o timing para se começar a ver!

3 Comentários

  1. ECW , que saudades !!! Aquele Sabu deixa tantas mas tantas saudades +.+ E os combates em geral igual!

  2. Esse top 10 coincide em tudo com o meu, tirando que o meu jogo, seria o wwe smackdown vs raw 2006. Apesar de agora não acompanhar, porque sinceramente, já não me desperta nenhuma emoção. Mas esses tempos trouxeram me belos momentos

  3. E eis que o Edge voltou! 😀

    Partilho de muitas destas memórias, excelente escolha de tema para um artigo histórico. 300 artigos… quantos anos são mesmo? Mais de seis, certamente. Muitos parabéns.